Após intensa investigação, policiais civis do 56º Distrito Policial – Vila Alpina conseguiram identificar e localizar nesta semana, o motorista que atropelou e matou o estudante de engenharia Thiago Neves, de 25 anos. Ele foi atingido violentamente ao atravessar a avenida Anhaia Mello, na altura do número 770, na madrugada do dia 30 de abril. Ao contrário do que foi divulgado inicialmente, baseado em testemunhas, o veículo envolvido no acidente não era uma Tucson e sim uma Sportage prata. O condutor indiciado tem 27 anos, é morador do bairro Jardim Vergueiro, na zona sul, e responderá pelos crimes de homicídio culposo na direção de veículo automotor, omissão de socorro e fuga de local do acidente. Familiares da vítima ficaram satisfeitos que o autor foi encontrado, mas entendem que o atropelamento deveria ser classificado como doloso, quando há intenção de matar, pois, defendem que o motorista assumiu o risco de cometer acidente ao trafegar em velocidade muito superior ao limite máximo da via, que é de 50 km/h.
De acordo com o delegado assistente do 56º Distrito Policial, Alexandre Navajas Madio, um dos responsáveis pelo caso, a identificação do veículo e, posteriormente do motorista, aconteceu depois de minuciosa investigação. “Sem muito êxito com os depoimentos de testemunhas, começamos a buscar imagens de câmeras de segurança de empresas da redondeza e solicitamos à Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) os registros de radares da avenida Anhaia Mello e de outras vias, pelas quais o condutor poderia ter passado momentos antes do acidente”, explicou o delegado. “Estávamos trabalhando com a hipótese de ser uma Tucson, pois foi a informação passada por testemunhas, mas, depois que a CET disponibilizou os registros de radares da região, onde constavam mais de mil placas de carros, começamos a levantar dados de cada uma. Em certo momento, chegamos a uma Sportage prata, que possui características parecidas com Tucson, e havia passado cerca de três minutos antes do horário do acidente no cruzamento da avenida Salim Farah Maluf com a avenida Vila Ema. Os investigadores foram até o endereço registrado e se depararam com o veículo ainda bastante danificado. De imediato o responsável pelo carro assumiu a autoria e foi encaminhado à delegacia”, completou Madio.
Segundo o delegado, ao interrogar o motorista, o mesmo explicou que no momento do acidente seguia para sua casa em alta velocidade porque estava com medo de sofrer assalto e, de repente, chocou-se com uma pessoa. “O condutor alegou que não socorreu a vítima porque ficou muito nervoso e teve medo de parar na avenida. Ele seguiu para casa e chegou a contar aos pais que havia atropelado uma pessoa, mas acabou não procurando a polícia. Por este motivo foi enquadrado nos agravantes de omissão de socorro e fuga do local do acidente”, explicou o delegado.
Sobre a classificação de homicídio culposo, o delegado afirmou que, embora o motorista estivesse em velocidade bastante superior ao permitido na avenida, entendeu que ele não teve a intenção de atingir o estudante. “O dolo acontece quando o autor prevê o resultado, ou seja, quando tem o conhecimento que cometerá o crime. Nesse caso foi uma atitude bastante imprudente, sem a intenção de cometer o atropelamento”, explicou Madio.
Em relação à hipótese do motorista estar participando de um racha no momento do ocorrido, o delegado afirma que as investigações prosseguirão. “Não temos nada que possa comprar esta hipótese, até porque o motorista da Sportage disse desconhecer a presença de outro veículo no momento do acidente, mas continuaremos analisando fatos e testemunhos para que o caso seja concluído da forma mais completa possível”, concluiu o delegado. Na ocasião do acidente, a polícia apreendeu um Gol verde que aparecia nas imagens das câmeras de segurança também em alta velocidade.
Com a identificação do condutor responsável pelo acidente, parentes de Thiago cobram mais rigor no caso. “Até poderia concordar com o enquadramento do delegado, que não significa que uma pessoa quer matar alguém apenas porque está em velocidade três vezes maior que a permitida, mas, isso só valeria se essa pessoa tivesse ao menos parado, prestado socorro, e não fugido, esperando a polícia procurar por um carro que nem ao menos era o que se imaginava. Acredito que ao atropelar alguém, ir para casa, esconder o carro, contar aos pais que havia atropelado um indivíduo e não se manifestar perante a polícia, é sinal de que o autor estava com a consciência tranquila. Por tudo isso, por ter deixado meu primo jogado e morto, como um animal, o caso deveria ser tratado como dolo. Ficaremos em cima do Ministério Público para que o caso seja revertido para doloso”, declarou o primo da vítima, Christian Canuto.
Mais sobre o caso:
Jovem de 25 anos perde a vida após ser atingido por carro em alta velocidade
vamos ver se ele ficara preso , ou vai pagar uma multa em cesta basica
simplesmente chocada e revoltada, com esta versão apresentada.como assim nao teve a intenção de matar? ?na velocidade em que estavam, eles nao premeditaram ,mas a intençao existiu sim,uma vez que ao dirigir em alta velocidade, vc sabe que nao.co.seguirá frear a tempo,e andar assim em uma via de grande movimento tanto de pedestre quanto de pedestre.olha so deus para dar força para superar perda e conviver com a injustiça. ..
mas é claro q o motorista assassino ia falar q desconhecia outro veiculo claro q ele ia mentir,assim como nao se apresentou a policia deixando tds acreditar ser uma tcson pq era muito parecido o modelo,e estando a 150 pór hr as testemunhas nao tinah como ver o nome do modelo,continuo acreditando nas testemunhas iniciais q dizem q a kia e o gol estavam fazendo racha….
Absurdo!!!
Vão me desculpar, mas o delegado que presidiu o Inquérito Policial, pegou muito leve com esse assassino. Está claro, que ao dirigir muito acima da velocidade o bandido assumiu todos os riscos de matar, o dolo é eventual, ele não queria matar, mas assumiu o risco.
A família tem que contratar um advogado, e recorrer dessa classificação criminal junto aos superiores do delegado, e se não obtiverem êxito no intento, cabe recurso ao poder judiciário.
E o cara é tão cínico, que do jeito que ele expos a versão, parece que ele é a vitima, e o jovem que ele matou o culpado. Pena que no Brasil os criminosos sempre se dão bem, infelizmente, Brasil país da impunidade.
Homicídio CULPOSO???? Se a vítima, por acaso, fosse filho do “dotô delegado”, será que ele teria a mesma opinião do fato?
Estou pensando em começar a andar com uma arma na cintura sem munição, assim quando a policia me pegar vou dizer que está descarregada e não tenho a intenção de matar ou roubar, vai que cola, com essa nossa inteligência policial que nos protege, essa justiça que só ajuda quem está errado, essa falta de preparo das pessoas que utilizam um carro sem saber que pode se transformar em uma arma, basta girar a chave.
É lamentável, esse atropelamento seguido de morte.
Mas, ainda que foi localizado o “assassino”.
Investigação, nos dias de hoje é raro, mas foi feito.
Aos familiares, agora, acompanhem o andamento do inquérito
com um bom Advogado, para que esse homicídio não seja pago com cestas básicas