Moradores das proximidades, motoristas e motociclistas que passam pela avenida Doutor Francisco Mesquita, na altura do número 1035, no sentido Centro, estão indignados e preocupados com as placas de ferro que permanecem na via após obras da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Além do impacto dos veículos com o material causar barulho e trepidações, algumas placas estão soltas e podem causar acidentes.
“Há alguns dias não vejo mais ninguém trabalhando na avenida. Mas essas placas de ferro foram deixadas para tapar os buracos. Isso é um absurdo. Quando os veículos passam o barulho é muito forte. É pior com os caminhões. Moro em uma travessa da avenida e sinto trepidações no imóvel. Me preocupo com os motociclistas, que podem sofrer graves acidentes”, declara o morador da rua Vila Prudente, José Rocha.
Quem também está incomodada é a moradora da Favela Jacaraípe, Luzinete de Araujo. “Enquanto trabalhavam na obra, eu pedia para alguns funcionários fixarem bem esse material de ferro na pista, mas não adiantou. As casas tremem muito quando os carros passam. Há momentos que parece que vai desabar. Isso acontece o dia todo. Aqui na comunidade também moram pessoas idosas que não podem passar por tanto nervoso”, comentou Luzinete.
O taxista João Alves dos Santos demonstra preocupação. “Por conhecer o local, sei como desviar desses obstáculos. Mas percebo vários motoristas que são pegos de surpresa e freiam bruscamente”, afirmou.
No trecho de aproximadamente um quilômetro, entre as ruas Vila Prudente e Igaratá, há seis buracos na pista cobertos com placas de ferro. Algumas inclusive estão desnivelados com o asfalto.
A Sabesp informou que os trabalhos ainda acontecem no local e servem para a implantação de redes coletoras de esgotos. Foi ressaltado que a instalação de 1500 metros de tubulação ocorre por método não destrutivo, no período noturno para não atrapalhar o trânsito. A Companhia esclareceu ainda que os poços onde estão os equipamentos que fazem a instalação das tubulações são abertos, sinalizados e fechados com chapas de ferro durante o dia, a fim de permitir condições de tráfego na via. Foi informado também que a empresa que realiza as obras está orientada a redobrar a atenção para que as chapas causem o menor desconforto possível. A previsão de conclusão dos trabalhos é início de 2015.