A tuneladora Shield, mais conhecida como Tatuzão, iniciou nesta terça-feira, dia 21, a operação nas obras de expansão da Linha 2-Verde do Metrô. É a maior máquina deste tipo em utilização na América Latina. O Tatuzão vai escavar o novo trecho de 8,4 km entre a Vila Prudente e a Penha, cruzando a zona leste em oito futuras estações e investimento de R$ 11,4 bilhões. A ampliação vai tornar a Linha 2 o maior ramal de metrô de São Paulo, com 23 km de extensão.
O primeiro trecho de escavação vai do Complexo Rapadura, na Vila Formosa, onde a tuneladora foi montada, até o poço Falchi Gianini, que fica entre as estações Vila Prudente e a futura parada Orfanato. De acordo com o Metrô, nessa etapa o Tatuzão passará pelas futuras estações Vila Formosa, Anália Franco, Santa Clara e Orfanato. Foi explicado ainda que “o cronograma de avanço da máquina pode variar, de acordo com as condições de cada tipo de solo a ser escavado e a meta é que todo esse trecho seja concluído e disponibilizado para a operação dos trens em 2026”.
Após chegar no poço Falchi Gianini, a tuneladora será desmontada para remontagem no canteiro de obras da estação Penha, de onde vai escavar o trecho no sentido do Complexo Rapadura.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) acompanhou a movimentação da roda de corte para o avanço do tatuzão até a parede onde será iniciada a escavação do túnel. Na ocasião, ele afirmou que autorizou o início do projeto executivo da fase dois de prolongamento. “Nossa ideia é levar o Metrô para fora da cidade de São Paulo e chegar em Guarulhos”, acrescentou.
A inspeção também teve a presença do secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Marco Antonio Assalve. “O início das operações do tatuzão é um importante passo para a expansão da Linha 2-Verde, que vai garantir mais qualidade de vida para a população e beneficiar mais de 300 mil passageiros por dia”, destacou.
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O tatuzão tem capacidade para escavar e revestir até 15 metros por dia, por meio de sua roda de corte de 11,66 metros de diâmetro. Até 150 profissionais como engenheiros, mecânicos, técnicos, eletricistas vão trabalhar diretamente na operação do equipamento, que ocorrerá em três turnos diários.
Batizada de “Cora Coralina”, a tuneladora pesa 500 toneladas e é usada tanto para escavar como para revestir os túneis com anéis de concreto. Com 100 metros de extensão, o equipamento conta com esteiras para retirada de terra, câmara hiperbárica, sistema de ventilação e mecanismo para a colocação das aduelas de concreto nos túneis.
Fotos: Francisco Cepeda / Governo do Estado