Quando encerrou o mutirão na rua Itamumbuca no domingo, dia 2, o prefeito João Doria (PSDB) resolveu passar pelo Hospital Dia, na Praça do Centenário. Apesar da rápida visita, que não estava prevista na agenda oficial, Doria apontou algumas falhas nos banheiros e no saguão da unidade, onde reclamou de um problema que já foi alvo de queixa de paciente à FolhaVP e encaminhada à Secretaria Municipal de Saúde. No espaço há apenas um ventilador que fica virado para os funcionários. O prefeito pediu para providenciar a instalação de mais equipamentos para garantir também o bem estar dos pacientes.
Na sequência, Doria seguiu para o Círculo de Trabalhadores Cristãos de Vila Prudente, onde foi recepcionado pelo presidente da entidade e da FolhaVP, Newton Zadra, além de demais diretores. No local, concedeu breve entrevista ao jornal.
O prefeito voltou a elogiar a tranquila transição do governo Fernando Haddad (PT). “Acho que foi a única civilizada nos últimos 30 anos. Ainda que não tenha feito uma boa gestão em São Paulo, o Fernando é uma pessoa do bem e correta. Mas, a missão desde 1º de janeiro é tocar a nossa gestão, com todos os problemas que herdamos. Não adianta ficar toda hora dizendo à população que a culpa foi do governo passado, ela quer a solução para o presente e principalmente, uma motivação resolutiva para o futuro”, afirmou Doria.
Ele afirmou que ficou agradavelmente surpreendido com o grau de resposta das equipes de carreira da Prefeitura, mas usou seu bordão, ressaltando que ainda precisa “acelerar” e ser mais eficiente. “O Brasil perdeu o senso de urgência, a gestão pública tem que ser mais rápida, mais responsável”.
A reportagem da FolhaVP ressaltou ao prefeito a necessidade de preservar as poucas áreas verdes que restaram na região – a proporção por metro quadrado nos distritos da Mooca e Vila Prudente é uma das mais baixas da cidade e o excesso de concreto gera as chamadas ilhas de calor, provocando temperaturas mais elevadas que no restante de São Paulo. Doria quis saber a situação das áreas pleiteadas para parques e adiantou que a Prefeitura está com um déficit financeiro de R$ 7,5 bilhões, o que inviabiliza desapropriações. “Não podemos gastar dinheiro para nada, exceto educação, saúde e segurança, temos que segurar o freio para o resto”, afirmou. No entanto, Doria se comprometeu a conversar com os responsáveis pelas empresas proprietárias dos espaços, espacialmente com o grupo Tecnisa, dono do terreno na avenida Vila Ema esquina com a rua Batuns que abriga mais de 470 árvores, várias delas nativas da Mata Atlântica. A reportagem enviou posteriormente e-mail ao prefeito posicionando ainda sobre os terrenos da antiga fábrica da Linhas Corrente, no Jardim Independência, que pertence ao Grupo Zaffari; e do extinto depósito de combustíveis da Esso, na rua Barão de Monte Santo, na Mooca, que foi comercializado para a Construtora São José. (Kátia Leite)