Com grande valor histórico, cultural e de mobilidade, a passarela que existia sobre os trilhos ligando a rua Visconde de Parnaíba, na Mooca, ao bairro do Brás, foi desativada em março de 2016. Segundo a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), o equipamento seria restaurado e colocado em uso novamente. No entanto, a passagem de ferro inglês importada no final do século 19 foi removida, ainda não foi recuperada e nem reimplantada no local. Outro problema é a situação do acesso à passarela, também desativado, que está abandonado, repleto de lixo e servindo de abrigo para moradores em situação de rua.
Há um ano, questionada pela reportagem, a CPTM informou que a antiga passagem não possuía acessibilidade e nem condições de segurança aos usuários e, por isso, foi desativada. Foi ressaltado na época que no local seria implantada uma nova passarela com os itens de acessibilidade, como rampa, piso tátil, entre outros. A Companhia acrescentou na ocasião que aguardava aprovação prévia do projeto de requalificação da travessia pelos órgãos de preservação de patrimônio histórico e cultural, e, após aprovação, o projeto deveria ser concluído em seis meses e, posteriormente, seria contratada a obra. Sobre a antiga e histórica passagem metálica, foi esclarecido que estavam sendo discutidos os procedimentos para a realização do restauro por empresa especializada.
A CPTM informou que o projeto para a implantação de uma nova passarela no local está em elaboração e depois de pronto terá que ser aprovado pelos órgãos de preservação. Foi ressaltado que, somente depois desta etapa, é que a obra poderá ser contratada e o valor do investimento será definido após a conclusão do projeto. A CPTM esclareceu ainda que a passarela antiga foi removida e a intenção é realoca-la nas dependências do Museu da Imigração, próximo ao local original, após a contratação de um projeto de restauro e recuperação estrutural.
A Subprefeitura Mooca informou que realizará serviços de limpeza no entorno e acesso da passarela até o final desta semana. (Gerson Rodrigues)