Passeio de Maria-Fumaça volta ao Museu da Imigração

Da mesma estação de trem por onde milhares de imigrantes desembarcaram em São Paulo, ainda é possível ouvir o apito de uma antiga Maria-Fumaça. O som anuncia a chegada de uma legítima locomotiva de 1922, que continua a cruzar os trilhos dos bairros da Mooca e do Brás, fazendo passeios turísticos que reconstroem parte da história da cidade. As viagens, promovidas pela Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), voltaram a ter o embarque pela plataforma do Museu da Imigração.

A Maria-Fumaça tem saídas agendadas para grupos durante os dias de semana e para o público em geral está disponível sempre no primeiro final de semana de todo mês.

A Hospedaria de Imigrantes do Brás, onde hoje funciona o Museu da Imigração, recebeu pessoas de todas as regiões do Brasil e de diversos países, ao longo dos mais de 90 anos de funcionamento. Muitos migrantes e imigrantes, ao desembarcarem no porto de Santos, seguiam de trem até a estação da Hospedaria do Brás. A estrada de ferro que vinha de Santos até a Hospedaria pertencia à Companhia São Paulo Railway, que ligava Santos à Jundiaí e era responsável pelo transporte dos imigrantes e do café.

Para recriar a experiência daqueles que faziam esse percurso, os passeios de Maria-Fumaça são acompanhados por monitores que contam um pouco da história da locomotiva e simulam algumas práticas típicas das antigas viagens de trem. Os passageiros são levados, então, a se imaginarem no século passado, durante um trajeto de três quilômetros entre as estações Mooca e Brás, que dura aproximadamente 25 minutos.

Para realizar o passeio, o público pode escolher entre um vagão de 1950 (ingressos por R$ 20) e outro de 1928 (ingressos por R$ 25). Ambos os carros foram recuperados na Oficina de Restauração da ABPF, que desenvolve um trabalho de reparo dos trens, respeitando suas características originais, como tipo de madeira, cor, dimensões e montagem. Os equipamentos restaurados ficam expostos no Pátio de São Paulo, local próximo ao viaduto Alcântara Machado, e podem ser visualizados durante o caminho percorrido pela Maria-Fumaça.

Os embarques para o passeio são realizados na plataforma da sede da ABPF, aos sábados, domingos e feriados, com exceção do primeiro final de semana do mês, cuja saída é na própria estação ferroviária do Museu da Imigração. O funcionamento é das 11 às 16h, com viagens de hora em hora, a depender da demanda do público. De terça a sexta-feira, os grupos interessados também podem fazer o passeio de Maria-Fumaça (mínimo de 40 participantes) vinculado com a visita ao Museu, desde que tenham realizado o agendamento prévio pelo e-mail agendamento@museudaimigracao.org.br ou telefone 2692-1866.

Museu da Imigração: rua Visconde de Parnaíba, 1316, Mooca. Mais informações: www.museudaimigracao.org.br.

Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF): rua Visconde de Parnaíba, 1253. Mais informações: www.abpfsp.com.br ou pelo telefone: 2695-1151.

Doria demite secretário-adjunto Fabio Lepique

No final da semana passada, o prefeito João Doria demitiu o secretário-adjunto das Prefeituras Regionais, Fabio Lepique, que até então era o braço forte do vice-prefeito Bruno Covas. Todos são do quadro do PSDB. Na última quarta-feira, dia 1º, em coletiva na sede da Prefeitura, Doria também anunciou a saída de Covas da Secretaria das Prefeituras Regionais para assumir a nova Secretaria da Casa Civil.

Uma das causas apontadas para a demissão do secretário-adjunto são as críticas relacionadas à zeladoria da cidade, área que passou a ser responsabilidade direta de Lepique com as ausências de Doria e Covas. O vice-prefeito voltou na semana passada de uma viagem de 11 dias à França e Doria estava em Maceió no dia que estourou a notícia da demissão de Lepique.

Recente pesquisa feita pelo Datafolha, mostrou queda de nove pontos na aprovação do governo Doria por insatisfação dos munícipes com os serviços de zeladoria, além das constantes viagens do prefeito.

Outro ponto que pode ter pesado para a queda de Lepique seriam os atritos que ele teve com secretários de confiança de Doria.

Em um vídeo postado em rede social, Lepique tentou passar naturalidade e até brincou com a demissão, mas deixou claro que a saída da Prefeitura foi contra a sua vontade. Ele agradeceu o vice Bruno Covas e fez várias referências honrosas ao governador Geraldo Alckmin – com quem Doria também já criou mal estar por conta da eleição presidencial em 2018.

Lepique ressaltou os avanços que conseguiu na Secretaria ao longo de quase um ano de trabalho e avisou que o ano que vem deve ser muito melhor por conta da questão orçamentária e porque conseguiram liberar as atas dos registros de preços dos serviços de zeladoria que estavam no Tribunal de Contas do município. Ainda de acordo com ele, no fim de 2017 será entregue o novo sistema de gestão de vários serviços de zeladoria monitorados em tempo real através de equipes com chips. Por fim, Lepique mencionou que o prefeito ofereceu para ele continuar em outra função no governo municipal, mas ele declinou.

Lepique é morador da Mooca e participou ativamente da escolha dos prefeitos regionais desde o final do ano passado. Resta saber se a sua saída pode afetar as Prefeituras Regionais Mooca e Vila Prudente, nesta última o novo regional, Guilherme Brito, está há apenas dois meses no cargo e é amigo de longa data do ex-secretário.

Usuários desaprovam novo terminal na Anhaia Mello

Há alguns dias, a Folha publicou matéria sobre a passarela e os terminais de ônibus (Sul, Norte e Central) que estão sendo instalados na avenida Anhaia Mello, próximos às estações Vila Prudente do metrô e do monotrilho. De acordo com a Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô, responsável pelas obras, dos três terminais previstos, o Norte, na rua Trocari, já está finalizado e atendendo a linha de trólebus. No entanto, usuários passaram a criticar a falta de estrutura do espaço após ficarem sabendo que o Metrô considera que a obra está pronta. As principais queixas são referentes à ausência de banheiros em um local onde sobra área livre.
Para o leitor e vice-presidente do grupo defesa do trólebus, Fabio Klein, o que foi construído não pode ser chamado de terminal. “O local onde ficam os trólebus é um puxadinho que nem possui banheiros. Isso não pode ser considerado um terminal, mas sim apenas um ponto maior que os outros”, declarou.
Quem também se queixa da ausência de sanitários é a manicure Rosana de Assis, que utiliza a parada quase todos os dias. “Há alguns dias precisei usar o banheiro e fui obrigada a pedir para um funcionário da lanchonete na esquina da rua Ibitirama com a rua Cavour deixar eu usar o sanitário do estabelecimento. Não entendo esse terminal ser tão grande e não possuir um banheiro. Parece que teve muito desperdício de concreto nesta obra”, relatou.
Para o blogueiro da área de mobilidade urbana, Eduardo Paulino da Silva, a estrutura do terminal Norte ficou muito grande. “A área com cobertura ficou enorme e vemos que está sempre vazia. Será que este terminal irá receber outras linhas, além dos trólebus?”, questiona Silva.
O leitor Paulo Santos também critica os terminais. “É claro que foram mal planejados e são arquitetonicamente horríveis”, comenta.

Motoristas de coletivos também criticam

Há quase um mês operando no terminal recém-construído, motoristas dos trólebus também se queixam. “Construíram um espaço tão grande sem necessidade. Há apenas um ponto de ônibus nesta estrutura toda. Pelo jeito desperdiçaram dinheiro e uma das principais necessidades não foram atendidas, que é a de ter sanitários, tanto para os passageiros, como para nós motoristas. Venho do Parque do Dom Pedro II e quando chego, para ir ao banheiro, preciso caminhar até um imóvel alugado para os motoristas na avenida Paes de Barros”, reclamou um condutor que trabalha desde 1986 na linha de Parque Dom Pedro II / Terminal Vila Prudente. “No terminal antigo havia uma lanchonete, um refeitório, sanitários e até guarda volumes. Mas agora fizeram apenas essa imensa cobertura sem utilidades”, concluiu.

Metrô se manifesta

Questionado, o Metrô confirmou que o terminal Norte não terá sanitários. De acordo com a resposta enviada ao jornal, o projeto dos terminais de ônibus prevê sanitários públicos, inclusive para portadores de necessidades especiais, somente nas áreas Central (no canteiro da Anhaia Mello) e Sul (na praça Gioia Junior). Foi ressaltado que os três terminais contam com itens de acessibilidade e segurança, como piso tátil, rampas de acesso, hidrantes e extintores de incêndio.
A Folha recebeu questionamentos de leitores referente à utilização da passarela em construção sobre a pista sentido bairro da avenida Anhaia Mello. A dúvida era se a passagem seria exclusiva de usuários de transportes públicos ou seria livre também para pedestres. O Metrô esclareceu que a passarela poderá ser utilizada como meio de acesso de transeuntes ao outro lado da via, por usuários da Linha 2-Verde do metrô, da Linha 15-Prata do monotrilho e para acesso aos ônibus dos terminais.
A Companhia esclareceu ainda que o projeto executivo e a obra levaram em consideração a possibilidade de enchentes na região, de forma que as instalações e usuários não sejam afetados.

Pioram os problemas em asfalto recém-reformado

Há um mês a Folha publicou matéria que retratou a precária situação do asfalto na alça de acesso das avenidas Anhaia Mello e Doutor Francisco Mesquita, sob o viaduto Grande São Paulo, em Vila Prudente. Questionada na ocasião, a Prefeitura Regional Vila Prudente informou que o serviço de zeladoria no trecho entraria na programação. Mas, apesar do perigo no local, parece que o trabalho não foi classificado como prioridade, pois além do trecho continuar repleto de buracos e ondulações, os problemas estão se agravando.

A situação da via causa ainda mais indignação nas pessoas que passam pelo ponto em razão do local ter recebido novo recape há cerca de um ano, quando foi refeita a ponte que desabou no rio Tamanduateí. Meses depois começaram a surgir os primeiros buracos e em junho deste ano a Prefeitura realizou alguns reparos na alça de acesso. Mas, o problema voltou e coloca em questão a qualidade do serviço que vem sendo realizado pela Prefeitura. (Gerson Rodrigues)

Governo quer fazer concessão da Linha 15

A Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM) publicou nesta quarta-feira, dia 25, no Diário Oficial do Estado, o aviso de consulta pública sobre o edital de concessão à iniciativa privada da operação e manutenção da Linha 15-Prata do monotrilho.

A minuta do edital e seus anexos, com diversas informações técnicas, estão disponíveis gratuitamente por meio do site www.stm.sp.gov.br, no link Linha 15, até 24 de novembro. Esse é o prazo em que os interessados poderão fazer contribuições quanto aos termos do edital e seus anexos.

O leilão da linha será realizado na sede da B3, antiga BM&FBovespa, em data a ser divulgada após a formulação final do edital de concessão. Segundo a Secretaria, o critério de julgamento será o de maior valor oferecido pela outorga fixa da concessão.

A audiência pública sobre o processo de concessão da Linha 15 foi realizada em 6 de setembro no Instituto de Engenharia de São Paulo. O processo teve início em junho do ano passado quando a proposta foi aprovada pelo conselho do programa estadual de desestatização.

Linha 15

Inaugurada em agosto de 2014, a Linha 15-Prata funciona apenas no pequeno trecho de 2,3 km, entre as estações Vila Prudente e Oratório. Atualmente, as obras de expansão estão concentradas até São Mateus, envolvendo o trabalho de 2 mil pessoas, segundo a Secretaria.

As colunas e vigas que compõem a via permanente por onde passarão os trens do monotrilho já estão implantadas até a região da estação São Mateus.

A promessa é que serão mais 13 quilômetros de vias elevadas, 27 novos trens e oito estações com previsão de entrega no primeiro semestre de 2018: São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói, Vila União, Jardim Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus.

A estimativa é que a linha transporte 405 mil passageiros por dia de Vila Prudente até a estação Iguatemi, a última do trecho, prevista para 2021. Existe ainda projeto para integrá-la com a Linha 10-Turquesa da CPTM na estação Ipiranga. (Kátia Leite)

UBS Vila Heloísa é invadida por criminosos

Funcionários e pacientes da Unidade Básica de Saúde (UBS) Vila Heloísa, que fica na rua Aíres Quaresma, no São Lucas, enfrentaram momentos de pânico no final da tarde do último dia 20. Segundo os relatos, seis homens armados invadiram o posto e de forma violenta roubaram celulares, bolsas e outros pertences.

De acordo com informações de membros do conselho gestor da unidade, o crime ocorreu por volta das 18h30, pouco antes do encerramento do expediente, que acontece às 19h, e a ação dos assaltantes foi bastante agressiva. “Os homens armados renderam o segurança e entraram na recepção da UBS. Todos aparentavam ser jovens. Alguns chegaram a rasgar a roupa de uma funcionária e, além de roubarem celulares e bolsas, pediram chaves de carros que estavam estacionados na rua”, comentou a conselheira gestora Isaura Alves da Silva.

A conselheira relatou ainda a falta de policiamento na região. “É muito difícil vermos uma viatura passando pela redondeza da UBS. Esta é a primeira vez que criminosos entraram na unidade, mas frequentemente são furtados carros de pacientes e funcionários estacionados nas ruas ao redor”, comentou.

Um das enfermeiras da UBS registrou boletim de ocorrência de roubo no 70º Distrito Policial – Sapopemba e o caso foi encaminhado ao 42º DP – Parque São Lucas, responsável pela área onde fica a unidade de saúde.

A Folha entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde e aguarda um posicionamento sobre providências para a melhora das condições de segurança da UBS.

Usuários questionam onde estão os trens da Linha 2

Pouco antes da inauguração das estações Vila Prudente e Tamanduateí da Linha 2 – Verde, no segundo semestre de 2010, o Governo do Estado entregou novos trens para operarem no trecho, no entanto usuários frequentes afirmam que raramente os encontram nas viagens atuais.

“É bem fácil de identificar porque os trens da Linha 2 têm bancos verdes, além de outras características mais modernas, como o ar condicionado bem eficiente, porém embarco e desembarco na estação Vila Prudente de segunda a sexta para ir e voltar do trabalho e às vezes, também utilizo a linha aos finais de semana para passeio, e o que mais vejo são os trens com bancos azuis e até marrons”, destaca Ricardo Irata. Outra usuária, Sandra Merengoni, comenta que “os trens de outras linhas não são ruins, mas, agora com o verão, os da própria linha verde são confortáveis”.

A Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô ressaltou que as frotas de trem apresentam desempenho operacional semelhante e não são exclusivas de uma única linha. As composições podem ser realocadas em caso de necessidade operacional.

Ainda segundo o Metrô, na  Linha Verde estão disponíveis 27 trens para a operação. Desse total, 82% são novos ou modernizados, equipados com ar condicionado, sistema de detecção de incêndio, mensagem sonora automática, iluminação mais eficiente, câmeras de monitoramento, mapa eletrônico de estações e freios ABS.

Opinião de vereadores sobre projeto de reduzir verba das regionais
Prefeitura Regional Vila Prudente pode ter redução de 14% no orçamento para 2018

 

No final de setembro, a gestão municipal encaminhou para apreciação na Câmara Municipal a proposta orçamentária que define o valor das receitas das 32 Prefeituras Regionais para o próximo ano. O que chama a atenção é a considerável diminuição dos valores em relação ao orçamento deste ano. De acordo com o projeto de lei do prefeito João Doria (PSDB), as prefeituras regionais terão redução de R$ 250 milhões. Antes da aprovação, a proposta ainda será analisada e discutida entre os 55 vereadores.

Segundo o projeto de lei, a Prefeitura Regional Vila Prudente terá 14% de redução no orçamento. O valor orçado para este ano foi de R$ 32,2 milhões e para 2018, por enquanto, estão destinados R$ 27,6 milhões.

na Prefeitura Mooca, a redução prevista é de 20%. O montante para 2017 foi de R$ 46,6 milhões e para o próximo ano está previsto R$ 37,3 milhões.

A Prefeitura Regional Sapopemba teve orçado para este ano R$ 25,9 milhões e para 2018, R$ 19,8 milhões – redução de 23%.

A diminuição proposta gera preocupações na comunidade em relação à execução dos serviços de zeladoria, os quais têm sido bastante criticados neste ano, com o orçamento mais cheio. A população teme que trabalhos como limpeza de bocas de lobo, de galerias e de córregos, podas de árvores, corte de mato, coletas de entulhos e tapa buracos, dentre outros, sejam prejudicados.

Nesta semana a Folha escutou a opinião dos vereadores da região e questionou qual será a postura de cada um nas discussões do orçamento.

Para a vereadora Juliana Cardoso (PT) a diminuição das receitas irá prejudicar a prestação de serviços de zeladoria. “Na quarta-feira, dia 18, na primeira audiência sobre o orçamento realizada na Câmara, o secretário municipal da Fazenda, Caio Megalli, afirmou que as emendas dos 55 vereadores vão acrescentar verbas para as Prefeituras Regionais, mas essas emendas parlamentares são para pequenas obras em espaços públicos e não para a contratação de serviços de zeladoria”, ressaltou Juliana. “Em campanha, o prefeito prometeu dar mais eficiência às regionais, mas essas reduções orçamentárias mostram o contrário”, acrescentou.

Já a vereadora Edir Sales (PSD) afirma ser favorável à proposta desde que sejam aprovadas emendas para a região. “Entendo que o orçamento encaminhado à Câmara Municipal requer ajustes e a minha postura será igual a dos anos anteriores, quando após muito diálogo com o executivo e com os membros da comissão de finanças, os valores foram majorados. É importante lembrar que o orçamento da Vila Prudente de 2017 foi aprovado com acréscimo de 17% em relação ao projeto do Executivo, e o da Mooca foi de 14% superior, graças às emendas apresentadas pelo nosso mandato”, declarou.

O vereador Claudio Fonseca (PPS) afirmou que irá fiscalizar e apontar a necessidade de aumento da receita das prefeituras regionais Vila Prudente e Mooca. “Luto pelo aumento do orçamento e, também, pela execução real da receita, pois o que tem ocorrido nos últimos anos é a garantia do orçamento no papel, mas não a sua aplicação de fato. Para a região temos propostas de emendas parlamentares e um bom exemplo é a emenda ao projeto de lei do Orçamento 2018 que destina recursos para a requalificação e reurbanização dos baixos do viaduto Pacheco e Chaves”, comentou.

O vereador Toninho Vespoli (PSOL) afirmou que votará contra a proposta. “Um dos motivos é pela maneira como chegou à Câmara Municipal. Tudo de forma atropelada, impositiva, sem respeito às regras e ao regime da Casa. Não há diálogo com a sociedade e, muitas vezes, as audiências são feitas de forma errada. Vamos nos organizar para apresentar emendas que corrijam os valores de repasse para as prefeituras regionais. É preciso dar mais autonomia às administrações locais, mas o que vemos é o sistemático corte do orçamento das mesmas, o que limita o poder de atuação”, disse.

Segundo o vereador Rinaldi Digilio (PRB), não será aceitável uma redução orçamentária sem explicação. “Vou lutar não só para aumentar o valor orçado para as Prefeituras de Vila Prudente, Mooca e Sapopemba, por meio de emenda ou substitutivo durante a discussão do projeto, mas também melhorar a execução desse orçamento. A gestão passada superestimou as receitas, gerando uma peça de ficção, que engana as pessoas com números impossíveis de atingir e que irão ficar abaixo até mesmo do que está sendo proposto para 2018”, comentou.

Metrô garante terminais de ônibus para dezembro

Os pontos de ônibus improvisados, sem abrigos e em locais inapropriados instalados pela avenida Anhaia Mello, próximos às estações Vila Prudente do metrô e do monotrilho, estão com os dias contados. A Companhia do Metropolitano de São Paulo -Metrô informou à Folha que os três terminais de ônibus e a passarela para pedestres sobre a pista, no sentido bairro, serão concluídos no final deste ano.

Segundo o Metrô, a obra bruta está 92,6% finalizada, sendo que a construção do terminal Norte, na rua Trocari, entre a rua Ibitirama e a avenida Paes de Barros, foi concluída em setembro. Já o terminal Sul, na praça Gióia Junior, no sentido bairro da Anhaia Mello, e o terminal central, sob a estação do monotrilho, estão em fase final de acabamento e implantação de sistemas.

Em relação à passarela faltam 10% dos trabalhos para a conclusão, restando apenas alguns acabamentos e a finalização da pintura. A passagem de pedestres deveria existir desde agosto de 2010, quando foi inaugurada a estação Vila Prudente do metrô, no entanto o projeto foi abortado pela Companhia do Metropolitano por causa do córrego Mooca que passa sob a Anhaia Mello – a proposta inicial previa a passagem subterrânea.

O Metrô informou que para a execução de obras civis dos três terminais de ônibus e do entorno da estação Vila Prudente da Linha 15-Prata, incluindo a passarela, o valor contratual foi de R$ 33,4 milhões.

Quanto ao funcionamento dos terminais, a Companhia esclareceu que estão acontecendo reuniões com a São Paulo Transportes (SPTrans) para organizar a transição e o início da ocupação por parte do órgão municipal, que ocorrerá de forma gradativa.

Questionada sobre quantas linhas operarão nos terminais e como ocorrerá o funcionamento, a SPTrans informou que aguarda a entrega oficial dos terminais pelo Metrô e, tão logo isso ocorra, iniciará a operação dos coletivos, de forma semelhante ao que é estabelecido para os demais terminais da cidade. Foi ressaltando que estão sendo finalizados os estudos para contabilizar as linhas que serão atendidas nos terminais.

Enquanto os terminais não entram em funcionamento, usuários do transporte público enfrentam aglomerações para embarcar nos ônibus. Um dos pontos críticos é em frente à estação Vila Prudente do metrô, onde os passageiros dividem espaço com diversos ambulantes que se instalam no local. Na última segunda-feira, dia 16, havia até venda de produtos sobre sacos plásticos colocados na calçada. Questionada, a Prefeitura Regional de Vila Prudente alegou que alguns ambulantes têm o termo de permissão de uso, mas mesmo assim ocorre fiscalização periódica no trecho para evitar a presença do comércio irregular.

Latrocínio e tentativa violenta de roubo em Vila Prudente

A região continua enfrentando dias de insegurança e violência. Menos de 15 dias depois de um jovem de 18 anos falecer após ser esfaqueado na avenida Anhaia Mello, em frente à estação Vila Prudente do metrô, e um trio roubar uma loja do shopping na Mooca armado com uma metralhadora; um homem de 26 anos foi morto no último dia 12 após lutar com criminosos durante assalto porque não queria entregar a moto recém comprada.

Na tarde do feriado, dia 12, o técnico em eletricidade, Moacy Sacramento Neto, andava de moto com a esposa na garupa quando foi abordado por uma dupla na avenida Dr. Francisco Mesquita, em Vila Prudente. Ele entrou em luta corporal com os criminosos para evitar o roubo da Yamara XT 600, adquirida poucos dias antes. Mas, durante o confronto, levou um tiro no tórax.
Os dois homens fugiram com a moto de Neto e largaram no local a moto em que chegaram para o assalto, que segundo a polícia, também era roubada. A vítima faleceu a caminho do hospital.

Flagrante em roubo de carro

Na noite seguinte, dia 13, uma dupla de criminosos levou a pior ao tentar roubar um Toyota Corolla na rua Mario Fongaro, nas proximidades da rua do Orfanato, em Vila Prudente.

Por volta das 20h40, a Polícia Militar foi acionada por causa do roubo e conseguiu flagrar a dupla dentro do veículo, no entanto quando os policiais desceram da viatura para abordar os suspeitos, o motorista saiu com o carro em alta velocidade para cima dos policiais que revidaram com tiros.

Os dois suspeitos, um de 47 e outro de 42 anos, foram feridos e levados ao Hospital Estadual de Vila Alpina. O caso foi registrado no 56º Distrito Policial como roubo, resistência, lesão corporal decorrente de oposição à intervenção policial.