Escola é furtada pela segunda vez em uma semana

A escola estadual Oswaldo Cruz, na rua da Mooca, precisou suspender novamente algumas aulas ontem e hoje, após cabos de energia terem sido furtados na noite da sexta-feira, dia 27. O mesmo crime já havia ocorrido na terça-feira passada, dia 24.

A unidade, que atende cerca de 900 alunos nos dois ciclos dos ensinos Fundamental e Médio, está recebendo os estudantes em sistema de rodízio. Algumas aulas foram suspensas e outras acontecem em período reduzido nas salas que recebem a iluminação natural com mais intensidade.

Segundo funcionários da escola, o objetivo desse improviso é fazer com que os alunos não sejam ainda mais prejudicados com a suspensão total das atividades. Os cabos de energia ainda não foram repostos e a escola permanece sem luz.

Devido ao problema, ontem e hoje também não foi possível o preparo da merenda que é distribuída aos alunos. Para não estragarem devido à falta de refrigeração, muitos produtos foram transportados para outras unidades escolares.

Um cartaz fixado no portão da escola detalha as séries e os horários das aulas, além de informar que ontem ocorreria uma reunião entre representantes da escola, pais e responsáveis para discussão das medidas de segurança a serem tomadas. A caixa de energia fica dentro da escola e portanto, os criminosos precisam invadir a unidade para fazer o furto dos cabos.

No final da tarde de terça-feira, dia 1, a Secretaria de Educação de Estado esclareceu que o reparo da rede elétrica foi realizado e as aulas não foram interrompidas. No entanto, funcionários da escola informaram ao jornal que apenas ocorreu o conserto da fiação, mas a iluminação ainda não havia voltado e algumas aulas estavam suspensas. Segundo os funcionários, a ENEL programou a religação da energia para quarta-feira, dia 2.

História

A escola é uma das unidades mais antigas da cidade. Foi construída na República Velha e funciona no bairro da Mooca desde 1914, quando era denominada Grupo Escolar da Mooca. Em 1917 passou a homenagear Oswaldo Cruz em seu nome. No ano de 1924 chegou a servir de hospital de guerra no curso da Revolução Paulista de 1924. (Gerson Rodrigues)

Cartaz fixado no portão com informações sobre o rodízio das aulas