A situação é frequente nas matérias da Folha: com as obras do monotrilho na avenida Anhaia Mello, muitos motoristas utilizam vias secundárias como rota de fuga. Este é o caso da rua José dos Reis, na Vila Prudente. Entretanto, além do aumento no tráfego de veículos na via, outro fator que complica o trânsito no local é o afunilamento da pista da travessa Irene Bocci, que liga a via à rua Pinheiro Guimarães. No trecho, os motoristas, por muitas vezes, são obrigados a esperar a passagem de outros veículos para seguirem seu caminho.
“Nos horários de pico a José dos Reis recebe um tráfego muito intenso. Não tem cabimento o acesso a ela ser feito por uma viela tão pequena. Ainda mais que neste trecho passam caminhões e ônibus. Este problema é antigo e, agora, com o trânsito por conta das obras na Anhaia Mello, está ficando pior”, comenta o morador da região, Nilton Teixeira Dias.
Quem também reclama da situação é o consultor imobiliário, Wagner Dias Rodrigues. “A José dos Reis é utilizada como acesso alternativo para vários bairros da região e esse afunilamento complica o trânsito. O caso é que no trecho existe um terreno vazio que poderia ser desapropriado para alargar a via. Isto tornaria o acesso muito mais eficiente e descente”, destaca Rodrigues.
Já a comerciante Clara Augusto Peixoto acredita que o problema mostra a falta de investimento da Prefeitura em obras viárias. “É complicado falar em desapropriação de imóveis, mas é um mal necessário. Para a construção do Metrô e do Monotrilho desapropriam, só que há anos não fazem uma obra para facilitar a vida de quem precisa do carro para trabalhar. E o trecho em questão é uma área pequena, não seriam muitos terrenos desapropriados e o alargamento da via facilitaria a vida de muita gente”, afirma.
A reportagem questionou a Subprefeitura de Vila Prudente/Sapopemba sobre a situação. O órgão informou que para o trecho existe um projeto aprovado e que qualquer intervenção no local envolve desapropriação de áreas particulares. Porém, nenhum projeto está sob a responsabilidade da Subprefeitura, que encaminhou uma solicitação para a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para estudos quanto à viabilidade do pedido.
A Folha também indagou a CET sobre o caso e solicitou uma entrevista com a responsável pelo gerenciamento de trânsito da região, entretanto, o órgão não se pronunciou até o fechamento desta edição.