Há uma expectativa sobre 2014, ano de Copa do Mundo no Brasil, ano de eleições. Estamos preparados para sediar a Copa? Os aeroportos e estádios, as instalações urbanas e os receptivos turísticos estão à altura do megaevento? Estas são algumas apreensões que temos visto, aliás, já há um bom tempo. Mesmo assim, não podemos fazer coro ao catastrofismo e achar que tudo vai dar errado. Foi positiva, sim, a iniciativa de se trazer para cá o grande mundial de futebol, mesmo que se diga que é em ano eleitoral, e que poderá favorecer essa ou aquela agremiação política etc.
As manifestações de 2013 preocuparam, principalmente pelo tom de violência assumido pelos mascarados. Não se sabe se esse quadro de anarquia social se agravará ou se intensificará nos dias dos jogos, mas não podemos ficar imobilizados. O Brasil poderá fazer um grande espetáculo com seu futebol-arte, garantindo seu hexacampeonato. O fantasma de 1950, com a vitória do Uruguai, não deve tirar a alegria dos jovens pela maior festa esportiva do planeta. Vamos fazer como foi feito na Jornada Mundial da Juventude, dar uma demonstração de civilidade e organização, com as cenas inesquecíveis da missa de encerramento na praia de Copacabana.
Esperamos que 2014 seja um ano de efetivas mudanças para melhor, que sejam consolidados os projetos iniciados, em todos os níveis, e que tenhamos a esperança de que podemos dar o que temos de melhor, em cada ação nossa do dia-a-dia. É assim que conseguiremos contagiar as pessoas a nossa volta, com entusiasmo e alegria, demonstrando o muito que podemos fazer, quando imbuídos dos melhores propósitos.
*Valmor Bolan é Doutor em Sociologia e Especialista em Gestão Universitária pelo IGLU (Instituto de Gestão e Liderança Interamericano) da OUI (Organização Universitária Interamericana) com sede em Montreal, Canadá.