Parque de Vila Prudente fica às escuras novamente

Dois apagões em menos de um mês no Parque Ecológico Professora Lydia Natalizio Diogo, o popular Parque de Vila Prudente. A escuridão começou na semana passada e a área verde passou o final de semana sem luz. Muitos frequentadores reclamaram da dificuldade para fazer as caminhadas.

“Só consigo ir ao parque à noite, após o trabalho. É um desrespeito com os usuários, tanto a sequência de problemas, como a demora da Prefeitura para resolver cada vez que acontece”, afirma a moradora da Vila Alpina, Luciane Mendes.

“Tem uma fiação de energia quebrada há várias semanas na divisa do parque com o crematório e como estava encostada em outro fio, ficava dando curto-circuito direto. Avisei um segurança, embora é impossível que os funcionários não tivessem notado, tanto pelo clarão dos curtos, como pelo barulho. Depois, o cabo estava caído de vez em uma árvore”, relata o frequentador Juca Júnior.

Nas últimas semanas de fevereiro e início de março, o parque também passou vários dias apagados. Na ocasião, a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente alegou que o espaço estava “parcialmente sem energia após as fortes chuvas que atingiram o local”. Afirmou ainda que “em dezembro, a concessionária realizou manutenção e revisão da rede de iluminação”. O problema foi sanado em 8 de março.

Sobre a ocorrência desta semana, a Secretaria Municipal do Verde informou que uma equipe do Departamento de Iluminação Pública (Ilume) realizou o reparo e a iluminação do parque foi restabelecida. Foi identificado que a origem da falta de energia ocorreu após o rompimento de um cabo na área do crematório que fica ao lado do local.

 

São Lucas ultrapassa 1,2 mil casos de dengue

Na última segunda-feira, dia 1º, a Secretaria Municipal de Saúde divulgou mais um boletim epidemiológico sobre os casos de dengue. A cidade registrou 14 mortes pela doença no prazo de uma semana, passando de 19 para 33 em 2024. Outros 80 óbitos estão em investigação.

Há duas mortes na região. Uma mulher de 58 anos da Vila Prudente que faleceu em 8 de fevereiro, sete dias após o início dos sintomas. E uma moradora de 74 anos da Água Rasa, que começou a ter os sintomas em 5 de março e faleceu no dia 12.

O boletim da Secretaria Municipal divulgado na segunda-feira compreende os casos até 23 de março e totalizava 89.153 ocorrências de dengue. No entanto, segundo levantamento da Secretaria de Estado da Saúde, o número de casos na capital paulista já ultrapassa 105 mil.

Na região, o distrito de São Lucas saltou de 967 para 1.269 casos até o último levantamento da Secretaria Municipal. Mas, o número pode ser maior considerando a defasagem de dez dias.

No distrito de Vila Prudente eram 470 casos no boletim anterior e agora são 620. Lembrando que cada distrito compreende diversos bairros.

Na Água Rasa o número de registros de dengue passou de 662 para 793 e na Mooca de 207 para 265. Considerando a incidência de casos em relação à população, todos os distritos da região estão em epidemia da doença.

Vacina

A Prefeitura nesta quinta-feira, dia 4, a imunização contra a dengue em dois distritos da capital: Itaquera, Zona Leste, e Vila Jaguara, Zona Oeste. De acordo com o governo, a escolha deve-se a critérios técnicos. As vacinas serão aplicadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Itaquera por ser a região onde se concentra o maior número de casos absolutos da doença (4.552 confirmações), e da Vila Jaguara por ter a maior incidência de dengue por 100 mil habitantes (1.628 casos e coeficiente de incidência de 6852,1)

O público-alvo para receber as primeiras doses são crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, conforme definido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).