A São Paulo Transportes (SPTrans) informou à Folha que o Terminal Central de ônibus, construído no canteiro da avenida Anhaia Mello próximo às estações Vila Prudente do metrô e monotrilho, está com a estrutura concluída. Porém o equipamento segue fechado e sem previsão de início das operações. Enquanto o terminal não é ativado, usuários dos coletivos seguem utilizando pontos improvisados – muitos deles sem abrigo contra o sol ou chuva.
Até o início deste ano, a Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô, responsável pela construção, alegava que as obras já tinham sido finalizadas e a operação do local havia sido entregue oficialmente à São Paulo Transportes (SPTrans). Porém, o órgão municipal afirmava que não tinha aceitado a entrega por causa de pendências e adequações que deveriam ser realizadas pelo Metrô. Entre os serviços apontados como incompletos estavam a instalação da infraestrutura para a telefonia e internet, que são utilizadas, por exemplo, nas bilheterias; além da conclusão do sistema de água de reuso e da comunicação visual do terminal.
Há três meses o Metrô informou que concluiu o sistema de água de reuso e estava realizando os últimos ajustes nas placas de comunicação visual. Sobre a infraestrutura de telefonia, a Companhia salientou que não era de sua responsabilidade, conforme projeto básico e contrato.
Questionada nesta semana sobre a previsão para o início das operações no terminal, a SPTrans informou apenas que está realizando as adequações necessárias para que o equipamento tenha condições de iniciar as atividades com segurança e, assim que as intervenções forem concluídas, o órgão comunicará a data de abertura à população.
A reportagem pediu detalhes sobres as adequações que estão pendentes e a SPTrans afirmou que toda infraestrutura está finalizada, mas, no momento, estão sendo realizados testes no sistema de rede.
Atraso
Previsto desde a inauguração da estação Vila Prudente do metrô em 2010, a construção do terminal foi iniciada em 2016 e a previsão é que seria concluída em dezembro de 2017. Segundo o Metrô, o cronograma foi alterado em função de atraso na obtenção das autorizações necessárias para a readequação e melhorias do viário no entorno do local, finalização de iluminação pública e instalação do elevador da passarela para usuários com necessidades especiais. (Gerson Rodrigues)