A revogação da tarifa do transporte público após a onda de protestos que tomou conta do país, não ameniza as críticas dos usuários das linhas de ônibus que atendem a região. Entre quarta (19) e quinta-feira (20), a Folha ouviu passageiros que encaminharam reclamações à redação nos últimos meses e, como era esperado, constatou que os problemas persistem, apesar de todas as queixas terem sido publicadas e encaminhadas à São Paulo Transportes (SPTRans). Todos os entrevistados consideram que mesmo voltando aos R$ 3, o valor continua caro diante do precário serviço oferecido.
“Chego a ficar 45 minutos esperando o coletivo no ponto e aos finais de semana, a demora é ainda maior. No sábado passado, por exemplo, levei quase duas horas para ir do Jardim Independência até a avenida Salim Farah Maluf na esquina com a Anhaia Mello. A pé teria chegado bem mais rápido”, comenta Osvaldo Coque que reside no Jardim Independência e costuma esperar pelos coletivos nas avenidas Oratório ou Alberto Ramos. “O problema não é nem andar, é conseguir entrar nos ônibus. Não passam pelos pontos. Três reais ainda é caro demais”, completa.
Quem também reclama da qualidade do transporte é a auxiliar de escrita fiscal, Rejane de Lourdes Gonçalves. “Moro na Vila Zelina e trabalho na Mooca. Todos os dias utilizo a linha 373-M Jardim Guairacá – Metrô Tatuapé. Chego a ficar cerca de 45 minutos esperando no ônibus. Os horários não são respeitados, sem falar que os ônibus estão sempre superlotados”, declara Rejane, que não concorda com o valor das passagens. “Já achava um absurdo custar R$ 3. Quando decretaram o aumento para R$ 3,20 não acreditei. Não é justo o que pagamos pela má qualidade do serviço prestado”, completou.
O leitor Marcos Antonio de Marchi também é um dos insatisfeitos com a qualidade do transporte coletivo. “O maior problema é o atraso nas viagens, o que acaba provocando um efeito cascata. Os pontos ficam cheios, a demora entre as viagens aumenta e os carros ficam lotados. O valor que pagamos não é compatível com o serviço oferecido”, reclama. Segundo Marchi, várias reclamações já foram registradas na Prefeitura. “Reclamo quase todos os dias pelo site da SPTrans e a resposta é sempre a mesma: que a operadora será multada. O problema é que nada muda no dia seguinte. O transporte na região é uma vergonha”, completou.
não tenho nenhuma queixa quanto à qualidade do transporte público; tenho queixas a QUANTIDADE do transporte público; deveriam aumentar a frota; principalmente no horário de pico. E nos horários de menor movimento, colocar miniônibus/microônibus; acho um desperdício onibus bi-articulado transportando 10 passageiros entre às 10:00 às 15:00 em albumas linhas.
outra coisa que acho que seria possível é colocar corredores em faixas reversíveis; na Avenida Anhahia Mello por exemplo seria relativamente fácil; no lado esquerdo da avenida; sentido bairro; teria a pista junto ao canteiro invertida no horário entre às 05:00 e às 09:00; e entre às 16:00 e às 20:00 seria o oposto.