Na última terça-feira, dia 22, acompanhados da vereadora Juliana Cardoso (PT), integrantes do Movimento Viva o Parque Vila Ema, se reuniram com o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo de Castro. A intenção do encontro foi buscar informações atualizadas sobre o terreno de 17 mil m², alvo de árdua luta da comunidade desde 2009 para ter a vasta vegetação preservada. Há cerca de um mês a empresa proprietária da área – Construtora Tecnisa – tem trocado os muros do espaço pelo mesmo modelo de grade que delimita os parques municipais da cidade.
Há uma negociação em curso entre a Prefeitura e a empresa, que desistiu de construir torres residenciais no local em troca de potencial construtivo em outra região. Segundo o secretário, o processo pode ter um desfecho na próxima semana. “Consta no plano de metas do prefeito que devemos construir dez novos parques até o final do ano que vem e o da Vila Ema não está nesta listagem. Porém, na semana passada tivemos uma reunião entre secretarias, que envolveu a de Desenvolvimento e a de Negócios Jurídicos, além do prefeito, para tratar de sete outros parques elencados a serem implementados através de Transferência de Direito de Construir (TDC) e o da Vila Ema é um deles. O prefeito nos autorizou a nos reunirmos com os proprietários desses terrenos na semana que vem para ver se eles aceitam o valor de referência de mercado dessas áreas. Se aceito trataremos da empresa proprietária implantar o parque em troca de potencial construtivo no valor estabelecido”, explicou o secretário. Conforme a Folha apurou, o valor que será ofertado pela Prefeitura é de R$ 15,8 milhões.
Desde dezembro do ano passado já existe detalhado projeto do futuro parque, inclusive com paisagismo, desenvolvido pelo Departamento de Parques e Áreas Verdes (DEPAVE) da Secretaria. Após a reunião com o secretário, integrantes do Movimento tiveram acesso ao projeto. “É emocionante ver e perceber que a nossa luta surtiu efeito e estamos perto de realmente contar com um parque nessa área tão privilegiada da nossa região. O projeto desenvolvido é muito interessante e, quando concretizado, trará inúmeros benefícios para a comunidade. Só dos muros serem trocados por grades já percebemos o semblante de felicidade nas pessoas que passam pelo local”, comentou Fernando Salvio, que é um dos líderes do Movimento.
O espaço em questão foi uma antiga chácara de imigrantes alemães que ainda hoje abriga várias centenas de árvores, algumas nativas da Mata Atlântica, uma infinidade de pássaros e nascente de água. Após a mobilização da comunidade, o terreno foi incluído no Plano Municipal de Mata Atlântica (PMMA) e como Zona Especial de Proteção Ambiental (ZEPAM) no último Plano Diretor Estratégico da cidade.