Reforço para acabar com o matagal nas vias públicas

Em plena avenida Anhaia Mello (foto), na esquina da rua Torquato Tasso, em Vila Prudente, o mato na calçada ultrapassa a altura de um adulto que tenha em torno de 1,60 metro. Tal situação na principal avenida da região é apenas uma mostra do que está ocorrendo em muitas vias da cidade que foram tomadas pelo matagal.

“Estou até com medo de passear com o meu bebê pelas ruas”, comenta Ana Paula de Assis, moradora da rua Falchi Gianini, em Vila Prudente. “Esse matagal acaba atraindo muitos pernilongos, sem contar que em alguns trechos, é como atravessar uma mata mesmo”, reclama. Ela se refere à esquina da Falchi Gianini com a rua Emílio Barbosa onde a passagem dos pedestres está praticamente fechada pela vegetação.

Além de atrair animais indesejáveis, o aspecto de abandono provocado pelo mato crescido é um convite para o despejo irregular de lixo e entulho. Na rua São João Sabugi, no Jardim Independência, bem próxima da Prefeitura Regional Vila Prudente, o pedestre sofre para caminhar em meio ao mato e o lixo. “O prefeito começou prometendo a Cidade Linda e agora vai abandonar São Paulo neste estado”, se queixa um morador da rua Suzana que pediu para identificá-lo apenas como João. Ele passa sempre pelo trecho quando desce do ônibus na avenida Anhaia Mello.

A boa notícia é que a Prefeitura está aumentando de 34 para cem as equipes de poda e áreas verdes, somando cerca de mil funcionários em toda a cidade. De acordo com a Secretaria das Prefeituras Regionais, em março foi concluído o pregão para contratar novas equipes que começam a atuar na cidade neste mês. Foi ressaltado que esse processo não era realizado desde 2014, o que inviabilizou  a contratação de funcionários desde janeiro de 2015. A atual gestão retomou o processo licitatório em 2017 e, após liberação do Tribunal de Contas do Município, está conseguindo aumentar as equipes. (Kátia Leite)

Piscinas do Clube Escola Vila Alpina acumulam água da chuva

Desde novembro de 2015, quando o Clube Escola Vila Alpina foi parcialmente interditado para obras de construção do Centro Educacional Unificado (CEU) Vila Prudente, o complexo aquático da unidade está desativado. Porém, com a paralisação da obra de construção do CEU em junho do ano passado, o espaço está praticamente abandonado. Um exemplo é a falta de atenção com as piscinas que vêm acumulando água de chuva e ninguém da Prefeitura aparece para esvaziar.

Moradores de prédios do entorno, que conseguem ver as piscinas, relatam que a infantil está com água parada há várias semanas. “Estamos em época de chuvas e a remoção da água deveria ser constante. É muita irresponsabilidade da Prefeitura deixar as piscinas nessa situação. Podem servir de criadouro de mosquitos que transmitem doenças”, reclama a moradora de um prédio vizinho que prefere não divulgar seu nome e encaminhou fotos à redação.

Há cerca de dois anos o mesmo problema foi denunciado pela Folha e na ocasião, a Prefeitura informou que a empresa contratada para realizar a obra do CEU faria a limpeza das piscinas. Porém, com a paralisação da construção, a empresa contratada não mantém mais operários no local.

A Folha entrou em contato com a Secretaria Municipal de Esportes, pois no Clube Escola continua aberto um dos campos de futebol e a pista de caminhada. No entanto, a pasta alegou que a responsabilidade pela construção do CEU e manutenção do local é da Secretaria Municipal de Educação. A reportagem procurou também a Secretaria Municipal de Serviços e Obras e  aguarda os esclarecimentos.

Manhãs perigosas em rua da Santa Clara

Moradores da rua Princesa Maria Pia, na Santa Clara, estão amedrontadas com os frequentes casos de assaltos na via. Eles relatam que as ações dos criminosos acontecem com mais frequência no início da manhã, quando as vítimas estão indo para o trabalho.

“Os casos acontecem sempre entre 5h e 6h da manhã. Saio para trabalhar nesse período e já fui alvo dos criminosos três vezes. Em todas as situações apontaram armas na minha cabeça. Na última vez fui abordada em frente à minha casa por homens em duas motos. Levaram a minha bolsa e fui arrastada por alguns metros, machuquei a mão esquerda e lesionei o tendão de dois dedos. Nesse mesmo dia outras quatro pessoas também foram roubadas. Registrei boletim de ocorrência no 29º Distrito Policial – Vila Diva”, contou Sandra F., moradora da rua que afirma já ter participado de reuniões do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) do bairro e ter conseguido cerca de 100 assinaturas pedindo o aumento do policiamento na via.

Sandra conta que o assalto mais recente ocorreu no último dia 26, uma segunda-feira. “Meu vizinho foi roubado por volta das 5h30 por um casal de moto que estava armado. A garupa era uma adolescente que aparentava ter cerca de 16 anos e foi quem colocou a arma na cabeça do rapaz. É revoltante ver o descaso com os moradores, trabalhadores, pais de família honestos que, infelizmente, têm que levantar muito cedo para trabalhar. Estamos em pânico e pedindo socorro”, completou.

O 21º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano informou que realizou planejamento para melhorar o policiamento na via, o qual será reforçado nos horários críticos. Foi ressaltado que durante o ano de 2017 foram registras 11 ocorrências criminais na rua Princesa Maria Pia e neste ano a quantidade de crimes tem diminuído na região em questão.  (Gerson Rodrigues)

Monotrilho fechado nesta quinta-feira

Hoje as estações Vila Prudente e Oratório da Linha 15-Prata do monotrilho encerram a operação mais cedo, às 20h, e permanecerão fechadas durante toda a quinta-feira, dia 5, para os testes do novo sistema de controle dos trens.

Após às 20h de hoje os usuários serão atendidos gratuitamente por ônibus do sistema PAESE (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência) que circularão no trecho entre as estações até a meia-noite. Amanhã também haverá o PAESE.

Embora o Governo ainda não tenha confirmado oficialmente, a expectativa é que as novas estações da Linha 15 sejam inauguradas na manhã da sexta-feira, dia 6. No mesmo dia, às 16h30, o governador Geraldo Alckmin entrega o cargo ao vice Márcio França, em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes. (Kátia Leite)

 

Reunião debate a criação de parque na Mooca

No último dia 28 aconteceu no centro social da paróquia São Rafael, na Mooca, reunião para discutir a proposta defendida há 15 anos pela Folha, da criação de um parque público no terreno de quase 100 mil m², entre as ruas Dianópolis e Barão de Monte Santo, onde a Esso teve depósitos de combustíveis por mais de 50 anos que acabaram contaminando o solo e as águas subterrâneas. O convidado especial foi o vereador Gilberto Natalini (PV), ex-secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, que em fevereiro deste ano protocolou na Câmara Municipal o Projeto de Lei 32/2018 que cria o Parque Municipal na área em questão. Também estiveram presentes o vereador Adilson Amadeu (PTB), o ex-deputado estadual Adriano Diogo (PT), membros do Movimento M10, a historiadora e jornalista da Mooca, Elizabeth Florido, e o responsável pelo grupo Muda Mooca, Danilo Bifone.

Na ocasião, o M-10 entregou ao vereador Natalini mais de 20 mil assinaturas colhidas na região em prol da implantação do parque. Natalini frisou a importância da mobilização popular na causa. “O Projeto de Lei não é garantia de sucesso. Pode ser aprovado na Câmara Municipal, chegar ao prefeito e ser vetado. Em todas as causas, o que conta muito é a pressão popular. Temos ciência que a área em questão é bastante valorizada, mas, com vontade política, acredito em uma negociação com os proprietários”, afirmou o vereador. Em fevereiro deste ano a equipe técnica do edil confirmou junto à Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) que o terreno está livre dos poluentes.

Natalini abordou ainda sobre a necessidade da Mooca contar com mais áreas verdes, pois o bairro é uma das regiões com o menor índice de cobertura vegetal na cidade, o que exerce influência direta na saúde e qualidade de vida das pessoas. O vereador ressaltou ainda o empenho de outros parlamentares que nos últimos anos também se empenharam na causa, como o ex-deputado Adriano Diogo que esteve diversas vezes na Cetesb cobrando rigor no processo de descontaminação da área e participou de diversas reuniões promovidas pela Folha.

Museu Catavento completa nove anos de sucesso

Inaugurado em 2009, no antigo Palácio das Indústrias, o Museu Catavento chegou aos nove anos no último dia 26 e com motivos para comemorar. O museu da Secretaria da Cultura do Estado já recebeu mais de quatro milhões de pessoas, somente no ano passado, foram 560 mil visitantes.

O espaço conta com mais de 250 instalações divididas em quatro seções: Universo, Vida, Engenho e Sociedade, todas elaboradas com iluminação e sons que criam atmosferas envolventes. E novas atrações são abertas constantemente, como o borboletário e a sala de realidade virtual Dinos do Brasil, inaugurada em fevereiro do ano passado, que proporciona aos visitantes uma experiência imersiva e interativa pelo território brasileiro na era mesozoica – entre 250 milhões e 65 milhões de anos atrás.

Outra novidade do espaço é o “Mundo das Abelhas”, aberto em dezembro e que destaca a importância das abelhas para a manutenção da biodiversidade.

Na área externa também é possível conferir equipamentos como a locomotiva Dübs fabricada em 1888 na Inglaterra e o avião DC-3 de 1936, utilizado como cargueiro militar na Segunda Guerra Mundial.

A própria arquitetura do prédio onde o museu está instalado é outro atrativo. É tombado pelo Conselho de Patrimônio Histórico do Estado e foi projetado pelo arquiteto Domiziano Rossi, sócio do escritório Ramos Azevedo. A edificação adota o estilo eclético, herança da moda em vigor na Itália na virada do século XIX para o século XX.

Catavento Cultural e Educacional: Palácio das Indústrias – Praça Cívica Ulisses Guimarães, s/nº, Parque Dom Pedro II. Funcionamento: de terça a domingo, das 9 às 17h. Ingresso R$ 10. Grátis aos sábados. Mais informações: www.cataventocultural.org.br.

A própria arquitetura do prédio onde o museu está instalado é outro atrativo. (Foto: Carolina Rocha)
Metrô conclui terminais de ônibus e passa operação à SPTrans

A Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô informou à Folha que as obras de execução dos terminais de ônibus Central e Sul, instalados na avenida Anhaia Mello, próximos à estações Vila Prudente do metrô e do monotrilho, foram concluídas e a operação do local foi entregue oficialmente à São Paulo Transportes (SPTrans), que já opera desde setembro o terminal Norte, na rua Trocari.

Embora o Metrô tenha divulgado que uma carta formal já foi encaminhada à SPTrans para iniciar a operacionalização dos equipamentos, o órgão da Prefeitura informou que ainda “está concluindo os estudos” de quais linhas vão operar em cada terminal – mesma resposta dada à reportagem em fevereiro. Também não foi informado prazo para o início das operações.

Previstos desde a inauguração da estação Vila Prudente do metrô em 2010, a construção dos terminais foi iniciada em 2016 e a previsão é que seriam concluídos em dezembro do ano passado. O Metrô esclareceu que o cronograma foi alterado em função de atraso na obtenção das autorizações necessárias para a readequação e melhorias do viário no entorno do local, finalização de iluminação pública e instalação do elevador da passarela para usuários com necessidades especiais. (Gerson Rodrigues)

Mooca ganha posto para emissão de passaportes

A Polícia Federal (PF) inaugurou um posto de emissão de passaportes no Mooca Plaza Shopping. É a 11ª unidade que presta esse serviço em funcionamento na Grande São Paulo.

O posto tem capacidade para atendimento de 320 agendamentos diários e funciona de segunda à sexta-feira, das 10 h às 17h30. Os agendamentos podem ser feitos através do portal da PF (www.pf.gov.br).

O posto fica no Piso L2 do shopping na rua Capitão Pacheco e Chaves, 313.

 

Metrô prorroga liberação da avenida Oratório para este mês

Interditado desde 30 de setembro, o trecho da avenida Oratório, próximo ao pátio de trens da Linha 15-Prata do monotrilho, será aberto ao trânsito em abril, segundo informou a Companhia do Metropolitano de São Paulo-Metrô. A previsão anterior do Metrô era que a via seria liberada no mês passado.

No trecho foi realizada obra de galerias de águas pluviais executada pela Companhia do Metropolitano como parte da compensação do pátio do monotrilho que concretou uma ampla área verde que existia no antigo terreno da Linhas Corrente, no Jardim Independência. O espaço servia como absorção da água e logo após a conclusão do pátio, vias do bairro que não tinham problemas com enchentes passaram a ficar alagadas quando ocorriam chuvas mais fortes. O problema chegou a atingir até a própria avenida Oratório, em frente à estação do monotrilho e a Prefeitura Regional Vila Prudente.

Sobre a obra, o problema para alguns moradores do bairro é que desde a interdição, os veículos que trafegam pela avenida Oratório, na direção do São Lucas, são desviados para as ruas Ernesto dos Santos e Manuel Siqueira e Sá, inclusive ônibus biarticulados e caminhões. “Pra variar, não se cumpriu o prazo. Como morador da rua Ernesto dos Santos, não aguento mais o trânsito barulhento nas madrugadas, ocasionado por ônibus, caminhões e motocicletas. Passados mais de cinco meses, a paciência acabou”, comenta Nilson Coslopo.

De acordo com o Metrô, a obra da galeria foi finalizada e está ocorrendo a pavimentação da avenida. Foi explicado que, além das condições climáticas adversas, a execução da galeria foi impactada em razão de intervenções nas redes da Comgás e da Sabesp existentes na região. (Kátia Leite)

Região registra seis casos importados de febre amarela

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, na há registros na região da Vila Prudente e da Mooca de casos autóctones de febre amarela (quando a doença é contraída na área onde a pessoa reside). As seis confirmações da doença são casos importados e os prováveis locais de infecção foram os municípios de Mairiporã (2), Atibaia (1), São Roque (1), Nazaré Paulista (1) e Santa Isabel (1).

Ainda de acordo com o órgão municipal, até o momento, foram confirmados somente oito casos autóctones na cidade e todos são de febre amarela silvestre, pois a infecção ocorreu em área de mata, na região da Cantareira, na Zona Norte. A Prefeitura informou que não há registros de febre amarela urbana no Brasil desde 1942.

A Secretaria enfatiza ainda a importância da adesão dos paulistanos à campanha de vacinação, que desde o último dia 19 foi ampliada para todas as unidades de saúde (leia mais acima).

Dengue

Sobre a dengue, doença transmitida à população pelo mesmo mosquito que pode proliferar a febre amarela, o Aedes Aegypti; a Secretaria informou que de janeiro até o último dia 21 de março, os casos autóctones registrados na cidade foram quase quatro vezes menor que no mesmo período de 2017: 152 ocorrências contra 424 no ano passado. Não houve óbitos.

O órgão esclareceu ainda que durante todo o ano de 2017, houve 860 casos autóctones da doença, sem registro de óbitos. Já em 2016 a capital registrou um surto com 16.283 ocorrências autóctones e oito óbitos.

A Prefeitura atribui essa diminuição às ações governamentais e, principalmente, à conscientização da população que passou a tomar mais cuidado em seus imóveis para evitar a proliferação do Aedes Aegypti.