Inaugurado em janeiro de 2010, o Parque Linear Zilda Arns foi construído ao longo da adutora Rio Claro, da Sabesp, e corta vários bairros da região. Porém, ao invés de ser uma benfeitoria para a comunidade do entorno, o espaço é sinônimo de problemas. Devido à falta de manutenção, a pista de caminhada e ciclovia acumulam mato alto e sujeira. Outra preocupação é a concentração de moradores em situação de rua ao longo do parque.
A moradora da Vila Ema, Michelle Palaria, que reside próximo ao parque, conta que há muitos meses o mato não é cortado pela Prefeitura. “Ao invés de cuidar para estimular a prática esportiva e o lazer, a Prefeitura abandonou este lugar. A pista de caminhada e a ciclovia nos trechos entre as avenidas Sapopemba e Vila Ema e entre a Vila Ema e a rua Tolstoi de Carvalho estão repletas de mato. Em alguns pontos, o matagal encobre as pessoas”, relata Michelle que frequenta o local aos finais de semana.
Outro problema destacado é a grande presença de moradores em situação de rua. “Além deles, há usuários de drogas e criminosos que se escondem no matagal para praticarem seus delitos”, completou afirmando que já registrou algumas reclamações na Prefeitura, mas não surtiram efeito.
A Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente informou no final de fevereiro que, de acordo com o cronograma estipulado em contrato de manejo do espaço, a roçagem da grama ocorreria no início deste mês – o que ainda não aconteceu. Foi ressaltado que o contrato de manutenção da pista de caminhada e ciclovia está sendo revisto. Sobre os moradores em situação de rua e usuários de droga, foi esclarecido que a vigilância do parque é patrimonial e desarmada e, quando é identificada alguma anormalidade, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) é acionada. (Gerson Rodrigues)