Uma semana após o acidente com o caminhão-tanque, moradores dos imóveis atingidos ainda calculam os prejuízos e, aos poucos, tentam se reerguer.
O engenheiro Rafael Zanon Pimenta reside há nove anos, com a esposa e três filhos, na casa que foi mais atingida. Além do muro e do portão, uma moto, muitas ferramentas e outros equipamentos de trabalho foram danificados. “Ainda não tenho ideia do tamanho do prejuízo. Desde o ocorrido, não consegui voltar a trabalhar. Ficamos sem energia e água, mas demos um jeito de improvisar uma ligação no vizinho para nos virarmos por enquanto”, contou Pimenta à reportagem na manhã de quarta-feira, dia 22, quando uma equipe da Eletropaulo trabalhava no local para refazer as instalações de eletricidade nas casas afetadas.
Pimenta contou que a proprietária do caminhão se prontificou a ajudar na recuperação dos imóveis e na segunda-feira, dia 20, homens contratados por ela começaram a colocar uma cerca de madeirites nas residências para evitar invasões e fazer o trabalho de rescaldo. “Não dormi o final de semana inteiro. Como a minha casa estava totalmente exposta começaram a entrar e levar minhas ferramentas. Consegui inibir três homens em situações diferentes, mas com certeza roubaram algumas coisas que ainda não percebi por conta da bagunça”, relatou.
Quem também ainda não conseguiu retomar a rotina é o morador da casa ao lado, Alex Silva. Parte do portão, do muro, do telhado e o poste de energia de sua residência foram danificados com a colisão, além de seu veículo. “Eu e minha esposa estamos na casa da minha sogra desde o dia do acidente. Ainda não temos luz e nem água. Passei a relação dos meus danos à proprietária do caminhão, que ficou de nos ressarcir e ajudar a recuperar as casas. Mas, infelizmente, esse processo é demorado”, comentou Silva.
De acordo com os moradores afetados, a Defesa Civil do município esteve no local no dia do acidente e interditou uma das casas e outras duas de forma parcial até a remoção do caminhão, mas nenhuma equipe retornou ao local para averiguar a situação.
A Folha entrou em contato com a Prefeitura e cobrou um posicionamento da Defesa Civil, que ainda não se pronunciou. (Gerson Rodrigues)