Dengue: veja os números da doença na região

Desde a manhã da segunda-feira, dia 18, a cidade de São Paulo foi declarada em estado de emergência em saúde pública para a dengue. O decreto foi publicado pela Prefeitura em edição extra do Diário Oficial.

Conforme o boletim epidemiológico divulgado no dia 18, a capital paulista saltou para 49.721 casos de dengue e 11 óbitos confirmados pela doença. No boletim anterior, de 11 de março, a cidade somava 35.417 mil casos de dengue e oito óbitos. Elevação de 14.304 novas confirmações da doença. A próxima atualização dos números deve acontecer na segunda-feira, dia 25.

No dia do decreto da situação de emergência, a capital registrava 414 casos confirmados da doença por 100 mil habitantes. No Estado de São Paulo, houve o decreto de emergência quando bateu a marca de 300 casos por 100 mil habitante – seguindo os padrões da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Números na região

No intervalo de uma semana entre os boletins da Secretaria Municipal de Saúde, as ocorrências de dengue na região também aumentaram.

O Sapopemba lidera com mais casos e pulou de 566 para 801 confirmações da doença. Em seguida, aparece o São Lucas que passou de 500 para 682 casos.

Na Vila Prudente eram 310 casos até a última segunda-feira, dia 18, contra 166 confirmados na semana passada. Na Água Rasa o número de registros de dengue passou de 333 para 490 e na Mooca de 100 para 169.

Capital tem recorde do dia mais quente do ano

De acordo com os dados do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), da Prefeitura, a tarde de ontem, dia 17, registrou a maior temperatura máxima do ano, com 34,4°C de média na cidade. A medição supera o recorde anterior de 34,2°C, registrado em 9 de janeiro.

Ontem, a maior temperatura absoluta (registrada em um único local) ocorreu na Mooca, com 35,8°C. Mas, não bate o recorde de 9 de janeiro de 2024 com 36,4°C, ocorrida nas estações da Mooca e da Vila Mariana.

A maior sensação térmica registrada ontem foi na estação Aricanduva – Vila Formosa, às 15h10, com 39,3°C.

A capital paulista também registrou no domingo, a madrugada mais abafada do ano com média de 23,8°C.

A cidade está em alerta para altas temperaturas, decretado pela Defesa Civil Municipal desde a quarta-feira, dia 13, às 9h.

O forte calor ainda será observado nos próximos dias com temperatura bem acima da média. Esse quadro vai sofrer mudança com a chegada de uma frente fria na quinta-feira, dia 21. O outono começa às 00h06 do dia 20.

Mão única na rua das Heras e reclamações na Giestas

Desde o último dia 9, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) alterou a circulação na rua das Heras, na Vila Prudente. Foi implantada a mão única de direção, no sentido da rua Ibitirama para a rua das Giestas.

De acordo com o órgão, a mudança tem como objetivo melhorar as condições de segurança de pedestres e de fluidez no trânsito local. Moradores desse trecho da rua das Heras comemoram a alteração, afirmando que a via não suportava mais a mão dupla.

A CET deu alternativas para o tráfego na região, a maioria envolvendo a rua das Giestas, o que tem provocado muitas reclamações desde o sábado. “A Giestas ficou com uma fila interminável. Que mudança mal pensada: juntar nessa rua todos que querem sair do bairro”, escreveu Patrícia Wissinievski.

“Se fosse para ficar mão única, que fosse para descer sentido à Ibitirama. Seria pelo menos uma fluidez maior no trânsito. Ficou horrível na Giestas, principalmente em horário de pico”, comenta Gustavo Cypriano. “Foi péssima essa mudança. O trânsito nesse pedaço triplicou. A rua das Giestas está um caos”, reclama Andréa Peceguini.

Questionada sobre as reclamações, a CET informou que desde a alteração, são feitos acompanhamentos operacional e semafórico, para eventuais ajustes e monitoramento pela equipe técnica, em todo o entorno, inclusive com ênfase no cruzamento da rua das Giestas com a rua Ibitirama. A CET também afirmou que divulgou a alteração com antecedência aos usuários com a colocação de banners na região.

Obra rompe tubulação de gás de rua duas vezes

Vizinhos de uma obra para melhorar a captação de águas pluviais executada na esquina da avenida Alberto Ramos com a rua General Irulegui Cunha, no Jardim Independência, levaram mais um grande susto na tarde da última segunda-feira, dia 11. Houve o rompimento da rede de gás encanado praticamente no mesmo trecho de outro vazamento ocorrido na semana passada, em 3 de março.

À distância era possível ouvir o barulho do gás escapando da tubulação e os moradores deixaram as casas às pressas por causa do forte cheiro dentro dos ambientes.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) chegou a interditar o primeiro quarteirão da avenida e viaturas do Corpo de Bombeiros e da Comgás foram acionadas novamente. A obra acontece ao lado da Subprefeitura Vila Prudente.

De acordo com a Prefeitura, o serviço de melhoria de drenagem iniciado no ano passado é necessário devido à construção de um empreendimento residencial da EZTEC, com 39 andares. O grande prédio está sendo erguido no antigo terreno da Eletropaulo, justamente na esquina onde ocorreram os vazamentos de gás.

Desde o início dos trabalhos na via pública, operários com uniformes da Prefeitura, além de caminhões e tratores com adesivos do governo municipal, foram vistos atuando no local. Muitos moradores acreditam que a execução da obra de drenagem é da Prefeitura. A reportagem não encontrou placas com dados da obra, como valor, engenheiros responsáveis e prazo de execução.

A Subprefeitura Vila Prudente reafirmou ontem, dia 14, que no local “ocorre uma obra de canalização de galerias de águas pluviais, realizada por duas empresas contratadas pela EZTEC”. Através da Secretaria das Subprefeituras, foi ressaltado que “a vistoria foi intensificada”. Não houve explicação sobre o maquinário da Prefeitura visto no local.

Questionada pela Folha, a EZTEC chegou a afirmar por e-mail no último dia 13, que “a obra que acontece em via pública, localizada na avenida Alberto Ramos, não é de responsabilidade da Companhia”. No entanto, na manhã de ontem, através de sua assessoria de imprensa, informou que houve um equívoco interno e encaminhou nova resposta: “a obra de canalização de águas pluviais é de responsabilidade da companhia, sendo executada por uma empresa contratada”. Ressaltou ainda que o supervisionamento foi intensificado.

A Comgás informou que disponibilizou um técnico de prevenção de danos da Companhia que ficará em campo junto com a equipe da construtora, dando orientações durante as obras de infraestrutura. (Kátia Leite)

Protesto em escola estadual após caso de assédio

Cerca de 200 pessoas, entre pais e alunos da escola estadual (EE) Carolina Galvão, na Vila Prudente, realizaram protesto na tarde ontem, dia 14, em frente à escola pedindo segurança e providências sobre um professor que teria assediado alunas da 6ª série durante aula.

O caso ocorreu na última terça-feira, dia 12. Quando os pais das alunas tomaram conhecimento, se dirigiram à escola. Acionada, a Polícia Militar conduziu todos ao 56º Distrito Policial, onde foi lavrado Boletim de Ocorrência. Após colher os depoimentos, com as mães das alunas relatando detalhes das ações do professor, o delegado responsável decretou prisão preventiva do acusado.

Durante o protesto ontem, a direção da escola recebeu uma das lideranças e informou que deverá convocar reunião na próxima semana do conselho escolar e pais de alunos para abordar a ocorrência.

Em nota à Folha, a Secretaria de Estado da Educação afirmou que repudia toda e qualquer forma de assédio dentro ou fora do ambiente escolar. Foi esclarecido que a direção da escola, assim que soube do ocorrido, tomou todas as providências cabíveis. O professor será substituído e seu contrato, extinto. A Secretaria informou ainda que na quarta-feira, dia 13, as alunas e os responsáveis foram acolhidos pela equipe do Conviva e pelo psicólogo da unidade, que seguem acompanhando o caso. O Conselho Tutelar também foi acionado. A escola segue à disposição da comunidade escolar e contribui com as investigações. (Colaboração André Kuchar)