Aconteceu na noite de ontem, dia 12, a reunião extraordinária do Conselho Deliberativo do Clube Atlético Juventus para votar o impeachment do presidente Domingos Sanches e do vice Saulo Moisés Franciscon. Apesar da tensão nos bastidores, a reunião e a votação transcorreram normalmente. Para o afastamento seria necessário dois terços dos votos dos conselheiros, mas como o número não foi atingido, a diretoria executiva continuará no comando do clube até o final da gestão em maio de 2019.
Dos 180 conselheiros do clube, 161 compareceram à reunião extraordinária e 157 puderam votar. Após a Comissão de Sindicância dar parecer favorável ao processo de impeachment e o advogado da presidência do clube apresentar a defesa, foi aberta a votação, que, por conta do estatuto, aconteceu de forma secreta. Do total de votos, 86 foram a favor do impeachment e 69 defenderam a permanência da atual diretoria executiva. Um conselheiro votou branco e outro anulou o voto. Para o atual presidente ser impedido de continuar no cargo seriam necessários 104 votos.
O processo de impeachment foi aberto pelo Conselho Deliberativo após a divulgação de áudios gravados pelo ex-diretor de marketing do clube, que apontavam a suposta tentativa da diretoria executiva de maquiar prejuízos oriundos de eventos malsucedidos antes de apresentá-los ao Conselho do clube.
Após o término da apuração dos votos na noite de ontem, o presidente do Conselho Deliberativo, Itamar Colombini, anunciou a continuidade de Domingos Sanches e Saulo Moisés Francsicon em seus respectivos cargos.