A longa e desgastante espera por atendimento no principal hospital infantil da região, o Cândido Fontoura, na rua Siqueira Bueno, na Mooca, da rede estadual de saúde, tem revoltado os pais. O tempo médio de espera passa de cinco horas devido à alta demanda e o baixo número de médicos para o atendimento. Segundo funcionários ouvidos pela Folha, recentemente, cerca de 15 médicos pediram demissão alegando baixos salários. Na manhã da última terça-feira, dia 9, quando a reportagem esteve na unidade, apenas dois pediatras atendiam os pacientes que se aglomeravam na sala de espera.
O pintor Devanir Celestino dos Santos, pai de uma menina de dois anos e meio, que há dias apresenta febre e tosse, chegou no hospital por volta das 8h e quatro horas depois, sua filha ainda não havia sido atendida. “Quando preciso vir ao hospital com ela é um dia de trabalho perdido. Sei que demora bastante e tento vir preparado para esperar. É muita gente e pouco médico. Estou do lado de fora porque a aglomeração na sala de espera pode agravar o estado de saúde da minha filha. Isso é um desrespeito”, desabafou Santos no saguão de entrada.
Quem também estava desesperada era a aposentada Alaíde Lima de Souza, que chegou às 11h no hospital com suas duas netas, uma de três e outra de um ano. “Assim que entrei para fazer a triagem, fui informada pelo funcionário que o tempo médio de espera é de cinco horas. Como vim de longe (São Mateus) vou ter que aguardar. Só Deus sabe o horário que conseguiremos sair daqui. Me assustei quando vi a quantidade de crianças na sala de espera, mas sairei daqui apenas quando um médico atender as duas”, afirmou Alaíde com indignação.
Funcionários do hospital contaram que o problema na demora de atendimento piorou em fevereiro, quando a Secretaria de Saúde do Estado implantou pontos eletrônicos para controle de frequência na unidade. “Os médicos se revoltaram e quase todos deixaram o hospital. Além dos baixos salários eles não aceitaram o controle do tempo de trabalho. Não aceitaram perder a liberdade”, comentou uma funcionária.
Secretaria Estadual de Saúde não vê problema
Questionado pela reportagem, o órgão esclareceu que “nenhum paciente espera cinco horas para ser atendido no pronto-socorro da unidade. A informação improcedente”. Afirmou que “o que pode ocorrer é o paciente precisar aguardar resultados de exames, além do período de observação médica e reavaliação clínica”. A pasta disse ainda que “os casos avaliados como urgentes recebem atendimento imediato e o hospital vem sofrendo uma superlotação atípica no pronto-atendimento. Em comparação com o mês de janeiro, em março houve um aumento de 82,5% na demanda da unidade. Em média, nos últimos 45 dias estão sendo realizados cerca de 500 atendimentos por dia”. O órgão salientou que 70% dos atendimentos realizados no pronto socorro da unidade são de casos de baixa complexidade, que poderiam ser atendimentos em postos de saúde municipais. Foi ressaltado que, neste momento, a unidade conta com cerca de 180 médicos em seu quadro de funcionários. Para ampliar o número de profissionais, o hospital tem aberto concursos públicos constantemente. Porém, o número de inscritos é aquém do necessário. A pasta informou ainda que a escassez de profissionais médicos na rede pública de saúde é uma realidade que afeta hospitais em todo o Brasil. Sobre os casos das irmãs Natasha e Nicole Gonçalves Pereira foram avaliados pela equipe médica do hospital como de baixa complexidade, podendo ser, portanto, casos atendidos em unidades básicas de saúde da região.
è verdade o atendimento demora demais mesmo um absurdo !!!!!!chega da nojo dessa secretaria da saude que nao ve nada 😡
A secretaria mente descaradamente, estive no Ps Domingo passado com minha filha, e a espera era de 7 horas, tive que procurar outro PS com pediatra para leva-la! Falta médicos sim! Ouvi isso e posso garantir que é verdadeiro, muitos pediram demissão, este hospital já foi REFERÊNCIA! Agora NÃO é mais! Estamos falando de crianças e independente de ser casos de alta complexidade ou não, deve ser realizar atendimento, pagamos impostos! Esperar horas é descaso e falta de VERGONHA.
Boa tarde a todos!!
Chega, chega de mentiras!!!! O atendimento nesse hospital esta cada vez pior, CHEGOU AO FUNDO DO POÇO. Além do tempo de espera altissimo, quando se consegue ser atendido, recebemos o diagnostico que é uma virose, e nos mandam de volta para casa. Há duas semanas, minha irma esteve com meu sobrinho Miguel nesse lugar que chamam de “hospital”, por sinal ela levou ele duas vezes e mandaram ela de volta para casa, por conta do mal atendimento ele acabou indo parar na UTI em outro hospital com problemas de pneumonia e bronquiolite, com apenas um ano de vida, acabou passando por uma situação que não esperávamos que viesse passar.
Graças ao bom Deus, ela teve alta hoje mas fica nossa revolta contra uma secretaria que mente, que inventa desculpas e que não coloca profissionais preparados e em maior numero para atender cidadãos que pagam seus impostos.
É LAMENTÁVEL!!!
Pouca vergonha! Dinheiro pra financiar a Copa não falta, né? Na semana passada, a Prefeitura repassou R$ 154 milhões para o Corínthians por conta da construção do estádio em Itaquera. Ou seja, pra isso tem verba. Agora, dinheiro pra saúde, educação, segurança… NADA.
Hospital candido Fontoura