Parque Sabesp sem data para reabrir

O verão acabou e os usuários do Parque Sabesp Mooca, na avenida Paes de Barros, 2017, continuam se deparando com os portões fechados. Desde o início do ano, o espaço verde e de lazer foi interditado de novo para manutenção. O problema alegado na ocasião foi o mesmo que já acarretou outros fechamentos total ou parcial da área: afundamentos e danificações do piso que compreende grande parte do parque.

Questionada mais uma vez nesta semana sobre a previsão de reabertura, a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) respondeu à Folha que está realizando manutenções gerais e pontuais no parque “em virtude de vandalismo sofrido em suas instalações”. Não especificou quais foram os atos e porque não foram evitados por equipes de segurança. Esclareceu que até a conclusão dos serviços o local permanecerá fechado ao público a fim de evitar qualquer acidente com os frequentadores. Sobre a previsão de reabertura se limitou a informar que é “para o segundo semestre de 2023”.

O Parque Sabesp Mooca foi inaugurado há menos de dez anos, em setembro de 2014. Em 2021 já ficou seis meses totalmente interditado por causa de danos estruturais na sustentação do piso. Em 2022, usuários voltaram a reclamar de afundamentos, principalmente onde há equipamentos de ginástica.

“A impressão é que implantaram o parque sem qualquer tipo de estudo da área, senão o piso não afundaria com tanta facilidade. É um baita descaso com os frequentadores. Simplesmente fecham os portões, colocam placa de manutenção, sem explicações e prazo para voltarmos a utilizar. E não vejo tanta movimentação de manutenção”, afirma um vizinho e usuário do parque que pediu para ser identificado apenas como Jorge. “Ficamos à mercê da boa vontade dos administradores do local”, completa.

Arte mais que especial

Uma história de superação, muito talento e amor à arte. Maurício Ventura Leoratti teve anoxia ao nascer (quando falta oxigênio no cérebro no momento do parto), o que o tornou especial. Durante a infância, fez acompanhamentos e tratamentos na APAE e na Casa da Esperança, foi alfabetizado na escola estadual Profº André Xavier Gallicho, na Mooca, e depois migrou para a Nossa Escola, entidade na Vila Prudente especializada no atendimento de jovens e adultos portadores de necessidades especiais.

Em 1998, ainda precisou conviver com a desmielizante periférica, doença que causa muitas dores e limitação de movimentos. Foi mais um obstáculo vencido em sua vida. Em 2010, iniciou os estudos de pintura com a professora Clery, que lhe propiciou as primeiras noções de pintura em tela. E não parou mais. Teve o apoio e o carinho de outros professores que lhe ensinaram várias técnicas e foi aperfeiçoando seus traços e desenhos. Atualmente, aos 51 anos, Mauricio está desenvolvendo a técnica de sombreado na pintura de tela e desenho em grafite.

Quem quiser conhecer mais sobre o seu trabalho pode visitar a página @mauricioleoratti no Instagram. Informações sobre como adquirir as telas podem ser solicitadas por mensagens na própria rede social.