Muros pichados, lixo espalhado nas calçadas, moradores de rua ocupando espaços públicos, pouca iluminação e ruas esburacadas são ingredientes infalíveis na geração da violência. Quem se lembra de como era o Largo da Concórdia antes de 2006?
Mais de 800 bancas de lata cobertas de lona eram usadas por pequenos comerciantes de maneira completamente desregrada. Era um ambiente insalubre, cujo desarranjo urbanístico facilitava a sujeira, os pequenos roubos a pedestres, o furto de energia elétrica e de água e até mesmo problemas de ordem sanitária que atingiam toda a região. A violência era rotina no Largo da Concórdia.
Quando promovemos as operações fiscalizatórias e pudemos, entre 2006 e 2007, revitalizar o Largo, os índices de roubos e furtos no entorno foram reduzidos em 40%. Índice significativo para exemplificar o quanto uma área degradada pode impactar nos indicadores de violência de uma cidade.
Na atual gestão, o prefeito Fernando Haddad tem sido tolerante com as invasões e ocupações por toda a cidade. Chegou a desapropriar áreas invadidas indicando que o caminho para a conquista de benefícios públicos se faz através da ameaça e da desordem.
Na Mooca, sob o viaduto Alcântara Machado, a degradação já motivou diversos moradores das proximidades a se mudarem. O local abrigou durante a gestão da prefeita Marta Suplicy uma favela e uma grande quantidade de carros irregulares apreendidos pelo município. O local gerava insegurança e violência no entorno. Durante a minha gestão, a subprefeitura da Mooca promoveu a remoção dos carros e organizou a retirada dos moradores de rua, criando quadras esportivas com grama sintética e academia de ginástica, fazendo com que a população retornasse ao local, mais seguro e iluminado.
Porém, a gestão Haddad permitiu a ocupação do local por moradores de rua e seus barracos. As fogueiras, a presença de usuários de drogas, pedintes e ladrões, afastaram a população das atividades esportivas que o local proporcionava, que agora está mais escuro e inseguro.
Outro exemplo, para tristeza dos moradores do centro, é a ocupação e construção de barracos dentro do Parque Dom Pedro. O prefeito permitiu que uma das raras áreas verdes do centro se transformasse em uma favela. As pessoas que transitam nas proximidades se queixam da insegurança, dos furtos e da sujeira. A cidade está abandonada!
Diante desses fatos, gostaria de destacar o quanto o poder público municipal é responsável por grande parte de violência que atinge a cidade. Além do grave problema do consumo de drogas que aumentou no país de maneira assustadora, da impunidade, entre outros, a desordem urbanística e a omissão do prefeito são responsáveis por parte significativa da sensação de insegurança que o paulistano convive em seu dia a dia. É hora de fazer o prefeito começar a trabalhar!
* Eduardo Odloak é presidente do PSDB Mooca.