Não é só com os alagamentos que os paulistanos sofrem nos períodos de chuvas. Outro problema já conhecido da população é que basta cair algumas gotas de água do céu que muitos semáforos da cidade param de funcionar. Somente na manhã da última quarta-feira, dia 15, 80 faróis de São Paulo estavam apagados ou no amarelo intermitente. E, apesar de a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) alegar que vem trabalhando fortemente na revitalização dos equipamentos, outro caso sempre vem à tona com as chuvas: a demora das equipes de manutenção em reparar o funcionamento dos aparelhos. Nesta semana, na região, a situação chamou a atenção no cruzamento da avenida Francisco Falconi com a rua Aracati-Mirim, na Vila Alpina, onde os semáforos ficaram cerca de 40 horas sem funcionar.
Na manhã do último dia
Na manhã do último dia 9, o deputado estadual Adriano Diogo (PT) esteve com o presidente da Folha Newton Zadra. O parlamentar marcou o encontro para denunciar que as obras da Linha 15 – Prata do monotrilho serão paralisadas no final deste ano. “Apenas o trecho entre as estações Vila Prudente e Oratório entrará em operação, o restante do trajeto do transporte ficará desativado enquanto o Governo do Estado e o Metrô não definirem a desapropriação do percurso que ligará a junção das avenidas Ragueb Chohfi e Bento Guelfi à avenida dos Metalúrgicos, na Cidade Tiradentes”, destacou Diogo.
Há mais de três anos a Folha vem cobrando a Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras sobre o péssimo estado do asfalto da avenida Anhaia Mello. Como resposta, o órgão sempre informava que o recapeamento da via só seria possível após o término das obras da Linha 15 – Prata do monotrilho no local. Com a proximidade da inauguração do transporte entre as estações Vila Prudente e Oratório, que deve ocorrer em março, o jornal indagou à Subprefeitura de Vila Prudente nesta semana, se o asfalto receberia o serviço no trecho em questão daqui a dois meses, data em que as obras se encerrariam. Para surpresa da reportagem, pela primeira vez nesses três anos de cobranças, foi informado que, na verdade, o recapeamento da via seria feito pela Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô, que assumiu essa responsabilidade na assinatura de contrato do monotrilho.
Na manhã da quarta-feira, dia 15, um homem de 22 anos acabou falecendo após ser baleado por policiais militares durante uma troca de tiros na rua Orlando Calixto, no Parque São Lucas. O rapaz, junto com um comparsa, realizava arrastões em pontos de ônibus da região quando foi surpreendido pelos pms. O outro assaltante também foi atingido, mas sobreviveu e foi preso.
Os “rolezinhos’, surgidos em dezembro último, como alternativa à repressão aos “bailes” que os jovens realizavam nas ruas da periferia paulistana, podem, agora, ser apossados pelos desordeiros que, meses atrás, tomaram de assalto as manifestações populares pacíficas e as transformaram em atos de barbárie. Tanto que a própria presidente Dilma Rousseff já se interessou pelo assunto. E tem de se interessar, mesmo! Não pode deixar que, pela ausência da autoridade, a ordem pública seja colocada abaixo e a sociedade, mais uma vez, sofra os prejuízos.
No último dia 20 aconteceu a segunda tentativa de leiloar o prédio do Shopping Capital, na avenida Paes de Barros, 2761, na Mooca. O imóvel, que está interditado há mais de um ano pela Prefeitura por falta de Habite-se e de Licença de Funcionamento, não recebeu nenhum lance. O valor estipulado para a venda foi de mais R$ 135 milhões.
Há cerca de um mês a praça Clemente Ader, que fica entre as ruas do Orfanato e Montezina, na Água Rasa, passou a servir como moradia para pessoas em situação de rua. Inicialmente um abrigo de madeira foi construído no local e, depois de alguns dias, uma barraca de camping também foi montada. Pessoas que passam pelo trecho e que moram nas proximidades estão preocupadas com a ocupação irregular. Elas temem a proliferação de outros barracos no espaço público.