Instalada numa avenida que ganhou o seu nome devido ao peso histórico da fábrica para a Mooca, a Arno anunciou que está iniciando o processo de fechamento de sua unidade de produção de eletroportáteis no bairro. De acordo com o Groupe SEB, que comprou a marca em 1997, os funcionários já foram comunicados da decisão no final de março.
A fábrica será transferida para Itatiaia, na região Sul Fluminense do Rio de Janeiro. Segundo a nota da empresa enviada à Folha, a mudança ocorrerá por etapas, com previsão de início em novembro e finalização em outubro de 2017.
O Grupo informou que lamenta o fechamento da fábrica na Mooca, ressaltando que faz parte da história da companhia há 70 anos, e justifica que “não é mais viável manter uma fábrica na região central de São Paulo, com perfil urbano e com dificuldades operacionais e logísticas”.
Foi esclarecido que a escolha de Itatiaia foi estratégica, pois ao contrário da unidade na Mooca, a nova fábrica estará localizada em uma região industrial emergente e em franca expansão, além da posição geográfica privilegiada, próxima aos três maiores mercados consumidores da companhia. O grupo alegou ainda que se beneficiará do Complexo Logístico Multimodal, tendo ligação direta com malhas ferroviária e rodoviária.
Apesar da mudança da fábrica, foi anunciado que a sede do grupo, bem como as áreas de suporte, compras, marketing, comercial e financeira permanecem em São Paulo. Foi informado ainda que a indústria em São Bernardo do Campo continuará operando normalmente.
Segundo o Sindicato da categoria, a decisão da empresa vai afetar cerca de dois mil empregos diretos e indiretos.
O superintendente da Associação Comercial – Distrital Mooca, Francisco Parisi, foi enfático em afirmar que é uma péssima notícia para a região. “Cada grande empresa que vai embora prejudica diretamente os pequenos comerciantes do entorno. É lamentável essa situação”, afirma Parisi. “Acho que falta habilidade do setor público para negociar e propor alternativas para evitar a saída de uma empresa desse porte”.
A jornalista e defensora do patrimônio histórico da Mooca, Elizabeth Florido, destaca que o patrimônio industrial mooquense ficará ainda mais abalado se essa saída da fábrica se concretizar. “Existe ainda o temor de que o mercado imobiliário venha a ocupar essa área estratégica e por onde passa a Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí, com isso perderemos uma das últimas ambiências fabris, da fábrica ‘ocupando’ o espaço da rua com operários dando vida a esse lugar que remete a história da indústria em São Paulo, do bairro da Mooca. Triste perda!”, define.
A Arno está tristemente indo embora. O lado negativo, ao meu ver, é do ponto de vista econômico. Esse lado histórico cultural está por fora. Acho muito ruim a empresa ir embora mandando duas mil pessoas para casa. Só rezo, então, que a fábrica nova empregue o dobro de funcionários e que os daqui consigam se reposicionar economicamente rapidamente sem a fábrica da Mooca. Quanto ao lado histórico, acho hipocrisia lembrar da importância histórica da região industrialmente e usar isso como argumento contra a especulação imobiliária quando a regiao inteira está degradada. A Mooca, como centro industrial original da cidade, junto com o Brás e parte do Ipiranga, já acabou faz tempo, já era. A região precisa de uma revitalização urgente que está décadas atrasada já. A Arno fez milagre em conseguir manter uma fábrica lá até 2016 e a Lorenzetti ainda está fazendo milagre, vamos ver até quando, tomara que para sempre; mas com os impostos altos, baixo ou nenhum subsídio governamental e dificuldades logísticas e comerciais, é difícil. Torço para recuperação e conservação como patrimônio histórico da infraestrutura da região e não esse nhenhenhe hipócrita e sem ação efetiva falando que é patrimônio, mas não há ação alguma para melhorar a região. Torço para a região virar um novo centro comercial com faculdades e etc, uma espécie de vale do silício paulista que dê importância a vanguarda tecnológica e não a decadência que é atualmente.
Este é o retrato do nosso País, saqueado por bando de políticos travestidos de trabalhadores….. os verdadeiros são aqueles que suaram a camisa pagando seus impostos, trabalhando para manter suas famílias, dando sustentação as empresas que durante anos deram empregos a todos nos…… o que vemos hoje é isso, um Brasil sem rumo, grande parte destes políticos que hoje fala em “golpe”……que golpe????
A questão do fechamento da Arno na Mooca, não se da pela crise econômica que aflige o país. O caso tem mais a ver com a guerra fiscal entre estados, pq a fabrica da Mooca está sendo transferida para o Rio de Janeiro.
Me lembro quando a Ford saiu daqui da Vila Prudente, e foi pra Bahia. Na época o finado senador ACM se empenhou pessoalmente para que a Ford se instalasse no Estado da Bahia. Os políticos paulistas são muito fracos, Covas não conseguia vencer uma na guerra fiscal, e Alckmin é a mesma coisa, não é a toa que seu apelido é “picolé de chuchu”.
A ford ia para Rio grande do sul,,mas o governo ptralhas do olivio dutra não deixou.
Me lembro que pessoas investiu na região por causa da montadora,,pessoal quebrou a cara por causa do seu olivio dutra.
Resumindo,,governo da Bahia chamou a ford para lá
falou td parabéns é isso ai , os policiticos fracos se escondem com a desculpa de que sp é uma cidade de serviços , e perdemos todas a fabricas que são de extrema importancia
Com certeza a crise afetou na decisão , mas são Paulo esta há muito tempo uma cidade muito cara para se manter uma empresa , péssimo sistema de transporte em todos sentidos , td muito mais caro sem retorno, esta empresa esta há muito tempo analisando a possibilidade de mudar de sp , so não foi pq o custo de transporte das maquinas não era viável agora com a concorrência , decidiu se pela mudança , sem contar que esta região enche de agua e nunca se fez nada para ludar e o pior é que se tornara um local incavido por mendigos e drogados se ficar largado o terreno como ficou a fabrica burti que e próximo a arno