Metrô afirma que não há rachaduras em pilares do monotrilho

Nos últimos dias, circularam intensamente pelas redes sociais imagens dos pilares de concreto da Linha 15-Prata do monotrilho com manchas pretas que parecem rachaduras. Os pilares retratados ficam no único trecho em funcionamento entre as estações Vila Prudente e Oratório, mais precisamente na altura da avenida Salim Farah Maluf, onde existe o viaduto.

A Folha recebeu vários questionamentos de usuários do transporte e moradores da região, principalmente sobre segurança.  Com a interdição total do monotrilho por quatro dias no final da semana passada, aumentou ainda mais o temor da população, apesar da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô informar que a paralisação foi para testes.

De acordo com o Metrô, “não há rachaduras e as imperfeições observadas em alguns dos pilares do monotrilho não comprometem a segurança da estrutura”. Ainda de acordo com a Companhia, as marcas são de “desgaste na película de verniz que com a água da chuva e o acúmulo de agentes poluentes provocam o escurecimento naquele ponto”.

O Metrô informou que a limpeza e posterior correção com aplicação de novo verniz será iniciada a partir da próxima semana. Garantiu ainda que “os passageiros podem ficar tranquilos e fazer a viagem normalmente no trecho Oratório – Vila Prudente”. (Kátia Leite)

Policiais militares realizam parto dentro de veículo

Dois policiais da 4ª Companhia do 21º Batalhão de Polícia Militar tiveram uma manhã diferente hoje. O cabo Di Tilia e o soldado Félix realizaram o parto de uma menina no interior de um veículo na rua Coelho Neto, Vila Prudente.

De acordo com os policiais, eles estavam estacionados na esquina da rua com a avenida Anhaia Mello quando foram abordados pelo pai da criança. “O homem estava bastante assustado e pediu nosso auxílio. Quando chegamos até o veículo, o bebê já estava nascendo. Realizamos os procedimentos necessários e ajudamos a retirar a menina. Desenrolamos o cordão umbilical do pescoço e assim que a viramos de lado, ela começou a chorar. Foi uma mistura de sensações. Ao mesmo tempo que estávamos muito alegres, precisamos manter o foco para agirmos da forma mais correta”, contou o cabo Di Tilia.

Os policiais acompanharam os pais e a criança até o posto do Corpo de Bombeiros de Vila Prudente, próximo ao local, onde foram realizados os procedimentos emergenciais. “Depois que os bombeiros verificaram que a mãe e a bebê estavam seguros, as duas foram levadas pelo Resgate ao hospital estadual de Vila Alpina, onde foram atendidas e passam bem. Graças a Deus deu tudo certo!”, completou o cabo. De acordo com os policiais, a criança recebeu o nome de Mirela.

 

Conselho do Juventus não aprova impeachment da presidência

Aconteceu na noite de ontem, dia 12, a reunião extraordinária do Conselho Deliberativo do Clube Atlético Juventus para votar o impeachment do presidente Domingos Sanches e do vice Saulo Moisés Franciscon. Apesar da tensão nos bastidores, a reunião e a votação transcorreram normalmente. Para o afastamento seria necessário dois terços dos votos dos conselheiros, mas como o número não foi atingido, a diretoria executiva continuará no comando do clube até o final da gestão em maio de 2019.

Dos 180 conselheiros do clube, 161 compareceram à reunião extraordinária e 157 puderam votar. Após a Comissão de Sindicância dar parecer favorável ao processo de impeachment e o advogado da presidência do clube apresentar a defesa, foi aberta a votação, que, por conta do estatuto, aconteceu de forma secreta. Do total de votos, 86 foram a favor do impeachment e 69 defenderam a permanência da atual diretoria executiva. Um conselheiro votou branco e outro anulou o voto. Para o atual presidente ser impedido de continuar no cargo seriam necessários 104 votos.

O processo de impeachment foi aberto pelo Conselho Deliberativo após a divulgação de áudios gravados pelo ex-diretor de marketing do clube, que apontavam a suposta tentativa da diretoria executiva de maquiar prejuízos oriundos de eventos malsucedidos antes de apresentá-los ao Conselho do clube.

Após o término da apuração dos votos na noite de ontem, o presidente do Conselho Deliberativo, Itamar Colombini, anunciou a continuidade de Domingos Sanches e Saulo Moisés Francsicon em seus respectivos cargos.

Muito mato pelo caminho…

Assim que assumiu a Prefeitura, o prefeito João Doria (PSDB) se vestiu de gari e criou o programa Cidade Linda, com mutirões de zeladoria nos bairros. No entanto, em vários espaços públicos da região constata-se a falta de conservação e limpeza. Uma das principais queixas da população é referente ao corte de mato em vias e praças.

A moradora da rua Ribeiro Marcondes, na Vila Prudente, Dalva Maria Gualtieri não sabe mais o que fazer para o mato da via ser cortado. “Desde o primeiro dia deste ano tenho realizado reiterados pedidos para a Prefeitura, mas, para a minha surpresa, as várias solicitações que realizei via internet constam como realizadas, sendo que nada foi feito”, comenta com indignação. “Há alguns dias liguei para o 156 para questionar o que aconteceu e acabaram abrindo outro protocolo. Para a minha surpresa, ao checar o andamento da demanda na internet alguns dia depois, constava novamente que o pedido estava finalizado. Enquanto isso, o mato continua crescendo, juntando sujeira e atraindo a proliferação de mosquitos”, completou.

Quem também está indignada com a falta de zeladoria é a moradora da rua Cananeia, em Vila Prudente, Marlene Costa Azevedo. “Em alguns trechos somos obrigados a andar pela rua para desviarmos do mato na calçada. Na esquina da rua Piancó com a rua Cananeia está intransitável. Eu e outros vizinhos já reclamamos na Prefeitura, mas há meses nenhum funcionário aparece por aqui. Não sei para onde está indo o alto valor que pagamos de IPTU”, declarou Marlene.

A Prefeitura Regional Vila Prudente informou que serviços de capinação, raspagem e limpeza na região são feitos diariamente. Foi ressaltado que a realização dos trabalhos nas vias citadas acima está programado para ocorrer na próxima semana, entre os dias 12 e 17.

Nada foi explicado sobre o fato dos pedidos constarem como atendidos no sistema da Prefeitura sem que o serviço tenha sido realizado de fato. (Gerson Rodrigues)

Parque linear está tomado pelo mato e sujeira

Inaugurado em janeiro de 2010, o Parque Linear Zilda Arns foi construído ao longo da adutora Rio Claro, da Sabesp, e corta vários bairros da região. Porém, ao invés de ser uma benfeitoria para a comunidade do entorno, o espaço é sinônimo de problemas. Devido à falta de manutenção, a pista de caminhada e ciclovia acumulam mato alto e sujeira. Outra preocupação é a concentração de moradores em situação de rua ao longo do parque.

A moradora da Vila Ema, Michelle Palaria, que reside próximo ao parque, conta que há muitos meses o mato não é cortado pela Prefeitura. “Ao invés de cuidar para estimular a prática esportiva e o lazer, a Prefeitura abandonou este lugar. A pista de caminhada e a ciclovia nos trechos entre as avenidas Sapopemba e Vila Ema e entre a Vila Ema e a rua Tolstoi de Carvalho estão repletas de mato. Em alguns pontos, o matagal encobre as pessoas”, relata Michelle que frequenta o local aos finais de semana.

Outro problema destacado é a grande presença de moradores em situação de rua. “Além deles, há usuários de drogas e criminosos que se escondem no matagal para praticarem seus delitos”, completou afirmando que já registrou algumas reclamações na Prefeitura, mas não surtiram efeito.

A Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente informou no final de fevereiro que, de acordo com o cronograma estipulado em contrato de manejo do espaço, a roçagem da grama ocorreria no início deste mês – o que ainda não aconteceu. Foi ressaltado que o contrato de manutenção da pista de caminhada e ciclovia está sendo revisto. Sobre os moradores em situação de rua e usuários de droga, foi esclarecido que a vigilância do parque é patrimonial e desarmada e, quando é identificada alguma anormalidade, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) é acionada. (Gerson Rodrigues)

Problemas em prédio de escola estadual preocupam pais

A situação estrutural do prédio da escola estadual Professora Julia Macedo Pantoja, em Vila Prudente, tem provocado apreensão em pais e alunos. Segundo eles, há muros com rachaduras, telhas quebradas, o telhado possui infiltrações e gradis de proteção da unidade estão enferrujados, o que pode colocar em risco a segurança dos estudantes. Os pais contam que a escola não recebe benfeitorias há muito tempo, embora diversas solicitações já foram feitas à Secretaria de Educação do Estado.

A moradora da região, Simone Lima Cardoso, mãe de uma aluna do 5º ano do ensino fundamental, conta que em dias de chuva a preocupação aumenta. “Além das goteiras, principalmente na quadra esportiva, as infiltrações de água ficam mais evidentes por causa das rachaduras. A nossa maior preocupação é com as trincas no muro que fica na rua Fidelis Papini, pois serve de parede para algumas salas de aula. Temos receio que este muro desabe e atinja os alunos. Alguma coisa precisa ser feita com urgência”, pede Simone.

Outro problema que também causa temor é a situação dos alambrados da quadra que, segundo os pais, estão totalmente enferrujados. As paredes da quadra possuem diversas marcas de ferrugem que escorrem dos gradis (foto acima). Além disso, de acordo com relatos, o telhado possui telhas quebradas, o que provoca goteiras na quadra. “Os alunos podem escorregar nas poças e se machucarem. A Secretaria de Educação precisa dar  mais atenção para esta escola”, conta outra mãe que não quis divulgar o nome.

A Secretaria de Educação do Estado informou que engenheiros da Fundação para o Desenvolvimento da Educação, setor responsável por verificar avarias em prédios escolares, estiveram na escola nesta semana e afirmaram em laudo que não há risco de queda do muro. Foi ressaltado que será feito orçamento para contratar empresa que realizará os serviços necessários no muro, no telhado e para solucionar as infiltrações. (Gerson Rodrigues)

Obra do CEU suspensa por mais 120 dias

Interrompidas desde maio do ano passado, as obras de construção do Centro Educacional Unificado (CEU) Vila Prudente nas dependências do Clube Escola Vila Alpina devem permanecer paradas por, pelo menos, mais 120 dias. A Secretaria Municipal de Serviços e Obras publicou no Diário Oficial do Munícipio, nos últimos dias 2 e 3, decretos que prorrogam a suspensão dos trabalhos até junho. Herdado da gestão de Fernando Haddad (PT), o enorme esqueleto de prédio continua sem prazo para ser concluído no governo de João Doria (PSDB).

Nos decretos, além do CEU Vila Prudente, estão incluídos também os CEUs Taipas e Pinheirinho D`Água, na zona norte, e Parque do Carmo, na zona leste. Segundo a publicação, é a quarta vez que a retomada das obras é suspensa desde em maio de 2017.

Além do desperdício de verba pública com a construção parada e exposta aos fatores climáticos, outro problema é que vários equipamentos do Clube Escola continuam fechados, como as piscinas e o ginásio poliesportivo. Para construção também foram destruídas as quadras, um campo de futebol e mais de 260 árvores foram arrancadas.

A Secretaria Municipal de Educação informou que “diante do montante de obras que estavam inacabadas e sem orçamento previsto no início de 2017, a atual gestão priorizou a retomada de obras de unidades de educação infantil”. Foi ressaltado que 26 obras foram reiniciadas, entre elas, quatro creches e uma pré-escola já inaugurada. O órgão esclareceu ainda que a gestão desenvolveu um plano para retomar as obras dos CEUs a partir deste ano.

Questionada sobre os equipamentos inutilizados do Clube Escola Vila Alpina, a Secretaria Municipal de Esportes informou que está realizando uma força tarefa, junto com a Prefeitura Regional de Vila Prudente, para realizar a manutenção do ginásio e do campo para que voltem a ser utilizados. Nada foi informado sobre as piscinas que passaram mais um verão sem atender a comunidade.

Grelhas são furtadas de terminal de ônibus

Na edição passada, a Folha mostrou o alagamento que interrompeu a operação no Terminal Norte de ônibus, construído entre a avenida Anhaia Mello e a rua Trocari, na Vila Prudente. Nesta semana, o espaço sofreu furto das grelhas de proteção de caixas de passagens no solo, que futuramente abrigarão totens. Os passageiros tiveram que redobrar a atenção para não caírem em diversos buracos ao longo do terminal, todos bem próximos dos pontos de descida dos coletivos e também da passagem para deficientes visuais. Na tarde da quarta-feira, dia 7, vários cones sinalizavam as falhas.

O Terminal Norte foi construído pelo Metrô e é operado pela São Paulo Transportes (SPTrans). De acordo com a companhia do metroviário, essas caixas de passagens foram previstas em projeto para uso da própria operadora e ressaltou que todas foram entregues com as grelhas de proteção de metal.
O Metrô informou ainda que está providenciando tampas provisórias para evitar acidentes até que a SPTrans instale os totens de direcionamento previstos para serem ligados a partir dessas caixas.

O Terminal Norte é o único dos três previstos para a avenida Anhaia Mello que já teve as obras concluídas. O objetivo é servirem de integração com as estações Vila Prudente do metrô e monotrilho

Monotrilho só volta a funcionar na segunda-feira

Desde às 14h de hoje as estações Vila Prudente e Oratório da Linha 15-Prata do monotrilho estão fechadas. As duas paradas ficarão sem operar até a meia-noite do domingo, dia 11. O atendimento aos usuários será retomado a partir das 4h40 da segunda-feira, dia 12.

A Companhia do Metrô justificou a paralisação para a “continuidade dos testes do novo sistema de controle dos trens”. De acordo com a nota publicada no site da companhia, esses testes são necessários para a emissão de certificado de segurança para operação de mais 6,5 km de monotrilho e cinco novas estações da Linha 15: São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói, Vila União e Jardim Planalto.

O Metrô informou ainda que, além de cartazes nas paradas e informativos nas redes sociais, utilizou o sistema de som das estações e dos trens para avisar sobre a paralisação das operações. Durante o período de interdição, os usuários serão atendidos gratuitamente por ônibus do sistema PAESE (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência), que circularão no trecho entre as estações Oratório e Vila Prudente.

Mesmo com os avisos, muitos usuários foram pegos de surpresa e também reclamaram da longa fila para embarcar em um dos ônibus do sistema PAESE na noite de ontem. “Não uso o monotrilho todos os dias e me deparei com o acesso fechado quando desembarquei do metrô. É um absurdo ainda precisarem fazer tantos testes”, reclama o aposentado Wagner Pereira. “E essa oferta de ônibus gratuitos também não funciona nos horários de pico. A fila estava grande e fica confuso para encontrar o ônibus por causa dos outros pontos que existem próximo da estação”, completa.

Aviso na estação Vila Prudente do metrô

 

 

Abandono de área verde na Mooca deixa a comunidade indignada

A área verde de 4.900 m² na rua Padre Benedito Maria Cardoso situada entre 17 edifícios residenciais, conhecidos como IAPI, está fechada há mais de seis anos na Mooca. Nem sempre foi assim. O espaço serviu como importante área de lazer até pouco depois de ser vendido. Agora, além de trancado a cadeado, está sem manutenção, com matagal, ratos, aranhas, baratas e mosquitos que têm invadido os imóveis das proximidades.

A área verde foi utilizada por mais de 60 anos pela comunidade do entorno como um parque e área de lazer, mas pertencia ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que a leiloou em agosto de 2010. Na época, a vizinhança se mobilizou para que o espaço não abrigasse mais um prédio residencial, objetivo do comprador do terreno que acabou fechando o acesso à área um ano depois da aquisição.

Em novembro de 2011 a história ganhou novo capítulo. A pedido da população, o vereador Adilson Amadeu (PTB) deu entrada em dois processos administrativos na Prefeitura. O primeiro reivindicando o tombamento da área e o segundo solicitando decreto para transformar o terreno em área de utilidade pública.

Em junho de 2013, a Prefeitura publicou no Diário Oficial o Decreto de Utilidade Pública (DUP) da área, para fins de desapropriação do terreno e com isso, o proprietário foi proibido de construir no espaço. O objetivo era atender a reivindicação da comunidade e criar um parque municipal no local. No entanto, o projeto não caminhou devido à falta de verba da Prefeitura. O DUP tem validade de cinco anos e expira em junho próximo.

“Infelizmente toda a mobilização da comunidade, de quase 2.600 moradores destes 17 prédios do IAPI, parece não ter surtido efeito. O local continua fechado e a última limpeza ocorreu em outubro de 2016, quando o subprefeito na época era o Evando Reis. Ele mandava fazer a manutenção e enviava a conta para o proprietário. O atual prefeito regional já foi procurado várias vezes, mas nunca nos deu atenção”, declarou a síndica do prédio ao lado do terreno, Maria Isabel Lopes Calipo. “Escutei dizer que o proprietário pediu R$ 8 milhões pela desapropriação da área. Como a Prefeitura sempre alega falta de verba, o sonho de ver o terreno reaberto parece estar longe de se concretizar, mas não perderemos as esperanças”, completou.

De acordo com a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, como o espaço não é um parque municipal, os processos administrativos envolvendo o terreno devem ser tratados pela Prefeitura Regional Mooca.

A Prefeitura Regional informou que a questão do terreno encontra-se em processo judicial e, em razão do imóvel ser privado, não pode realizar a zeladoria do mesmo. Foi ressaltado que o responsável pela área foi intimado a fazer a limpeza do terreno e multado por falta de conservação.

A Folha vem questionando a Secretaria Municipal de Cultura há duas semanas sobre o processo de tombamento iniciado em 2011, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.