Editorial

Editorial 19 de julho:

À espera do piscinão

Tão antiga quanto as cheias da avenida Anhaia Mello é a promessa de construir um piscinão para conter as vazões do córrego da Mooca, canalizado sob o corredor viário. Finalmente, parece que o projeto vai começar a sair do papel. A Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) confirmou nesta semana à Folha que as obras do reservatório estão contratadas.

Ainda segundo a Secretaria, atualmente estão em andamento as tratativas finais do licenciamento ambiental do empreendimento, para posterior início efetivo dos trabalhos. O Consórcio DPJ Mooca foi o vencedor da licitação e o valor do contrato é de R$ 166.605.193,86.

O piscinão será construído na esquina da Anhaia Mello com a avenida Jacinto Menezes Palhares, na área do Centro Esportivo (CE) Arthur Friedenreich. A Siurb explicou que, para minimizar os impactos aos usuários do clube durante o período de obra, os trabalhos serão executados em duas etapas. A ideia é começar pelo campo de futebol que está desativado desde a construção do CEU Vila Prudente, que também foi erguido em parte do espaço do Arthur Friendenreich.

O novo reservatório não será aberto como o piscinão Guamiranga, implantado na avenida Dr. Francisco Mesquita. A Prefeitura garante que o equipamento contra cheias ficará subterrâneo e os campos de futebol e demais espaços do CE Arthur Friedenreich serão reconstruídos e devolvidos aos usuários. A previsão é que o novo piscinão esteja totalmente concluído em agosto de 2026.

Apesar da boa notícia, o novo reservatório é marcado por controvérsias. O projeto original do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), do Governo do Estado, previa piscinão com capacidade para 217 mil m³, mas a Prefeitura anunciou reservatório com 134,5 mil m³. O plano de drenagem do DAEE determinava ainda a construção de outro piscinão na praça Júlio Scantimburgo, na altura do São Lucas, com capacidade para 95 mil m³. Já a Siurb informou que, no momento, não há outras obras de macrodrenagem em planejamento para a Anhaia Mello. Só o tempo – e as chuvas – vão mostrar a eficácia ou não do único piscinão.

2 Comentários

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  • Elizabeth Florido 24 de maio de 2019, 12:05

    Ler um Editorial como esse com “e” maiúsculo, de um jornal também maiúsculo, a despeito da diminuição do número de páginas que o compõe hoje, é ter a certeza que existem pessoas, ainda, preocupadas com a realidade dos fatos e mais, com o que interessa: vida! E o verde reflete isso. Com certeza, não se trata de querer o terreno em sua totalidade, unicamente para uso de lazer, esportes e entretenimento, mas para que haja uma grande área de respiro, que inspire a contemplação do indivíduo ao passar por uma área livre, aberta, que evoca a nossa tenta infância quando se tinha campinhos e os chamados terrenos baldios. Paro por aqui porque o tema demanda discussões, mas bem mais o ato da reflexão sobre tudo isso. Deixo meus parabéns ao jornal, aos editores. Força para continuar em frente!

  • nicolau 22 de fevereiro de 2024, 18:35

    gostaria de saber quem foi o asno,que retirou umas 100 arvores que foram plantadas na area externa do crematorio digo em frente da avenida estavam todas bonitas e estavam sendo plantadas rescentimente nao era a prefeitura deveria ser particular