O final de ano vai se aproximando com rapidez cada vez maior, já na próxima semana celebramos o Natal, e, em seguida, o Ano Novo. Em meio a tanta correria, como se o tempo realmente tivesse correndo muito mais veloz, temos que buscar valorizar cada dia, com serenidade e gratidão, e cada um fazer o melhor que pode, dentro de cada possibilidade. Vivemos hoje uma grande crise do sentido da vida, em meio ao imediatismo, hedonismo e consumismo vigentes, e não podemos perder de vista o valor da vida, da solidariedade, os princípios e valores humanos que dão sentido à nossa vida. Talvez seja esse o nosso maior desafio atual: resgatar esses valores, pois só assim estaremos contribuindo para fortalecer a família e todas as demais instituições humanas fragilizadas pelas violências atuais. A banalização da vida é que provoca tanta violência, de diversas formas, por isso, temos que afirmar uma cultura da vida, que promova o ser humano, em todos os seus aspectos.
A banalização da vida tem a ver com o consumismo exacerbado, quando o ter passou a importar mais que o ser, quando as pessoas valem pelo que tem e não pelo que são, quando as posses de bens materiais significam mais que o valor humano de cada um. Na verdade, o que houve foi um desequilíbrio nisso tudo. O problema não está na aquisição de bens, quando são obtidos de forma lícita, mas quando o foco de todas as nossas atenções passa a ser apenas nisso. Aí há uma redução, um empobrecimento do verdadeiro significado e sentido da vida. A pessoa humana vale mais, tem dignidade. É fundamental nunca perdermos isso de vista. Violências são cometidas porque se perde a concepção disso, e com a vida banalizada, as coisas passam a valer mais e as pessoas menos. É preciso, portanto, resgatar os princípios e valores da dignidade da pessoa humana.
“Homens é que sois e não máquinas!”, já afirmava Charles Chaplin, em seu clássico filme “Tempos Modernos”. Daí a sua atualidade. Seres humanos, que tem valor, tem dignidade! É compreendendo isso que conseguiremos valorizar efetivamente a vida, nos dias que vivemos.
* Valmor Bolan é Doutor em Sociologia e Especialista em Gestão Universitária pelo IGLU (Instituto de Gestão e Liderança Interamericano) da OUI (Organização Universitária Interamericana) com sede em Montreal, Canadá e Representa o Ensino Superior Particular na Comissão Nacional de Acompanhamento e Controle Social do Programa Universidade para Todos do MEC.