As obras do Centro Educacional Unificado (CEU) Vila Prudente, que foram retomadas em outubro do ano passado após permanecerem paradas por mais de um ano, seguem em ritmo intenso. Questionada pela Folha, a Prefeitura informou nesta semana que 62% dos serviços já foram executados e a previsão de conclusão foi encurtada. O novo prazo divulgado foi dezembro deste ano.
Há cerca de dois meses a administração municipal esclareceu que 50 funcionários trabalhavam na construção, a qual estava recebendo os serviços de instalações elétricas e hidráulicas, além da montagem de estrutura metálica (coberturas e escadas). Na época foi informado que, vencida aquela etapa seriam realizados serviços de acabamento e revestimento e a previsão de conclusão era junho de 2020.
Nesta semana a Prefeitura esclareceu que quadriplicou o número de operários na obra – atualmente são 198 funcionários – e a construção já está na fase dos acabamentos, restando ainda a conclusão do sistema de drenagem na área externa, o calçamento, o paisagismo e a finalização das piscinas. Foi ressaltado que a atual previsão de conclusão dos trabalhos é dezembro deste ano.
Histórico
O CEU Vila Prudente começou a ser construído nas dependências do Clube Escola Vila Alpina em dezembro de 2015, na gestão de Fernando Haddad (PT), e a promessa é que seria entregue no final de 2016. Também houve o compromisso de revitalizar o clube que continua até agora com as piscinas interditadas e um campo de futebol destruído. O ex-prefeito chegou ao fim do mandato deixando mais da metade da construção para o governo seguinte. A administração de João Dória (PSDB) não tocou a obra e alegou que a paralisação ocorreu porque o governo anterior não deixou recursos para a execução.
Em outubro do ano passado o atual prefeito Bruno Covas (PSDB), sucessor de João Dória na Prefeitura, anunciou que a administração municipal conseguiu R$ 456 milhões para retomar as obras de 12 CEUs que estavam paradas na cidade, entre elas a do CEU Vila Prudente. Na ocasião o prefeito conversou com exclusividade com a Folha e criticou o projeto. “Os 12 CEUs iniciados foram um erro no ponto de vista administrativo. Focaram no ensino fundamental, onde não temos fila na cidade. Deveriam ter priorizado a construção de creches e não de CEUs. No entanto, a pior obra é aquela que está parada. Não poderíamos enterrar o que já foi gasto na construção dessas 12 unidades. A decisão foi errada no passado, mas muito pior seria se deixássemos pela metade”, afirmou o prefeito na época. (Gerson Rodrigues)