Acompanhada de assessores técnicos, a vereadora Edir Sales (PSD) esteve no dia 22, na SP Urbanismo, empresa pública ligada à Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento, para discutir a questão da ligação das avenidas Henry Ford e Anhaia Mello, em Vila Prudente. O acesso de uma via a outra é interrompido por um ramal ferroviário que atualmente recebe uma ou duas composições de carga por dia, permanecendo ocioso por várias horas. Há mais de 20 anos a FolhaVP batalha para conseguir a conexão entre as avenidas com o objetivo de desafogar o trânsito, principalmente nas ruas Pacheco e Chaves e Dianópolis, beneficiando muitos motoristas que perdem valioso tempo em congestionamentos nos horários de pico.
Desde 2003 existe parecer favorável à ligação da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Mas, por muitos anos, houve resistência dos responsáveis pelas empresas que utilizam o ramal. No entanto, agora a decisão cabe a Prefeitura. O presidente da SP Urbanismo, José Armênio de Brito Cruz, e a coordenadora dos Núcleos de Projetos Urbanos da empresa, Rita Gonçalves, garantiram à vereadora que a ligação continua contemplada no Projeto de Lei da Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí, atualmente em análise na Comissão de Política Urbana da Câmara Municipal.
No detalhamento da Operação Urbana consta que além da conexão com a avenida Anhaia Mello, está previsto outro ramal ligando a Henry Ford à rua Guamiranga. A forma de transposição da ferrovia, que segundo a coordenadora, não deve ser em passagem de nível, ainda será elaborada em projeto futuro, somente após aprovação e implantação da Lei. Rita ressaltou ainda que “se tudo correr conforme o previsto”, a Operação Urbana deve ser aprovada no final do ano e depois, iniciam-se os trâmites para implantação que levam vários meses.
Questionado pela vereadora e seus assessores sobre a demora para efetivamente ocorrer a conexão das vias, o presidente da SP Urbanismo ressaltou que é a forma mais garantida do projeto ser viabilizado economicamente. “Se tentar aprovar por fora da Operação Urbana, depende dos recursos do Tesouro e dificilmente a Prefeitura terá como arcar com os custos da elaboração do projeto e implantação da transposição”, afirmou Cruz.
A proposta da Operação Urbana é incentivar o potencial construtivo e o adensamento populacional com contrapartidas financeiras das empresas envolvidas que vão permitir à Prefeitura promover as benfeitorias previstas para os bairros envolvidos, entre eles a Vila Prudente e a Mooca. A vereadora Edir Sales afirmou que vai acompanhar o projeto na Câmara Municipal para garantir que as melhorias previstas para a região sejam mantidas no Projeto de Lei. (Kátia Leite)