Após ter identificado o homem que foi esquartejado e teve as partes de seu corpo espalhadas pela região central da cidade, a polícia de São Paulo tem mais um mistério para desvendar. Por volta das 20h30 do domingo, dia 6, depois de uma ligação anônima ao Corpo de Bombeiros, policiais do 21º Batalhão localizaram um cadáver na margem da linha férrea de transportes de cargas, nos fundos das empresas da avenida Henry Ford, na Vila Prudente. O que causou mais espanto é que, de acordo com a polícia, o corpo feminino estava em processo de decomposição há no mínimo quatro meses. Também aparentava sinais de abuso sexual. A idade da vítima ainda não foi determinada, mas os policiais acreditam que se trata de uma adolescente.
O caso foi registrado no 56º Distrito Policial – Vila Alpina como vítima desconhecida, pois, além do corpo estar bastante deteriorado, os documentos pessoais foram levados pelo possível assassino.
A análise técnica da perícia da Polícia Civil foi acionada e constatou que a pessoa foi morta entre quatro e seis meses atrás, possivelmente sofreu abuso sexual e veio a óbito após um forte golpe na cabeça. A provável arma do crime seria uma pedra que estava próxima ao corpo, o que também faz a polícia acreditar que a vítima faleceu no mesmo local onde foi encontrada. No boletim de ocorrência consta que o cadáver não emitia cheiro forte e o terreno é escuro e com mato, o que pode ter dificultado a sua localização por transeuntes que passam pelo espaço para acessar a estação Ipiranga da CPTM.
A idade correta da vítima será divulgada após o término do laudo pericial, que pode demorar até um mês para ficar pronto. Como o crânio é pequeno e a altura da pessoa está em torno de 1,50 metro, os policiais militares que atenderam o caso suspeitam que era uma adolescente.
Apesar de não encontrar documentos, os pertences pessoais podem ajudar a identificar a vítima, que estava com uma mochila rosa, com desenhos de flores, um chaveiro religioso da Santa Ana, com chaves, e vestia um tênis prata com detalhes em rosa, camiseta e sutiã brancos e shorts jeans.
A polícia pede que se alguém tiver informações sobre a possível identidade ou do crime, entre imediatamente em contato pelo 190 ou pelo 181 do Disque-Denúncia. O sigilo do nome do denunciante é garantido.