Editorial

Saúde na UTI

É inadmissível que Estado e Prefeitura continuem agindo como se oferecessem atendimento digno na saúde pública para os moradores da região. Em plena epidemia de dengue, com os casos disparando a cada semana, os dois hospitais públicos seguem de portas fechadas para o atendimento direto da população. Pacientes só entram no Hospital Estadual de Vila Alpina e no Hospital Municipal Dr. Ignácio Proença de Gouvêa, na Mooca, encaminhados por outras unidades.

No entanto, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e os postos de Assistência Médico Ambulatorial (AMA) não estão dando conta da demanda para fazer essa triagem. A Folha vem recebendo muitos relatos de munícipes que peregrinam com pessoas doentes em busca de unidades menos lotadas ou enfrentam esperas de cerca de cinco horas para conseguirem passar por um médico. Para piorar, nenhum posto de saúde local fica aberto 24 horas. A opção mais próxima é a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Mooca que está longe de fazer jus ao nome “pronto atendimento”. A espera no local também é de horas.

A Folha expôs essa situação diretamente ao secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco, quando ele esteve na Subprefeitura de Vila Prudente no início do mês para anunciar as obras de uma nova UPA, que só fica pronta no final de 2025 – se não houver atraso. Lamentável que a visita na região tenha servido apenas como palanque eleitoral, pois nenhuma atitude foi anunciada para diminuir o sofrimento atual de quem depende do atendimento público. A mensagem que fica é: a população que se vire até 2025.

1 Comentário

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  • Elizabeth Florido 24 de maio de 2019, 12:05

    Ler um Editorial como esse com “e” maiúsculo, de um jornal também maiúsculo, a despeito da diminuição do número de páginas que o compõe hoje, é ter a certeza que existem pessoas, ainda, preocupadas com a realidade dos fatos e mais, com o que interessa: vida! E o verde reflete isso. Com certeza, não se trata de querer o terreno em sua totalidade, unicamente para uso de lazer, esportes e entretenimento, mas para que haja uma grande área de respiro, que inspire a contemplação do indivíduo ao passar por uma área livre, aberta, que evoca a nossa tenta infância quando se tinha campinhos e os chamados terrenos baldios. Paro por aqui porque o tema demanda discussões, mas bem mais o ato da reflexão sobre tudo isso. Deixo meus parabéns ao jornal, aos editores. Força para continuar em frente!