Quem transita pela faixa de pedestres na esquina da rua Virgílio com a avenida Anhaia Mello, na Vila Prudente, deve redobrar a atenção. Prismas para organizarem o trânsito no trecho foram implantados em parte da sinalização exclusiva aos transeuntes, o que pode provocar acidentes, como o que ocorreu com o aposentado Ernesto Barbosa de Oliveira, de 79 anos.
Oliveira conta que no dia 21 de janeiro estava caminhando pela calçada da avenida Anhaia Mello, sentido bairro, e ao tentar atravessar a rua Virgílio, seu pé encostou em um dos prismas, provocando sua queda. Ele cortou o rosto e fraturou o antebraço direito. “É um absurdo ter esses obstáculos no meio do caminho dos pedestres. Muitos idosos passam por aqui. Desde o acidente convivo com vários transtornos. Precisei colocar pinos no braço, tenho gastado muito dinheiro com curativos e medicamentos, sem falar que preciso ir ao hospital toda semana”, conta Oliveira.
Em conversa com a reportagem o aposentado lembrou o drama do dia da queda. “Eram 9h da manhã e estava voltando para casa. Sai do metrô e caminhei até o ponto de ônibus da rua Virgílio. Quando cheguei lá, vi que a parada estava desativada. Então resolvi caminhar até o ponto seguinte, foi quando cai. Machucado, com sangue, andei até a parada em frente a estação Vila Prudente do Metrô e, com a ajuda de uma desconhecida, fui até o hospital São Cristóvão, onde fui atendido. Desde então a minha vida se tornou um transtorno. Os médicos deram prazo de 60 dias para a recuperação”, comentou o aposentado.
A Folha cobrou a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), responsável pela colocação dos prismas, mas, o órgão não se pronunciou até o fechamento da edição.