Quarentena prorrogada até 10 de maio em São Paulo

O governador João Doria (PSDB) acaba de prorrogar a quarentena no estado de São Paulo até 10 de maio, domingo em que será celebrado o Dia das Mães. O anúncio foi feito nesta sexta-feira, dia 17, durante coletiva para a imprensa no Palácio dos Bandeirantes. São Paulo é o epicentro das contaminações por coronavírus no Brasil.

A medida, válida para os 645 municípios paulistas, mantém o fechamento de comércios e serviços não essenciais para reforçar o isolamento social e reduzir a circulação de pessoas ante o crescimento de casos e de mortes pela COVID-19.

A restrição de acesso a estabelecimentos comerciais e o veto a eventos públicos ou privados com aglomerações está em vigor desde o dia 24 de março. Esta é a segunda vez que o Governo de São Paulo determina a prorrogação da quarentena.

O coordenador do Centro de Contingência do coronavírus, David Uip, destacou que em uma reunião na manhã de hoje, baseada em dados técnicos e científicos, todos os médicos especialistas que compõem o grupo foram unânimes em recomendar a manutenção das medidas de isolamento adotadas em São Paulo.

“Esta manutenção é absolutamente fundamental tanto do ponto de vista da área metropolitana da capital como da Baixada Santista e do interior. Há a falsa impressão que a doença se limita à Grande São Paulo”, disse Uip. “As medidas atuais são efetivas e estão adequadas para este momento”, acrescentou.

Além do aumento de casos de Covid-19, um alerta para a extensão da quarentena foi a queda do índice de isolamento social tanto na média estadual como na medição específica da capital. Ontem, dia 16, o Sistema de Monitoramento Inteligente (SIMI-SP), operado em parceria entre operadoras de telefonia móvel e o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) da USP, apontou que os índices atingiram apenas 49% – a taxa considerada ideal é de 70%.

Até o último balanço da Secretaria Estadual de Saúde, o estado tem 11.568 casos confirmados de Covid-19 e 853 óbitos, a maioria registrados na capital paulista. São 603 mortes na cidade de São Paulo, segundo o Estado. Dados da Secretaria Municipal de Saúde divulgados nesta semana indicam que esse número de óbitos pode ser praticamente o dobro, considerando os casos suspeitos.

Números de mortes confirmadas ou suspeitas na região


O número de óbitos confirmados por coronavírus no estado de São Paulo subiu para 853 até a última atualização da Secretaria Estadual de Saúde, às 13h de ontem. No mesmo balanço foram apontados 11.568 casos de Covid-19. A capital paulista continua com a maior quantidade de mortes, chegando a 603 confirmadas, segundo os mais recentes dados estaduais.

A Prefeitura não divulga boletins epidemiológicos diários, porém sinalizou que esse número pode ser praticamente o dobro considerado as mortes ainda suspeitas por coronavírus – que aguardam confirmação via exame. Na noite da última quarta-feira, dia 15, o governo municipal divulgou os dados de óbitos por cada uma das 32 subprefeituras da cidade, até o último dia 13 – portanto já houve variação dos números, mas a Secretaria Municipal de Saúde não informou quando haverá nova atualização.

A Subprefeitura Penha é a primeira da lista com 79 casos de mortes confirmadas ou suspeitas por Covid-19. A Subprefeitura Mooca (SUB-MO) aparece na segunda posição com 67 óbitos. No distrito da Mooca são 13 mortes confirmadas ou suspeitas. Na Água Rasa são 21 óbitos, no Tatuapé são 12 e no Belém, 10. A SUB-MO concentra ainda o Brás com quatro mortes e o Pari com sete.

A região da Subprefeitura de Vila Prudente somava 42 mortes até o dia 13, sendo 18 no distrito de Vila Prudente e 24 no São Lucas.

Vacinação contra a gripe prossegue para os grupos prioritários

 

A Secretaria Municipal de Saúde inicia nesta quinta-feira, dia 16, a segunda etapa da vacinação contra a Influenza em todas as unidades básicas de saúde (UBSs). Nesta nova fase são imunizados caminhoneiros, motoristas de transporte coletivo e portuários. Estes profissionais atuam nos serviços essenciais e estão mais vulneráveis à doença. Também recebem a vacina pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais.

A primeira fase da campanha começou em 23 de março, priorizando os cidadãos de 60 anos ou mais e profissionais de saúde. Desde o dia 30 foram vacinados policiais e demais profissionais de forças de segurança.

Professores estarão na terceira fase, que começa no próximo dia 9 e prossegue até 22 de maio. O Ministério da Saúde decidiu colocar os profissionais da educação na terceira etapa porque as atividades escolares estão suspensas.

A partir do dia 9 a vacina também estará liberada para crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas, adultos de 55 a 59 anos de idade e pessoas com deficiência.

A estimativa é que, até o término da campanha, sejam aplicadas mais de 4 milhões de doses em todo o município.

A vacina contra Influenza não protege do coronavírus, mas vai auxiliar os profissionais de saúde no diagnóstico para a Covid-19 ao descartarem os vários tipos de gripe na triagem da população vacinada.

Nas farmácias
Para ampliar a imunização e reforçar as regras da quarentena, a Prefeitura promove até 22 de maio, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, a vacinação gratuita em 32 farmácias e drogarias privadas. Esses locais serão utilizados como postos fixos durante a campanha.

Na região da Subprefeitura de Vila Prudente a imunização ocorre na Drogasil, na avenida Sapopemba, 6047, na Vila Ema. Na área da Subprefeitura Mooca a equipe de vacinação está na Farmácia Pague Menos, na rua da Mooca, 2095.

Veja as dez cidades paulistas com mais casos de Covid-19

Nesta segunda-feira, dia 13, o Estado de São Paulo chegou a 608 óbitos e 8.895 casos confirmados do novo coronavírus. Apenas hoje, foram 20 mortes e 140 casos a mais, em relação a ontem.

Já são 167 cidades paulistas com pelo menos um caso e 65 municípios com no mínimo um óbito. As dez cidades que apresentam mais ocorrências até a última atualização do Governo do Estado são:

1 – São Paulo: 6.352 casos e 445 óbitos
2 – Guarulhos: 198 casos e 16 óbitos
3 –  São Bernardo do Campo: 179 casos e 10 óbitos
4 – Santos: 166 casos e 6 óbitos
5 – Santo André: 147 casos e 3 óbitos
6 – Osasco: 129 casos e 9 óbitos
7 – Campinas: 106 casos e 5 óbitos
8 – São José dos Campos: 85 casos e 1 óbito
9 – Taboão da Serra: 73 casos e 5 óbitos
10 – São Caetano do Sul: 67 casos e 2 óbitos

Para verificar os dados detalhados de casos confirmados e óbitos em outras cidades paulistas, acesse: www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus.

Entre as vítimas fatais, estão 351 homens e 257 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 82,2% das mortes.

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Semana Santa: mesmo vazias, igrejas mantêm ritual e transmitem online

Com a impossibilidade de receber fiéis pelo risco de contágio do novo coronavírus, inclusive para as celebrações da Semana Santa, as igrejas precisaram se reinventar. Além das tradicionais missas do Tríduo Pascal no Vaticano, presididas pelo Papa Francisco, e na Basílica de Aparecida, em São Paulo, que serão televisionadas; diversas paróquias da região farão transmissões ao vivo das missas através das redes sociais.

A Paróquia Santo Emídio, na Vila Prudente, já vem fazendo diversas transmissões pelo Facebook (facebook.com/igrejasantoemidio) há cerca de 15 dias, inclusive da missa de Domingo de Ramos no último dia 5. Amanhã, Sexta-Feira Santa haverá a missa online da Paixão e Morte de Nosso Senhor às 15h. No sábado, dia 11, às 19h, acontece a Vigília Pascal. No domingo, dia 12, começa às 10h a celebração da Páscoa do Senhor.

A Paróquia São Pedro Apóstolo, no Jardim Independência, também terá celebrações via Facebook (facebook.com/saopedrojardimindependencia). A missa da Sexta-Feira Santa será transmitida às 15. A celebração do Sábado Santo começa às 19h e no Domingo de Páscoa a missa estará online a partir das 10h.

Na Paróquia São José, na Vila Zelina as missas também serão online no Facebook (www.facebook.com/parsaojosevz) e no Instagram (@parsaojose). A Paixão do Senhor será às 15h da Sexta-Feira Santa. A Vigília Pascal começa às 19h do sábado. E as missas da Páscoa do Senhor no domingo, dia 12, serão transmitidas às 8h e às 18h. Junto com a programação, a Paróquia deixou uma mensagem aos fiéis: “Queridos paroquianos, a saudade aperta, mas estamos confiantes que essa fase vai acabar. Logo poderemos nos reunir novamente. Enquanto isso, pedimos que continuem em vossas casas, rezando pelo mundo e aproveitem a nossa programação virtual através das redes sociais”.

A Paróquia São Carlos Borromeu, na Vila Prudente, também segue próxima dos fiéis através da rede social. As missas do Tríduo Pascoal serão transmitidas pelo Facebook (www.facebook.com/saocarlosbvp). Nesta sexta-feira, dia 10, haverá a celebração da Paixão do Senhor às 15h. A Vígilia Pascoal começa às 19h do sábado. No domingo, a missa de Páscoas às 10h.

A Paróquia São Filipe Neri, no Parque São Lucas, faz as transmissões através do canal do You Tube da Congregação do Oratório de São Filipe Neri (https://bit.ly/2UTpyCH). Na Sexta-Feira Santa haverá celebrações da Paixão do Senhor às 12h (em latim) e às 15h. Também nesta sexta às 19h será transmitida a Via Sacra com a benção da cruz. No sábado às 18h haverá a Vigília Pascal em latim e a partir das 19h30 em português. No Domingo de Páscoa serão celebradas missas às 7h, 8h30, 10h, 11h30 (latim) e 18h30.

Ritos
Para as celebrações, as recomendações da Igreja Católica são colocar uma cruz na porta ou portão de casa na Sexta-Feira Santa; acender uma vela na hora da Vigília Pascal ao lado da bíblia; e no Domingo de Páscoa colocar uma toalha branca no portão ou porta de casa.

Informe publicitário: esclarecimento do Lelis Supermercado


“Em razão das recentes notícias veiculadas nas redes sociais, vimos a público esclarecer que atuamos no segmento supermercadista desde 1976 e adotamos todas as medidas internas para o combate da pandemia do coronavírus, para a proteção dos nossos colaboradores e clientes, conforme recomendações dos órgãos governamentais.

Providenciamos a constante limpeza dos carrinhos, cestas, maquininhas de cartão e pontos de contato de forma geral. Ainda, disponibilizamos álcool gel em locais estratégicos da loja, aprimorando a limpeza dos banheiros. Adequamos o controle de fluxo de clientes na área de vendas com a indicação, no piso, da distância de 1 metro entre as pessoas.

Com relação ao quadro de Covid-19 da sócia Rejane M. Melcore informamos que no presente momento a mesma encontra-se curada. A partir seu do diagnóstico, todos os membros da família que trabalhavam no supermercado foram imediatamente afastados de suas atividades, colocados em isolamento residencial para acompanhamento e não houve indicação de presença dos sintomas do coronavírus.

Por fim, reforçamos que não temos em nosso quadro interno nenhum colaborador diagnosticado com Covid-19 e permanecemos atentos, atualizados, engajados com a sociedade no combate a pandemia do coronavírus, sempre abertos às sugestões dos nossos clientes e parceiros“, sócio diretor, Paulo Melcore.

Lelis Supermercado: rua Professor Lelis Vilas Boas, 21, Parque São Lucas – telefone: 3794-3310. Delivery: https://bit.ly/3aSlQ1z

Queija não é mais subprefeito de Vila Prudente

Portaria do prefeito Bruno Covas, publicada nesta terça-feira, dia 7, no Diário Oficial do município, exonera José Antonio Varela Queija (foto) do cargo de subprefeito de Vila Prudente. A mesma portaria também destituiu o subprefeito do Ipiranga, Caio Vinicius de Moura Luz, que foi nomeado para assumir a Subprefeitura de Vila Prudente a partir de hoje.

Queija não foi transferido, por enquanto, para outra subprefeitura. Até o momento, não houve explicações para a mudança. No lugar de Caio Luz no Ipiranga foi nomeada Rosiris de Fátima Gabriel Rodrigues.

É a quarta alteração de comando na Subprefeitura de Vila Prudente desde o início da gestão João Doria/Bruno Covas na Prefeitura. Além de Queija, já passaram pelo cargo Jorge Farid Boulos e Guilherme Kopke Brito, atualmente na Subprefeitura Mooca.

Quem é?

Conforme informações no portal da Prefeitura, Caio Luz (foto abaixo) tem 32 anos e é morador do bairro do Ipiranga. É formado em Comunicação, especialista em Planejamento e Transportes e cursa Ciência Política na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).

Iniciou a carreira profissional na área de planejamento de transportes da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), e, desde então, foi instrutor técnico do SENAI-SP, passou pelas secretarias da Casa Civil e de Governo do Estado de São Paulo, foi assessor parlamentar da Secretaria Estadual de Logística e Transportes e, na Cia Energética de São Paulo (CESP), participou do processo da venda do controle acionário da empresa. Estava na Subprefeitura do Ipiranga desde janeiro de 2019.

 

 

Números da Covid-19 em São Paulo

Durante a coletiva de imprensa do Governo do Estado ontem, que prorrogou a quarentena em São Paulo, médicos que integram o Centro de Contingência do coronavírus apresentaram dados detalhados da Covid-19 em São Paulo. Segundo o levantamento, o número de mortes pela Covid-19 entre 17 de março e 5 de abril já é quase igual ao total de óbitos por gripe registrado ao longo de todo o ano passado. As mortes subiram 180% em uma semana. Conforme projeção do Instituto Butantan, centro de pesquisas biomédicas vinculado à Secretaria de Estado da Saúde, a prorrogação da quarentena pode evitar 166 mil óbitos em São Paulo, além de 630 mil hospitalizações e 168 mil internações em UTIs.

As internações de pacientes com a confirmação da doença em leitos de UTI cresceram 1.500% desde 20 de março, passando de 33 para 524, no último dia 3. Somente no Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, são 220 pacientes suspeitos ou confirmados, dos quais 110 internados em UTI.

O número de casos de coronavírus no Estado desde 26 de fevereiro chega a 4.620, até ontem, e atinge 107 cidades do estado. Ao todo, mais de 400 hospitais, entre públicos e privados, notificaram casos suspeitos. O total de mortes por Covid-19 (275 em 20 dias) já está próximo das 297 vítimas fatais por gripe registradas em 2019. Os boletins são divulgados diariamente no site do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado (www.cve.saude.sp.gov.br).

Quarentena

Porém, de acordo com o balanço divulgado, o cenário epidemiológico de São Paulo em relação ao coronavírus é melhor que o de outros países. O Governo do Estado decretou quarentena apenas 26 dias após o primeiro caso, quando havia 810 infectados e 22 mortes. Com isso, a curva de casos apresentou tendência de achatamento.

Na Itália, por exemplo, a quarentena foi decretada 49 dias do primeiro caso, já com 47.021 casos e 4.032 mortes, e mesmo assim a curva de contágio continuou crescente. O mesmo ocorreu na Espanha, onde a quarentena começou 45 dias depois do primeiro caso, quando havia 11.826 casos e 533 mortes.

Em São Paulo, o distanciamento social está ajudando a mitigar a transmissão de casos. Segundo estudo do Instituto Butantan em parceria com o Centro de Contingência, de acordo com os dados epidemiológicos disponíveis, antes das medidas de restrição a velocidade de transmissão do vírus era de uma para seis pessoas. Em 20 de março esse número caiu para uma para três. No dia 25, já era de uma para menos de duas. Mas somente quando a taxa for menor do que um para um poderá se dizer que a epidemia foi controlada.

A redução do contágio permitiu retardar o pico de internações nos hospitais da cidade de São Paulo, que ocorreria já na primeira semana de abril se nada tivesse sido feito. Conforme projeções do Instituto Butantan em parceria com a UnB (Universidade de Brasília), haveria mais doentes por coronavírus do que leitos necessários no SUS de São Paulo, e seria preciso acrescentar 20 mil novas vagas, das quais 6,5 mil de UTI. O sistema iria colapsar.

“Esses resultados positivos reforçam a importância das medidas de afastamento social adotadas. A evolução da epidemia indica claramente que as medidas tem que ser mantidas, e a adesão da sociedade, reforçada. O Centro de Contingência avalia diariamente o impacto das medidas na mobilidade das pessoas, e a constatação é que ainda existe espaço para melhoria. Neste momento crítico da epidemia, a única medida efetiva ao nosso dispor é o distanciamento social”, afirma o médico David Uip, coordenador do Centro de Contingência de São Paulo.

Quarentena prorrogada até 22 de abril

O governador João Doria decidiu prorrogar por mais 15 dias a quarentena em todos os 645 municípios de São Paulo, valendo agora até 22 de abril. A decisão foi tomada após reunião com 15 médicos do Centro de Contingência do coronavírus, que apontaram que o contágio já chegou a 107 cidades paulistas e mais de 400 hospitais públicos e privados. Projeções apontam que prolongar o distanciamento social pode evitar mais de 166 mil mortes em todo o Estado.

“A prorrogação da quarentena será feita em todo o estado e pelas razões que foram largamente expostas por cientistas, médicos e especialistas. Prefeitas e prefeitos terão o dever e a obrigação de seguir a orientação do Governo do Estado. Isto é constitucional, não é uma deliberação que pode ou não ser seguida”, afirmou o governador.

“Nenhuma aglomeração de nenhuma espécie em nenhuma cidade de São Paulo será admitida. As Guardas Municipais ou Metropolitanas deverão agir e, se necessário, recorrer à Polícia Militar para que imediatamente possa haver a dissipação de qualquer movimento ou aglomeração de pessoas”, acrescentou Doria.

Os serviços considerados essenciais continuam em funcionamento, como nos primeiros 15 dias da quarentena.

De acordo com dados do Governo do Estado, o número de mortes pela COVID-19 entre 17 de março e 5 de abril já é quase igual ao total de óbitos por gripe registrado ao longo de todo o ano passado. As internações de pacientes com a confirmação da doença em leitos de UTI cresceram 1.500% desde 20 de março, passando de 33 para 524, no último dia 3. As mortes subiram 180% em uma semana. Somente no Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, são 220 pacientes suspeitos ou confirmados, dos quais 110 internados em UTI.

Conforme projeção do Instituto Butantan, centro de pesquisas biomédicas vinculado à Secretaria de Estado da Saúde, a prorrogação da quarentena pode evitar 166 mil óbitos em São Paulo, além de 630 mil hospitalizações e 168 mil internações em UTIs.

O número de casos de coronavírus no Estado desde 26 de fevereiro chega a 4.620. Ao todo, mais de 400 hospitais, entre públicos e privados, notificaram casos suspeitos de coronavírus. O total de mortes por COVID-19 (275 em 20 dias) já está próximo das 297 vítimas fatais por gripe registradas em 2019.

O cenário epidemiológico de São Paulo em relação ao coronavírus é, no momento, melhor que em relação a outros países. O Governo do Estado decretou quarentena apenas 26 dias após o primeiro caso, quando havia 810 infectados e 22 mortes. Com isso, a curva de casos apresentou tendência de achatamento.

Na Itália, por exemplo, a quarentena foi decretada 49 dias do primeiro caso, já com 47.021 casos e 4.032 mortes, e mesmo assim a curva de contágio continuou crescente. O mesmo ocorreu na Espanha, onde a quarentena começou 45 dias depois do primeiro caso, quando havia 11.826 casos e 533 mortes.

Após queixas, SPTrans reforça ônibus em circulação

 

No início desta semana a São Paulo Transportes (SPTrans) reduziu em menos da metade a frota de ônibus em circulação na cidade, no entanto as várias queixas e imagens de coletivos circulando com lotação, obrigou a SPTrans a rever a medida e aumentar gradativamente a quantidade de ônibus. A partir desta sexta-feira, dia 3, mais 163 veículos são colocados para atender os usuários, totalizando um reforço de 394 coletivos esta semana. Na segunda-feira, dia 30, a frota em operação era de 40% e agora chega a 44,14% de um dia útil. De acordo com a SPTrans, o número de passageiros está em 26%.

Os ônibus serão distribuídas em 157 linhas. Na região haverá reforço da frota no Terminal Sapopemba e nas estações de metrô Belém e Tatuapé.

A SPTrans garantiu que mesmo após esses ajustes seguirá monitorando diariamente a movimentação de passageiros e se necessário, fará novas mudanças para adequar a frota à demanda e garantir o transporte público aos trabalhadores de serviços essenciais.

Desde ontem, alguns terminais de ônibus passaram a ter marcações no chão para delimitar o espaço entre as pessoas nas filas e evitar aglomerações (foto abaixo). Mais terminais ganharão a pintura neste final de semana.

A SPTrans também criou um site com as notícias relacionadas ao transporte público em virtude da pandemia de Covid-19, incluindo mudanças de linhas e funcionamento dos postos: http://www.sptrans.com.br/covid-19.