Até ontem, estavam pendentes 1.543 pedidos de tapa-buraco na região da Subprefeitura Mooca e 490 na área da Subprefeitura de Vila Prudente, segundo dados da Secretaria Municipal das Subprefeituras.
O governo municipal alega que o acúmulo de problemas pelas ruas ocorreu devido a problemas na Usina de Asfalto da Barra Funda, que encerrou suas atividades em janeiro após reivindicações de preservação ambiental e de moradores daquela região. Antes mesmo de parar a produção, a Usina, que chegou a fornecer mil toneladas de massa asfáltica por dia, já havia reduzido o ritmo por causa de um acordo firmado com o Ministério Público, que limitava o horário de funcionamento do espaço. Segundo a Prefeitura, entre outubro do ano passado e janeiro, a produção caiu para 600 toneladas, suficientes para cerca de 300 buracos por dia.
No início deste mês, a administração municipal conseguiu firmar contrato com três novas empresas e a gestão passou a executar mil buracos por dia, o equivalente a 22 mil toneladas por mês de massa asfáltica. A notícia foi acompanhada da promessa de zerar os pedidos de tapa-buracos, já registrados pelo Portal SP 156, em 40 dias. A grande dúvida da população é sobre quais buracos estão catalogados pela Prefeitura, já que alguns existem há meses.
Na rua Canuto Saraiva, esquina com a rua Visconde de Cairu, na Mooca, uma enorme cratera está aberta há mais de três meses segundo a vizinhança. Para evitar acidentes, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) sinalizou o local com um cone há cerca de um mês. “Isso mostra a morosidade do trabalho da Prefeitura. Se a CET alertou sobre o trecho com um cone, a administração municipal já deve estar ciente deste grande buraco, mas até agora nada foi feito. O que mais revolta é que esta via recebeu recape há cerca de dois anos”, comentou o comerciante Robson Ferreira.
Outro buraco antigo e que cresce a cada dia está na altura do número 338 da rua Coronel Joviniano Brandão, na divisa da Mooca com a Vila Prudente. “Vários moradores da via já reclamaram na Prefeitura. Alguns tentam, mas ninguém atende o telefone 156. A cratera era pequena e agora está monstruosa. Durante à noite, principalmente, muitos motoristas e motociclistas são pegos de surpresa”, contou o aposentado José Kruks, que reside quase em frente ao trecho problemático.
A Prefeitura explicou que, em média, o tempo para tapar um buraco é de até 30 minutos, podendo haver alteração em função do tamanho, profundidade, acesso da via e do clima, já que a massa asfáltica, por questões técnicas, não pode ser utilizada em dias de chuva. Ainda segundo as informações prestadas, no ano passado a Subprefeitura de Vila Prudente fechou mais de 4 mil buracos em sua área e a Subprefeitura Mooca consertou 2 mil buracos. (Kátia Leite/Gerson Rodrigues)