Em outubro passado, a comunidade do Parque da Mooca se alarmou com a possibilidade de perder parte da área da praça Dr. Eulógio Emilio Martinez para o prolongamento da rua Lítio, atualmente uma via sem saída que começa na rua Vitoantonio Del Vecchio e termina justamente na área verde. Moradores flagraram inclusive ações de medição na rua e procuraram a Folha.
Na ocasião, a Procuradoria Geral do Município explicou que o prolongamento da rua Lítio foi uma determinação judicial, após os proprietários do terreno particular, que formalmente teria frente para a via, ajuizarem ação contra a Prefeitura porque a extensão nunca foi efetivada. O pedido chegou a ser rejeitado em primeira instância, mas os autores apelaram da decisão e acabou acolhido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. O governo municipal recorreu então ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e confirmou à Folha nesta semana que ainda não houve o julgamento do recurso.
A questão remonta a três décadas. O espaço que hoje abriga a bem cuidada praça foi um terreno baldio que servia como depósito de lixo, entulho e outras ações criminosas. Depois de muita reivindicação junto à Prefeitura, a comunidade conseguiu a construção da praça no local. Agora, a vizinha não aceita perder parte da área verde para o prolongamento da via.
A Secretaria de Desenvolvimento Urbano informou que no terreno cujos proprietários pleiteiam o acesso à rua Lítio será erguido um empreendimento residencial.