Implantado no início da gestão do prefeito João Doria (PSDB), o programa Calçada Nova – Mutirão Mario Covas tem como principal objetivo a recuperação dos passeios da capital aliada a serviços complementares de zeladoria, como limpeza de vias, corte de mato, conservação de pavimento, entre outros. Até o momento 11 distritos da cidade já foram atendidos. No entanto, não há previsão da Prefeitura para contemplar os distritos da região.
Nesta semana a reportagem da Folha questionou a Prefeitura Regional Mooca, a qual informou que o programa ainda não foi implantado nos distritos sob sua responsabilidade e não há data prevista para acontecer. O mesmo esclarecimento partiu da Prefeitura Regional de Vila Prudente. Os órgãos também não souberam informar quais locais serão indicados para receber o programa. A Secretaria Municipal das Prefeituras Regionais informou que o roteiro está sendo realizado da periferia para o centro da cidade e todas as calçadas atendidas estavam em áreas públicas.
Enquanto a região não é contemplada, calçadas de equipamentos municipais continuam intransitáveis, atrapalhando o tráfego de pedestres e causando insegurança. Um desses pontos é o passeio da Unidade Básica de Saúde (UBS) Vila Prudente, na esquina com a rua Itamumbuca, onde a calçada simplesmente deixa de existir em um trecho, obrigando os transeuntes a andarem pelo meio da rua. Há anos a Folha cobra providências e até o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) determinou o conserto quando esteve na UBS, mas nada foi feito.
Outra reclamação antiga é a calçada do Hospital Estadual de Vila Alpina, na rua José Jeraissati. O passeio possui apenas 1,5 metro de largura e o espaço fica ainda mais estreito por de árvores e postes de luz no caminho. Tal situação impossibilita a passagem de cadeirantes e de mães com carrinhos de bebês. O problema já foi alvo de várias matérias da Folha, que provocaram reunião em 2014 entre a então Subprefeitura de Vila Prudente e a direção do hospital, quando ficou acordado que a gerência da unidade de saúde realizaria melhorias no piso do passeio, assim como recuaria o seu muro em cerca de três metros. Passado quase dois anos e meio, o problema segue sem solução.
Na avenida Paes de Barros, Mooca, vários trechos do canteiro central também apresentam irregularidades. Um dos locais críticos fica na altura do número 1.800. A pessoa que passar pelo ponto é obrigada até a andar pelo corredor de ônibus.
Li uma reportagem num portal de noticias do ABC e gostaria humildemente de sugerir uma pauta parecida à Folha VP. É sobre como o comércio – além dos carros, claro – se apoderam das calçadas e forçam os pedestres a se virar. Às vezes até à luz do dia. Um bom exemplo, conhecido de todos, é a Rua Pinheiro Guimarães, onde os comerciantes e seus clientes usam a calçada como estacionamento, sobretudo no “happy hour”, principalmente a partir de quarta-feira. Além disso, temos as agencias de automóveis na Av Anhaia Mello, até mesmo perto do Metrô, onde ocorre o mesmo. E temos também as mesas e cadeiras nas calçadas. Tem um bar famoso na Vila Zelina que depois das 6 da tarde começa a entulhar a calçada em frente com mesas e cadeiras, principalmente em dias de futebol e às sextas à noite. Claro que existem outros, todos devem conhecer um local assim. É um bom tema, não acham?
https://www.reporterdiario.com.br/noticia/2327961/comercio-expulsa-pedestre-da-calcada/