Sem inauguração formal, com setores ainda em obra e vários operários espalhados pelo amplo terreno, o Centro Educacional Unificado (CEU) Vila Prudente começou a funcionar na última quarta-feira, dia 5, quando iniciou o ano letivo na rede municipal de ensino. Com capacidade para atender 508 crianças de 0 a 5 anos, até o momento a unidade tem 213 alunos matriculados na educação infantil (creche e pré-escola). A previsão da Prefeitura é que todas as vagas sejam completadas até o final deste mês.
De acordo com a administração municipal, o enorme prédio de 10 mil m² construído dentro da área do CEE Arthur Friedenreich contará com laboratórios, salas de aula, artes, música, biblioteca, quadra esportiva, uma moderna piscina semiolímpica totalmente adaptada para portadores de necessidades especiais e um teatro. Embora questionada, a Prefeitura não detalhou quando todas as dependências e serviços da unidade estarão prontos e como será o funcionamento deles. Principalmente, se receberão alunos do Ensino Fundamental para ocupar toda a estrutura.
Histórico
O CEU Vila Prudente começou a ser construído nas dependências do Clube Escola Vila Alpina em dezembro de 2015, na gestão de Fernando Haddad (PT) na Prefeitura. A promessa é que seria entregue no final de 2016. Também houve o compromisso de revitalizar o clube que continua até agora com as piscinas interditadas e um campo de futebol destruído. O ex-prefeito chegou ao fim do mandato deixando mais da metade da construção para o governo seguinte.
A administração de João Dória (PSDB) não tocou a obra e alegou que a paralisação ocorreu porque o governo anterior não deixou recursos para a continuidade da execução.
Em outubro de 2018 o atual prefeito Bruno Covas (PSDB), sucessor de João Dória na Prefeitura, anunciou que a administração municipal conseguiu R$ 456 milhões para retomar as obras de 12 CEUs que estavam paradas na cidade, entre elas a da Vila Prudente. Na ocasião o prefeito conversou com exclusividade com a Folha e criticou o projeto. “Os 12 CEUs iniciados foram um erro no ponto de vista administrativo. Focaram no ensino fundamental, onde não temos fila na cidade. Deveriam ter priorizado a construção de creches e não de CEUs. No entanto, a pior obra é aquela que está parada. Não poderíamos enterrar o que já foi gasto na construção dessas unidades. A decisão foi errada no passado, mas muito pior seria se deixássemos pela metade”, afirmou o prefeito na época. (Gerson Rodrigues)

Não houve nenhuma divulgação de que estaria recebendo matrícula, sem dizer que por ainda estar em obras pode levar perigo para as crianças. Fazendo tudo nas coxas por ser ano de eleição!