Um terreno municipal ao lado de inúmeras casas no Parque São Lucas tornou-se fonte de problemas aos moradores do entorno. Os vizinhos denunciam que há quase um ano o local, que fica na altura do número 4530 da avenida Anhaia Mello, não para de receber sucatas e muito entulho, o que tem atraído ratos e insetos para dentro dos imóveis. Outros problemas relatados são o mau cheiro e a poeira causada no momento do despejo da sujeira.
“Temos consciência que o trabalho da Prefeitura é difícil e que precisa remover muito entulho das ruas, mas depositar neste terreno, que fica ao lado de muitas casas, é apenas transferir o problema de lugar. Muitas famílias estão sendo afetadas”, comentou a dona de casa Cláudia Souza, que reside em um imóvel da rua Fernão Lopes de Carvalho encostada no terreno.
De acordo com a vizinha, todos os dias caminhões da Subprefeitura entram no espaço para despejar materiais recolhidos das ruas. Nesta semana a reportagem da Folha esteve no local e constatou enormes montanhas de entulho, que ficam a poucos metros das residências vizinhas. “Além de trazer a sujeira, os caminhões estavam realizando o despejo na área durante a madrugada. O barulho das caçambas e dos caminhões manobrando não estava deixando ninguém dormir. Fui na Subprefeitura de Vila Prudente reclamar e este problema deu uma amenizada, mas os despejos durante o dia continuam”, contou a vizinha.
A poeira proveniente do entulho também tem incomodado os moradores das proximidades. “Quando os caminhões chegam e começam a esvaziar as caçambas muito pó invade as casas. Minha filha de sete anos é alérgica e quase sempre tem reações. Essa prática adotada pela Subprefeitura tem que ser modificada. Essa sujeira removida das ruas tem que ser levada para aterros apropriados para receber estes materiais e que ficam em locais afastados da área urbana”, completou a moradora.
A Subprefeitura confirmou que o terreno é utilizado como depósito de materiais, os quais são utilizados pelas equipes de conservação de logradouros e galerias. Foi ressaltado que o espaço é fundamental para otimizar as operações nas vias e o despejo de resíduos orgânicos não é realizado na área. (Gerson Rodrigues)