Pacientes do hospital municipal Doutor Ignácio Proença de Gouvêa, que muitos ainda chamam de hospital João XXIII, na Mooca, reclamam da situação estrutural do saguão de espera da unidade de Assistência Médica Ambulatorial (AMA 24h), que funciona anexa ao hospital. Segundo eles, o local é muito pequeno e, com a aglomeração de pessoas, a ventilação é insuficiente. Muitos usuários, inclusive portadores de necessidades especiais, são obrigados a aguardar o atendimento no estacionamento de ambulâncias, o que dificulta a visualização das senhas anunciadas no único painel eletrônico de atendimento existente.
Entre as reivindicações dos pacientes estão a ampliação do saguão de espera para garantir a acomodação das pessoas, melhoria na ventilação e a instalação de mais um painel para que os usuários que estão do lado de fora consigam visualizar as senhas anunciadas.
Na última segunda-feira, dia 11, o líder de supermercados Fabio Klein esteve no local acompanhando a sua namorada, Mary Passos, que estava com crise de enxaqueca. Ele conta que chegaram na unidade por volta das 13h e o atendimento foi finalizado às 18h30. “Ficamos mais de cinco horas no hospital e muito mal acomodados. Não havia lugar para sentar devido ao grande número de pessoas no saguão de atendimento e poucos assentos. O acúmulo de pessoas também ajudou a aumentar a temperatura do ambiente. Embora o local conte com uma parede aberta, a ventilação é insuficiente. Pessoas doentes podem piorar enquanto aguardam atendimento devido ao calor”, contou Klein, que permaneceu grande parte do tempo no estacionamento de ambulância, que fica ao lado da sala de espera. “O espaço necessita de uma ampliação urgente. Vários pacientes são obrigados a permanecerem onde ambulâncias e carros fazem manobras. Além de estarmos mal acomodados quase não conseguíamos acompanhar o painel de controle de senhas”, comentou com indignação.
Klein conta que já procurou alguns vereadores da região, mas, até o momento, nenhum concentrou esforços para ajudar a resolver o problema. “Onde estão os vereadores que foram eleitos pela região que não enxergam este problema e não aparecem no hospital?”, questiona.
A Folha entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde e cobrou providências quanto aos problemas indicados, mas não obteve retorno até o fechamento da edição. (Gerson Rodrigues)