Subimos! Enfim, estamos de volta à Série A2 do Campeonato Paulista. O Juventus volta a ocupar o lugar que estava em 2013, e de onde não deveria ter saído. Foram dois anos na Série A3 em que a torcida juventina sofreu e sonhou com este acesso.
O tal do planejamento, que tanto se reclamava em anos anteriores, aconteceu da melhor forma possível pelos lados da Rua Javari. O clube contratou uma comissão técnica que começou a trabalhar 6 meses antes do início do campeonato, trouxe jogadores acostumados a encarar a pressão de uma Série A3 e, acima de tudo, não prometeu nada aos torcedores. Apenas mostrou o resultado.
O time foi praticamente impecável em todo o campeonato. Em 25 jogos, perdeu apenas 5, foi imbatível na sua casa (o Estádio Conde Rodolfo Crespi) e foi o melhor ataque do ano, com 52 gols. Tivemos um ídolo pra chamar de nosso, o atacante Gil, que não veio apenas “encerrar a carreira” na Mooca, mas mostrou vontade, raça e ajudou o time a chegar ao objetivo do acesso.
Por anos não se via o time jogar tão bem assim. Sabia tocar a bola, atacar quando precisava, defender na hora certa… Um time que equilibrava a juventude de alguns com a experiência de outros, transmitindo o equilíbrio e a tranquilidade de quem sabia exatamente o que queria, o que era preciso fazer para alcançar o objetivo traçado.
A torcida deu um show à parte. Compareceu em número expressivo (fomos a melhor média de público do torneio). O mooquense abraçou o time de uma forma nunca vista, vestiu a camisa, teve orgulho de ostentar o manto grená e acompanhou o time em cada vitória, em cada passo dado rumo à Série A2, seja na Rua Javari ou no interior do Estado.
Claro que comemoramos o acesso! Claro que celebramos a volta à Série A2! Porém, por ter sido tudo tão perfeito, ficou a frustração de não chegar à final e não levantar a taça da Série A3. O importante é subir, lógico, mas ser campeão coroaria de forma inquestionável esta campanha.
Porém, para a torcida juventina, que encara cada jogo como um campeonato e cada vitória como um título, o acesso foi um grito preso na garganta de “tchau terceira divisão” e, se depender da força da torcida e da tradição do clube, “até nunca mais”!
Parabéns a todos os jogadores e a toda a comissão técnica, em especial ao treinador Rodrigo Santana, um desconhecido que teve a liberdade necessária da diretoria juventina e conseguiu realizar o seu trabalho, junto com uma equipe competente, e colocou o Juventus em seu lugar de direito. E isso é só o começo!
Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos, tremeis! Voltaremos! Voltaremos!
* Renato Corona é jornalista, empresário, mooquense e juventino.