A tarde do domingo, dia 25, foi marcada por cerimônia histórica e cultural na Vila Zelina. Como acontece anualmente, a Comunidade Lituana de São Paulo, com grande representatividade no bairro, se reuniu para lembrar o Caminho do Báltico, que completou 30 anos no último dia 23. A solenidade contou com boa participação de imigrantes e seus descendentes da Lituânia, Letônia e Estônia.
Em 1989, um cordão humano de mais de 670 km de cumprimento uniu as capitais dos três países em um protesto pacífico contra a dominação soviética. “Naquela época não existia celular, o rádio era controlado pelos soviéticos e a imprensa não era livre. Não havia a facilidade de comunicação. Fica até difícil de acreditar que o Caminho do Báltico reuniu mais de 2 milhões de pessoas que tiveram muita coragem, porque os territórios ainda eram ocupados e ocorriam perseguições. Vamos honrar essas pessoas”, destacou a Cônsul-Geral da República da Lituânia em São Paulo, Laura Tupe, na abertura do ato cívico que começou na Praça República Lituana e prosseguiu na Paróquia São José de Vila Zelina.
A celebração contou também com a presença da Cônsul Honorária da Letônia no Brasil, Daina Gutmanis. “O Caminho do Báltico não aconteceu só 30 anos atrás. Temos que mantê-lo dentro de nossos corações e sempre dar as mãos para quem precisa”, afirmou. Ela integrou o coral letoniano que veio de Nova Odessa, no interior de São Paulo, especialmente para a comemoração. Entre as canções apresentadas, destaque para o Hino do Caminho Báltico que foi entoado nas línguas dos três países. Também houve apresentações de grupos folclóricos lituanos. (Kátia Leite)