No próximo domingo, os brasileiros são chamados, novamente, a exercer o direito de cidadania, expressando através do voto direto suas escolhas para os cargos diretivos do País: Presidência da República, Senadores, Governadores de Estado, deputados federais e estaduais. Trata-se de uma eleição de muita responsabilidade, que exige de nós discernimento. É preciso que cada um de nós façamos a tarefa de casa em analisar o passado de cada candidato, o que se propõe a fazer, enfim, para que façam a melhor escolha. Voto em branco e voto nulo não são justificáveis, tendo em vista principalmente o quanto o povo sofreu, mais de vinte anos, para obter novamente o direito de votar e escolher seus representantes.
É claro que a democracia não é perfeita, e que se faz necessária a tão falada reforma política, para corrigir os excessos e as deficiências que, por exemplo, permitem que candidatos despreparados e oportunistas sejam alçados à posição de tomadores de decisão, por conta do modo com são feitas as chapas dos partidos, cheia de cacarecos, muitas vezes, beneficiando candidatos nada vocacionados e apenas interessados em usufruir do poder, sem a responsabilidade exigida pela função. O que pensar, por exemplo, do palhaço Tiririca, que pode de novo ter votação expressiva em São Paulo, sabendo que como deputado não utilizou uma única vez a tribuna da Câmara para defender alguma propositura de sua autoria?
Por isso que é preciso fazer a reforma política, que corrija essas deficiências e promova um processo eleitoral, com voto distrital, entre outros critérios, para que seja possível elegermos pessoas mais de acordo com a função legislativa e executiva, em nosso País. Mas enquanto isso não acontece, devemos fazer a nossa parte e mesmo dentre os que aí estão, buscar o melhor, ou pelo menos o mal menor. Mas não podemos é deixar de votar.
O desafio está em fazermos o voto consciente. É assim que aprimoramentos o processo democrático, contribuindo para que o País saia fortalecido das urnas, pois, mais uma vez, estaremos exercendo nosso direito de cidadania e que deve ser preservado, pelo bem do Brasil. Não votem em quem não publicou o seu Programa detalhado de Governo (por grave desrespeito a você!) e procurem votar não por impulso, muito menos por interesse pessoal. Leiam bem na Internet as propostas escritas do candidato e esqueçam o espetáculo de mau gosto da “embromação eleitoral gratuita”.
* Valmor Bolan é Doutor em Sociologia e Especialista em Gestão Universitária pelo IGLU (Instituto de Gestão e Liderança Interamericano) da OUI (Organização Universitária Interamericana) com sede em Montreal, Canadá.