Com a temporada de chuvas se aproximando, o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) do Estado anunciou que iniciou esta semana o trabalho de limpeza e manutenção do piscinão Guamiranga, construído ao lado do rio Tamanduateí, na Vila Prudente.
De acordo com o DAEE, as máquinas estão removendo cerca de 20 mil metros cúbicos de sedimentos e 11 mil metros quadrados de vegetação que cresceu no interior no piscinão. O investimento é de R$ 2,5 milhões e o trabalho deve estar concluído no final de novembro.
O piscinão foi inaugurado em fevereiro de 2017, após mais de dois anos de atraso. As obras foram iniciadas em dezembro de 2012 e a previsão de conclusão era o final de 2014. O investimento do Governo do Estado foi de R$ 160 milhões. É o maior reservatório da cidade, com 22 metros de profundidade e capacidade para acumular 850 mil metros cúbicos de água das chuvas. Ocupa área de 70 mil m², entre a avenida Dr. Francisco Mesquita, o viaduto Grande São Paulo e as ruas Guamiranga e Patriarca.
No entanto, apesar de estar em Vila Prudente, o piscinão não conseguiu resolver o antigo problema das cheias na região. Menos de um mês após a inauguração do equipamento, foi registrada violenta enchente na avenida Anhaia Mello e arredores. A força da água arrastou veículos, derrubou comportas e invadiu casas e empresas. Na ocasião, Estado e Prefeitura admitiram a necessidade de um construir um reservatório para a avenida Anhaia Mello, que abriga o córrego da Mooca canalizado sob as suas pistas.
Em março passado, durante outro temporal, o piscinão acabou transbordando e as avenidas Dr. Francisco Mesquita, do Estado, Henry Ford, Anhaia Mello e todas as ruas do entorno enfrentaram um dos piores alagamentos da história. O DAEE confirmou que as chuvas acima da média em março levaram ao trasbordo e ressaltou que “sem o reservatório, a região teria sofrido impactos ainda maiores”.