Na noite de quarta-feira, dia 17, o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Fernando Mello Franco, esteve na Associação Comercial – Distrital Mooca, para falar sobre o “Arco do Futuro”, programa de governo do prefeito Fernando Haddad (PT), que faz um trajeto estratégico dentro de São Paulo para a criação de projetos que visam aumentar a oferta de empregos, moradias e serviços na cidade. Franco estava acompanhado do diretor de desenvolvimento da SP Urbanismo, Gustavo Partezani Rodrigues, que também explicou aos presentes detalhes sobre a Operação Urbana Mooca-Vila Carioca.
Antes de começar a apresentar os dados do Arco do Futuro, o secretário fez questão de explicar o que é o programa. “O Arco não é um projeto, muito menos um conjunto de obras. Ele traça um trajeto dentro de São Paulo que mostra onde podemos montar estratégias para melhorar a qualidade de vida da população. A cidade cresceu em cima deste trajeto, que circula os rios do município, mas a situação atual é diferente e precisa ser reavaliada”, destacou Franco.
O secretário afirmou que o programa mostra a intenção da Prefeitura de pensar no futuro da cidade. “Em menos de 100 anos São Paulo sofreu uma transformação radical. O ciclo industrial, que serviu para o crescimento da metrópole, acabou. Hoje, dos 4,9 milhões de empregos da cidade, a maioria está ligada à área de serviços. Então, estes locais as margens dos rios, que abrigam as indústrias e contam com uma ampla estrutura de transporte, precisam de uma revitalização. Temos que levar emprego para as áreas onde existem muitas moradias e levar moradias para os lugares onde há emprego. Devemos potencializar a energia desta metrópole, que é a 5ª ou 6ª maior do mundo”, completou Franco.
Operação Urbana
Após a apresentação do Arco do Futuro foi a vez da palestra de Gustavo Partezani Rodrigues, diretor da SP Urbanismo, empresa pública responsável pelas Operações Urbanas na cidade, que tem o secretário de Desenvolvimento Urbano como presidente. “Este projeto acarretará em muitas mudanças positivas para a região da Mooca”, ressaltou Partezani.
O diretor de desenvolvimento explicou que o projeto de revitalização da área as margens do rio Tamanduateí ainda não está pronto. “A Operação Urbana Mooca-Vila Carioca foi apresentada em 2002 e entrou em estudo em 2010. Até agosto deveremos concluir estes estudos e, a partir daí, começaremos as audiências públicas com a população e com as empresas da região para definir o que pode ser feito para revitalizar esta área. Ainda não podemos falar quais medidas serão adotadas, mas temos quatro focos para trabalhar na criação do projeto: o incentivo aos espaços produtivos na área da indústria; a reestruturação da orla ferroviária da região; o fortalecimento da relação entre a cidade e os rios; e priorizar as necessidades e identidades das populações locais”.
Moinho
Durante o evento, um grupo composto de moradores, associações, jornalistas e arquitetos da região entregaram para o secretário de Desenvolvimento Urbano um pré-projeto para a criação de um Centro Cultural no complexo do Moinho, espaço histórico da época industrial do bairro, que segue com sua estrutura mantida, mas que, recentemente, foi vendido.
O grupo, denominado de Comissão de Defensores do Moinho, teme que na área seja construído um condomínio residencial e que todo patrimônio venha abaixo. Para evitar que isso ocorra, o pré-projeto entregue ao secretário visa que a Prefeitura entre em acordo com o novo proprietário para que o espaço se torne um Centro Cultural aberto ao público e que mantenha toda a sua estrutura. “Nosso governo visa preservar a história. Acreditamos que não se faz futuro apagando o passado e sim o preservando. Temos este compromisso e vamos brigar por estes princípios. Podemos garantir que essa ideia apresentada aqui será trabalhada”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Urbano.