Quem passa pela rua Batuns se surpreende com o novo cenário. Foi derrubado todo o muro, na extensão da via, que delimitava o terreno de 16 mil m², alvo de árdua luta da comunidade, através do Movimento Viva o Parque Vila Ema, para ter a vasta vegetação preservada. No lugar do concreto, está sendo instalado o mesmo modelo de grade que delimita os parques municipais da cidade.
Conforme a última informação passada à Folha pela Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, o processo de doação da área de propriedade da Construtora Tecnisa está em análise técnica e jurídica, em fase de complementação da documentação. Conforme a reportagem apurou, já existe detalhado projeto do futuro parque, inclusive com o paisagismo. A empresa desistiu de construir torres residenciais no local em troca de potencial construtivo em outra região.
O espaço em questão foi uma antiga chácara de imigrantes alemães que ainda hoje abriga várias centenas de árvores, algumas nativas da Mata Atlântica, uma infinidade de pássaros e nascente de água. Após a mobilização da comunidade, o terreno foi incluído no Plano Municipal de Mata Atlântica (PMMA) e como Zona Especial de Proteção Ambiental (ZEPAM) no último Plano Diretor Estratégico da cidade.