No último dia 17 a Prefeitura removeu dez árvores do parque ecológico Professora Lydia Natalizio Diogo, o popular Parque de Vila Prudente. A ação foi tumultuada, com usuários do espaço tentando evitar que as espécies fossem derrubadas. A Guarda Civil Metropolitana Ambiental também estava presente para fazer o remanejamento das aves, se necessário, e a confusão aumentou quando um ninho de coruja foi encontrado em uma das árvores. Frequentadores discutiram com os guardas para evitar que os animais fossem levados do parque. Mesmo assim, foi concluído o serviço que segundo a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, estava dentro da lei.
“O que fizeram foi um assassinato. As árvores derrubadas eram araucárias, espécie que corre risco de extinção. Tentamos conversar para evitar o corte, quase saiu confusão, mas não teve jeito. Para piorar eles ainda picaram os troncos, evitando qualquer chance das árvores serem replantadas”, comentou o usuário Antonio Vasconcelos de Souza, o Festival, que presenciou tudo.
O membro do Conselho Gestor do parque, Osmar Lemes dos Santos, acredita que ação foi ilegal. “A administração da unidade apenas nos informou que algumas espécies estavam comprometidas. Não falaram em nenhum momento de corte. Isso vai contra a legislação que rege os parques municipais. O Conselho existe justamente para defender o lado dos usuários em questões como essa. As decisões não podem ser tomadas unilateralmente. Nós também tínhamos o direito de contratar um agrônomo para fazer um lado das árvores e, se fosse o caso, contestar a decisão da Secretaria Municipal. Eles não podiam simplesmente derrubar e pronto”, destacou.
Dos Santos, que também integra o Conselho Participativo da Subprefeitura de Vila Prudente, afirmou ainda que outras árvores seriam cortadas, mas a ação está suspensa até segunda ordem. “Passaram por cima do Conselho Participativo, do Conselho Gestor, dos usuários… Brigamos e conseguimos que as outras dez espécies fossem preservadas até chegarmos a uma decisão em conjunto”, ressaltou o conselheiro, convidando os frequentadores do parque a participaram da próxima reunião do Conselho, que ocorre na próxima segunda-feira, dia 27, às 19h, no SENAI Humberto Reis Costa, na rua Aracati Mirim, 178. “Todos têm que participar. A Secretaria tem que ver que não pode”.
Outro lado
A Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente enviou nota rebatendo as acusações de usuários e do Conselho Gestor. De acordo com o órgão, o parque recebeu a visita de uma equipe de engenheiros agrônomos para verificar as condições físicas das espécies arbóreas e após a avaliação, foi constatada a necessidade de remoção de 20 espécies. Ainda segundo a Secretaria, para realizar esse trabalho, foi necessário aguardar a publicação do processo de remoção no Diário Oficial do Município, ocorrido em 20 de setembro. A nota diz ainda que “as espécies derrubadas apresentavam rachaduras que poderiam ocasionar acidentes, principalmente na época de chuva”. Foi informado que para cada árvore derrubada, uma espécie nativa será plantada e que os troncos foram picotados, pois serão utilizados na criação de um viveiro no local.
Porque não colocam o Ministério Público pra atuar nesse assunto? Ou será que o MP só serve pra ficar detonando a Polícia? Outra coisa: já encheu essa história de que todo prefeito que entra faz o que bem entende e que se dane o resto, como se fosse o dono da cidade.
o prefeito vai pintar uma ciclovia no lugar das arvores
Cadê? o(s) defensor(es) do meio-ambiente? cadê?
Faço parte de um Conselho Municipal e a prefeitura NUNCA respeita o que é discutido em conselho, eles maquinam e fazem o que querem. Colocam Conselhos apenas para tentar mostrar serem democráticos, mas não são. Pelo fato dos conselhos serem, na maioria dos casos, consultivos, eles acabam fazendo o que querem, vejam o quanto essa gestão já derrubou de árvores e esperem mais, afinal serão construídos CEUs no Clube Escola Vila Alpina e Vila Carrão, com a derrubadas de muitas árvores. Onde estão os ambientalistas nessas horas? E o MP?