Na edição passada a Folha destacou que o prefeito Fernando Haddad (PT) publicou decreto no final de agosto destinando verba de R$ 879.408,98 para a retirada de entulho, eliminação da área de risco, com contenção da encosta, obras de drenagem, através da construção de galerias de águas pluviais, e pavimentação da rua dos Crépis, na Vila Bela. A demora para a publicação de um edital de licitação das obras fez com que a comunidade temesse que a verba fosse cancelada pelo prefeito. Entretanto, na segunda-feira, dia 20, em reunião com moradores do trecho e na presença do presidente da Folha, Newton Zadra, o subprefeito de Vila Prudente, Marcello Rinaldi, garantiu que acontecerá a urbanização.
“Tivemos alguns problemas para montar o edital, mas na última semana o setor jurídico da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras devolveu o processo para a nossa subprefeitura, dando o aval. Acredito que até o início de novembro será publicado no Diário Oficial do Município para o começo da licitação”, declarou Rinaldi.
O coordenador de obras da subprefeitura, Hélio Árias, explicou como será o processo até o início das obras. “Publicado o edital, em cerca de 30 dias já temos o vencedor da licitação. Depois existe um prazo de cinco dias para alguém recorrer. E assim que esse prazo terminar as obras podem começar. Porém, como irá cair em uma época de chuvas, pretendo dar início aos serviços no fim de fevereiro. Serão três meses de obras”, destacou Árias.
Também estiveram na reunião Mario Raponi, Odair Sanches e Dasio Alves Barroso, moradores da rua das Ipoméias, que faz fundo com a rua dos Crépis, e o assessor da vereadora Juliana Cardoso, André Kuchar. “Toda a vizinhança sofre com a falta de saneamento da rua dos Crépis. Todos ajudam como podem. A urbanização da via é uma luta que começou nos anos 50 e nunca esteve tão perto de se tornar realidade”, comentou Raponi.
Histórico
Em janeiro de 2010 a encosta no final da rua dos Crépis desmoronou, isolando a área que passou a acumular muito entulho. Apesar de o local passar a ser tratado como zona de risco pela Prefeitura, já que um novo deslizamento pode ocorrer durante chuvas, em outubro de 2011 o espaço foi ocupado por aproximadamente de 200 pessoas que rapidamente montaram barracos com lonas. Foi necessária a intervenção da Guarda Civil Metropolitana para a retirada dos sem-tetos.
Além desses problemas, os moradores sofrem muito com a falta de estrutura. Um trecho da via tem esgoto a céu aberto e a poeira do asfalto invade as residências, provocando doenças respiratórias.