Região registra seis casos importados de febre amarela

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, na há registros na região da Vila Prudente e da Mooca de casos autóctones de febre amarela (quando a doença é contraída na área onde a pessoa reside). As seis confirmações da doença são casos importados e os prováveis locais de infecção foram os municípios de Mairiporã (2), Atibaia (1), São Roque (1), Nazaré Paulista (1) e Santa Isabel (1).

Ainda de acordo com o órgão municipal, até o momento, foram confirmados somente oito casos autóctones na cidade e todos são de febre amarela silvestre, pois a infecção ocorreu em área de mata, na região da Cantareira, na Zona Norte. A Prefeitura informou que não há registros de febre amarela urbana no Brasil desde 1942.

A Secretaria enfatiza ainda a importância da adesão dos paulistanos à campanha de vacinação, que desde o último dia 19 foi ampliada para todas as unidades de saúde (leia mais acima).

Dengue

Sobre a dengue, doença transmitida à população pelo mesmo mosquito que pode proliferar a febre amarela, o Aedes Aegypti; a Secretaria informou que de janeiro até o último dia 21 de março, os casos autóctones registrados na cidade foram quase quatro vezes menor que no mesmo período de 2017: 152 ocorrências contra 424 no ano passado. Não houve óbitos.

O órgão esclareceu ainda que durante todo o ano de 2017, houve 860 casos autóctones da doença, sem registro de óbitos. Já em 2016 a capital registrou um surto com 16.283 ocorrências autóctones e oito óbitos.

A Prefeitura atribui essa diminuição às ações governamentais e, principalmente, à conscientização da população que passou a tomar mais cuidado em seus imóveis para evitar a proliferação do Aedes Aegypti.

PM afirma que patrulha entorno de prédio ocupado

Há quase dois anos, em maio de 2016, o deteriorado prédio na esquina das avenidas Vila Ema e Salim Farah Maluf, no Parque Sevilha, que abrigou a antiga padaria Amália, foi ocupado por um grupo de sem-tetos. Desde então, a Folha noticia a situação do imóvel, que apesar da estrutura precária, está servindo de moradia, inclusive para crianças recém-nascidas. Outro problema é que, com a ocupação, moradores do entorno passaram a relatar casos de insegurança. A vizinhança afirma que aumentaram os casos de furtos e roubos na redondeza, assim como a presença de usuários de droga.

Questionado pela Folha, o 21º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano esclareceu que mantém policiamento ostensivo e preventivo diuturnamente no local, com viaturas e motos. O Batalhão ressaltou que no ano passado foram efetuados 11 flagrantes nas proximidades do prédio, sendo dois de tráfico de drogas, dois de roubo, quatro de furtos, dois procurados capturados e um de porte ilegal de arma de fogo. A corporação esclareceu ainda que neste ano foram realizadas dez averiguações de suspeitos, sendo que em uma delas foi flagrado tráfico de entorpecentes.

O 21º Batalhão destacou ainda que vários fatores contribuem para a atual situação do prédio, sendo que a PM é apenas um dos órgãos com atuação na questão, pois, para uma solução, é necessário o envolvimento do poder judiciário, da Prefeitura e do proprietário do imóvel.

A corporação ressaltou ainda que, embora o prédio esteja invadido, os atuais moradores do local são amparados pela lei, pois “a entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em período noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente justificadas posteriormente, que indiquem que dentro do imóvel ocorre situação de flagrante delito”.

Prefeitura

A Secretaria Municipal das Prefeituras Regionais também informou que a Prefeitura Regional Mooca, que responde pela área onde está o imóvel, já esgotou todas as medidas cabíveis no âmbito administrativo, como intimações, notificações, autuações e interdições. No entanto, os termos de auto de interdição não foram atendidos e respeitados pelo proprietário e pelos ocupantes do imóvel e, por isso, a Prefeitura Regional comunicou as autoridades competentes com intuito de se instaurar um inquérito policial.

Morte de macaco fecha parque no Ipiranga

A Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente fechou nesta terça-feira, dia 27, o Parque da Independência, no Ipiranga. A decisão foi tomada após a confirmação da morte de um macaco do tipo sagui por febre amarela. A reabertura está prevista para 30 dias, prazo que a Prefeitura adotou para que a cobertura vacinal seja ampliada na região.

“É preciso que os munícipes se conscientizem de que a única forma de vencermos o vírus da febre amarela é nos vacinarmos. O vírus continua circulando pela copa das árvores e a vacinação é a única maneira de nos protegermos. Antes de ingressar em um parque, espere pelo menos 10 dias após a vacinação”, alerta o secretário do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo de Castro.

O prazo de 10 dias é uma recomendação da Secretaria Municipal da Saúde, pois é o tempo necessário para o munícipe estar imunizado contra o vírus após receber a vacina.

A Prefeitura colocou faixas de alerta no parque sobre o risco da doença e a Secretaria Municipal da Saúde está intensificando a campanha de vacinação no bairro. O parque tem previsão de reabertura para 27 de abril. A recomendação é para que, neste período, moradores e frequentadores do local que ainda não tenham se vacinado procurem uma unidade de saúde.

Vacinação

Desde o último dia 19, a Secretaria Municipal de Saúde disponibilizou a vacina contra a febre amarela em todas as unidades de saúde do capital. A campanha foi ampliada para as 466 salas de vacinação dos 96 distritos da capital e segue até 30 de maio.

Para receber a vacina, o usuário deverá comparecer na Unidade Básica de Saúde com documento de identificação e, se possível, o cartão SUS e de vacinas. O atendimento será realizado levando em conta a capacidade operacional de cada unidade. “Em caso de alguma unidade receber demanda acima do esperado ou da sua capacidade, poderá recorrer à distribuição de senha”, explica o secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara.

A Secretaria reforça que a vacina contra a febre amarela não é indicada para crianças menores de nove meses de idade, gestantes, mulheres amamentando crianças com até 6 meses e pacientes com imunodepressão de qualquer natureza, com neoplasia (câncer), com HIV, em tratamento com drogas imunossupressoras (corticosteroides, quimioterapia, radioterapia, imunomoduladores) e submetidos a transplante de órgãos. Em caso de dúvida, é importante consultar o médico.

 

Prefeitura esquece da readequação das ciclovias

Uma das promessas do então candidato à Prefeitura, João Doria (PSDB), era revisar as ciclovias implantadas na gestão do seu antecessor no governo municipal. Doria deixa o cargo de prefeito antecipadamente no início do próximo mês e a sua administração não fez alteração na malha de faixas para bicicletas da Vila Prudente e arredores – que desde a implantação recebe críticas de moradores, comerciantes e até de ciclistas. A própria Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) chegou a admitir no ano passado que a readequação começaria por Vila Prudente por conta dos problemas detectados.

A esperança de ter ciclovias mais adequadas aos usuários e ao perfil da região surgiu quando ocorreu a audiência pública em 18 de setembro do ano passado, no Círculo de Trabalhadores Cristãos de Vila Prudente – cujo salão ficou lotado para o ato. O evento teve a presença do secretário municipal de Mobilidade e Transportes, Sérgio Avelleda, e de diversos técnicos da CET.

Na ocasião, Avelleda deixou claro que não teria necessidade da audiência estar ocorrendo se o governo anterior tivesse promovido a discussão com a comunidade. Também ressaltou que não pode simplesmente sair apagando diversas ciclovias que custaram dinheiro público para serem pintadas.

Durante a audiência, técnicos da CET apontaram alguns erros na implantação do projeto, como ciclovias em ruas residenciais de pouca movimentação que acabam não atraindo os ciclistas – uma delas é na rua Professor Gustavo Pires de Andrade, que sofre ainda com a falta de zeladoria e a faixa exclusiva para bicicletas costuma ser tomada pelo mato (foto). Também foram apontadas falhas de conexão entre trechos de ciclovias. A grande polêmica na ocasião ficou por conta da proposta de colocar ciclovia ao longo de toda a avenida Zelina – que de imediato foi contestada por comerciantes, embora os ciclistas defenderam a ideia.

Diante da repercussão, o secretário Avelleda garantiu que nada seria implantado antes de muita discussão e se comprometeu a fazer uma nova audiência “nas próximas semanas”. Porém, mais de seis meses se passaram.

“Será que a Prefeitura esqueceu das ciclovias? Tenho uma na porta de casa, que está muito mal cuidada e não vejo ciclistas. É um exemplo de desperdício de dinheiro público com tinta. Tenho um neto que gosta bastante de pedalar pela cidade e até ele critica essa faixa aqui na porta”, comenta um morador da rua Professor Gustavo Pires de Andrade, que pediu para não ter o nome divulgado.

Questionada pela reportagem sobre a demora em dar o retorno, a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes informou que “o projeto cicloviário proposto para a região de Vila Prudente está em fase de discussão e tão logo seja concluído será apresentado à sociedade civil e representantes dos ciclistas por meio de audiências públicas futuras”.

A Secretaria ressaltou que trabalha desde o início da gestão para garantir o uso da bicicleta como meio de transportes sustentável, dando melhor utilidade à rede existente e permitindo a conectividade entre os demais meios de transportes coletivos. (Kátia Leite)

 

Degrau em calçada provoca queda e idoso fratura três costelas

No final do ano passado, o aposentado Floriano Rodrigues, de 78 anos, foi até uma farmácia no Largo de Vila Prudente e ao retornar para casa, sofreu uma grave queda na altura do número 197 da rua Ibitirama – onde existe um enorme desnível na calçada. Embora o trecho seja bastante movimentado, pois abriga um ponto de ônibus e é trajeto para acessar as estações Vila Prudente do metrô e monotrilho, o problema é ignorado pela autoridade competente que sequer se preocupou em responder se tomará alguma providência.

Rodrigues foi socorrido por pessoas que estavam no ponto de ônibus até a chegada de sua filha, que o levou para o hospital D. Pedro, na Mooca, onde passou por uma série de exames que constataram três costelas fraturadas.

Três meses depois, após se recuperar, o aposentado procurou o jornal para externar sua indignação. “Os responsáveis pelo imóvel precisam fazer uma rampa mais suave e não permitir a montanha que existe no local, que dificulta a passagem de idosos e portadores de necessidades especiais”, comentou Rodrigues.

A Folha esteve no local e constatou a dificuldade enfrentada pelos pedestres ao passarem pelo local. Em uma das visitas a reportagem flagrou a queda de um transeunte no desnível. O imóvel existente no trecho está fechado e por isso, a reportagem não conseguiu conversar com o proprietário.

A Prefeitura Regional Vila Prudente foi procurada pela reportagem duas vezes – a primeira delas na semana retrasada, mas o órgão não se manifestou até o fechamento desta edição. (Gerson Rodrigues)

Loja na região é referência em produtos para cervejas caseiras

A bebida alcoólica mais consumida no Brasil é a cerveja e cada vez mais pessoas apreciadoras do produto têm buscado novos sabores, aromas e texturas. Com esse novo hábito entre os brasileiros o mercado das cervejas artesanais cresce anualmente e uma tendência em expansão é a produção de sua própria bebida em casa, para o consumo entre familiares e amigos. Foi seguindo essa nova cultura cervejeira que Paulo e Pedro Berçani, pai e filho moradores da Mooca, criaram a empresa Central Brew, especializada na venda de equipamentos e insumos, nacionais e importados, para a confecção de cervejas caseiras, produção conhecida mundialmente como Home Brew.

Instalada na rua Ourinhos, 161, na Mooca, a Central Brew oferece tudo e um pouco mais que um mestre cervejeiro necessita. Na Brew Shop, como é conhecida a loja desse segmento, é possível encontrar maltes e lúpulos da melhor qualidade e selecionados por especialistas, além de muitos outros ingredientes, como fermentos e variadas especiarias.

A Central Brew comercializa também todos os tipos de equipamento para a produção da cerveja caseira, como baldes fermentadores e maturadores, bombonas com diferentes capacidades, barris e cilindros, fermentadores, moedores, panelas cervejeiras, entre outros.

Além da comercialização de insumos e equipamentos, a Brew Shop oferece cursos básicos para a produção de cerveja artesanal, com aulas práticas e teóricas. “Qualquer pessoa pode fazer cerveja. Não precisa ser nenhum especialista. Basta ter vontade e aprender algumas técnicas”, explicou Paulo Berçani, que está no ramo de confecção de cerveja há cerca de 10 anos. “Antigamente era apenas um hobby, mas, como o meu filho também começou a se interessar, em 2015 montamos um site para auxiliar os cervejeiros e comercializar os produtos. Com a expansão do negócio abrimos a loja física na rua Cuiabá em agosto de 2016 e agora, desde fevereiro, estamos na rua Ourinhos, em um ambiente mais confortável para receber nossos clientes e amigos”, comentou Paulo.

A Central Brew realiza também vendas on-line através do site www.centralbrew.com.br, onde pode ser encontrado todos produtos e acessórios para Home Brew.

Central Brew: rua Ourinhos, 161, Mooca.

 

Apesar das queixas, rua Inácio não tem previsão de recapeamento

“Há pouco tempo, quando andei de avião pela primeira vez, fui despreocupada com o problema de turbulência, pois já estou acostumada com as sacudidas quando passo pela rua onde moro”, ironiza a dona de casa Maria Helena, que reside na rua Inácio, na Vila Zelina, há cerca de 60 anos. Ela se refere ao asfalto do trecho entre a praça República Lituana e a rua das Roseiras, onde há anos só aumentam as ondulações por causa dos remendos de tapa-buracos. De acordo com os moradores, não faltam pedidos de recapeamento protocolados na Prefeitura Regional Vila Prudente. Mas a notícia não é boa para os residentes e motoristas que utilizam a Inácio: a Secretaria Municipal das Prefeituras Regionais não deu uma previsão de quando a rua será recapeada.

“Foi anunciado o programa Asfalto Novo pela Prefeitura e a rua Inácio, que precisa urgente do recapeamento, não foi contemplada. Agora, nem Deus sabe quando os nossos pedidos serão atendidos”, declarou a dona de casa Cristina Assis, que reside há mais de 30 anos na via.

A aposentada Armanda Pinheiro, que mora na Inácio desde 1960, engrossa o coro das reclamações. “Além dos veículos e caminhões, três linhas de ônibus, sendo alguns articulados, passam nesta rua, que é destino para quem vai ao ABC. Embora o tráfego seja intenso, a Prefeitura não dá atenção. As operações de tapa-buraco prejudicam ainda mais, pois o asfalto já está cheio de ondulações. Precisa de recapeamento, mas estamos esquecidos. Já fizemos até abaixo-assinado, que foi entregue para a Prefeitura em 2012 e entregamos de novo em 2014 e em 2016”, relatou Armanda.

A trepidação provocada pelos veículos pesados em contato com o asfalto ruim é outro problema e vem provocando rachaduras nas paredes e tetos das residências. “Durante a noite é ainda pior. Os ônibus trafegam em alta velocidade e quando passam pelos desníveis, minha casa trepida muito. Além das rachaduras, já aconteceu até dos vidros quebrarem”, contou a dona de casa Palmira Beloni, que afirma já ter gasto bastante dinheiro para consertar as paredes de sua casa.

A primeira etapa do Asfalto Novo começou em novembro passado e deve ser concluída em abril. A segunda etapa do programa será iniciada neste mês e a rua Inácio não está incluída. De acordo com a Secretaria Municipal das Prefeituras Regionais, a via “poderá ser contemplada nas próximas fases do programa”. (Gerson Rodrigues)

Operação Delegada é retomada, mas ação na região está indefinida

O prefeito João Doria (PSDB) anunciou no último dia 12 a retomada e a ampliação da Operação Delegada na cidade, que passa a contar com 1.200 vagas por dia para policiais militares e 950 para guardas civis metropolitanos, que atuam em seus dias de folga. Com a assinatura do novo convênio entre a Prefeitura e o Governo do Estado, a operação passa a se chamar Programa de Fiscalização de Posturas Municipais, deixando de ser restrito apenas ao combate do comércio irregular. Agora, o policial que aderir ao programa poderá atuar também no combate à pichação, descarte irregular de lixo, pessoas que urinam em via pública, além da proteção ao agente público vistor.

No entanto, para a Vila Prudente, que no início da operação em 2009 foi um dos locais atendidos e com o passar do tempo o serviço desapareceu, ainda não há definição quanto à retomada do programa. Segundo a Prefeitura, a Operação Delegada é realizada em regiões críticas de São Paulo para combater, principalmente, o comércio ambulante ilegal, situação cada vez mais visível nos arredores das estações Vila Prudente do metrô e monotrilho e nas imediações da faculdade nas proximidades.

O número de policiais participantes vinha caindo nos últimos anos e um dos incentivos encontrados foi o aumento do valor pago pelo serviço. Oficiais receberão agora R$ 28 por hora e praças R$ 24. Já os guardas civis subinspetores receberão R$ 25,50 e os inspetores R$ 28 por hora.

De acordo com a administração municipal, com o aumento das vagas, a operação poderá ser retomada em locais estratégicos em todas as regiões da cidade e chegará em pontos não atingidos em anos anteriores. Segundo o secretário municipal de Segurança Urbana, José Roberto Rodrigues de Oliveira, todos os Comandos de Policiamento de Área (CPAs) da cidade serão contemplados.

A Folha questionou o 21º Batalhão da Polícia Militar Metropolitano, que pertence ao CPA/M-11, sobre a quantidade de policiais que se interessaram pelo Programa e o posicionamento da corporação é que ainda não tem a informação, pois depende do Comando, o qual autoriza e estabelece o número de vagas.

Indagada se as regiões da Mooca e Vila Prudente serão contempladas, a Prefeitura informou que, na Mooca a ação é concentrada no Largo da Concórdia e nas ruas Oriente, Tuiuti, Bresser, Monsenhor de Andrade, Taquari, e algumas outras vias. Foi ressaltado que o convênio firmado entre a Prefeitura e o Governo do Estado estuda quais os melhores lugares para a atuação dos policiais nas demais regiões.

População questiona qualidade do recapeamento na Ibitirama

No final de janeiro, algumas poucas ruas da região começaram a receber o programa Asfalto Novo. Na Vila Prudente, a maltratada rua Ibitirama, que ainda tinha trechos em paralelepípedo, foi acertadamente uma das escolhidas para receber o recapeamento. No entanto, o serviço ainda está em andamento nas imediações do Largo de Vila Prudente e a população começou a questionar a qualidade do trabalho executado no trecho entre a avenida Dr. Francisco Mesquita e a altura do número 1.400 da Ibitirama.

Em alguns pontos o asfalto já apresenta desgaste e pequenos buracos começaram a surgir. “Se esse é o serviço final, bastam algumas chuvas fortes para surgirem problemas maiores. Espero que a Prefeitura reveja esses pontos”, comenta o morador da Vila Bela, Richard Bindewald, que passa sempre pela Ibitirama. “Precisava muito desse recapeamento, mas tem que ser bem feito. Pena que a minha rua, a Pitinga, não será atendida e está com o asfalto péssimo”, completa.

Outra questão que vem preocupando os moradores da rua é que todas as tampas dos poços de visita e inspeção da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) sumiram sob o asfalto. “Aqui na frente tinha uma tampa da Sabesp e cobriram com asfalto. Se acontecer uma emergência, terão que quebrar tudo às pressas”, comenta o funcionário de um condomínio residencial na altura do número 2.200.

A Folha também encontrou entradas de bocas de lobo mal feitas e guias que parecem rebaixadas, apesar de não ser entrada ou saída de garagens.

“Está muito melhor do que antes, mas espero que a Prefeitura faça uma detalhada inspeção antes de liberar a empresa responsável”, comenta o morador da Vila Zelina, Paulo Scuttine, que trabalha em São Caetano do Sul e agora a Ibitirama faz parte da sua rota diária. “Antes, até mudava o caminho às vezes para evitar a Ibitirama, mas a escolha desta rua para o recapeamento foi ótima”, ressalta.

A Sabesp explicou que os poços de visita são utilizados pela Companhia para realizar manutenção preventiva em redes de água e esgoto. Ressaltou que de acordo com o edital do Programa Asfalto Novo, de responsabilidade da Prefeitura, a empresa contratada para a execução dos serviços também é responsável por nivelar as tampas dos poços de visita com o asfalto. A reportagem percorreu a rua da Mooca, que também está recebendo o programa, e encontrou vários poços de visita da Sabesp.

A Secretaria Municipal das Prefeituras Regionais informou que as empresas já foram notificadas pela Prefeitura para executar o nivelamento dos tampões dos poços visita que ficaram encobertos e que alguns dos buracos existentes pela Ibitirama indicam justamente as localizações desses poços. Informou também que a rua Ibitirama recebeu recuperação de 2.115 metros de sarjeta e foram utilizados 2.130 toneladas de massa asfáltica. Foi ressaltado ainda que o programa Asfalto Novo recuperou 2.100 metros da via e, caso ocorra alguma irregularidade, novos reparos serão executados. (Kátia Leite)

Prefeitura limpa complexo da rua Taquari e tenta retirar sem-tetos

Desde a sexta-feira, dia 9, o complexo da Prefeitura na rua Taquari, na Mooca, é alvo de uma ampla operação de zeladoria. A ação envolve as secretarias de Esporte, de Assistência Social e das Prefeituras Regionais, com o apoio da Guarda Civil Metropolitana (GCM).

Além da limpeza da área e da poda de mais de 700 árvores, a intenção é realizar o encaminhamento dos moradores em situação de rua que vivem no local para Centros Temporários de Acolhimentos (CTA).  O problema social já foi alvo de reportagens da Folha que mostrou que enquanto os sem-tetos aumentavam nas alamedas do complexo, moradores da região deixavam de frequentar o espaço que além da sede da Prefeitura Regional Mooca, abriga o Clube Escola, uma unidade básica de saúde, uma biblioteca e duas escolas municipais.

Segundo a Prefeitura, até o final da tarde da última quarta-feira, dia 14, oito toneladas de lixo foram retiradas do espaço. Foi ressaltado também que, durante a operação neste mês, 107 pessoas que viviam no local foram acolhidas e encaminhadas para abrigos municipais. A Prefeitura informou ainda que em um ano reduziu em 80% o número de moradores em situação de rua que moram no complexo. Questionada, a administração municipal não precisou o número exato de pessoas que vivam no local e quantos continuam no espaço.

Para o empresário e morador da Mooca, Rafael Eduardo Passos Arantes, que em fevereiro do ano passado foi um dos organizadores de uma voluntária ação de limpeza do espaço, a iniciativa da Prefeitura, além de proporcionar uma vida mais digna aos moradores em situação de rua, fará com que a comunidade volte a frequentar o local. “Os moradores da região precisam retornar ao clube, praticar atividade física, andar com cachorros, fazer caminhadas. A comunidade precisa usufruir deste local público. Com essa operação da Prefeitura acredito que as pessoas voltem a utilizar a área”, declarou. “O complexo não é um lugar para servir de moradia e isso não pode ser permitido, inclusive para a segurança dessas pessoas que fazem do espaço suas residências. A Prefeitura tem a obrigação de não permitir essa situação e deve agir sem nenhum tipo de violência, com assistência social e encaminhamentos para locais apropriados”, completou Arantes.

Viaduto Bresser

Sobre os baixos do viaduto Bresser, que está tomado por moradores em situação de rua há quase cinco anos, a Prefeitura informou que possui cadastro de todas as famílias instaladas no local e mantém contato frequente, oferecendo auxílios e disponibilizando vagas nos centros de acolhida. Foi ressaltado que um grupo de trabalho discute periodicamente alternativas de atendimento para essas famílias. No entanto, não foi dado qualquer tipo de prazo para uma ação no local, que também é alvo de muita contestação.