Com os números de dengue batendo recorde em São Paulo, moradores da região estão preocupados com imóveis e terrenos vazios, que podem abrigar focos de criadouros do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti.
Um dos pontos que gera apreensão é a antiga área (foto) da empresa Armco, na confluência da rua Zacarias Alves de Melo com a avenida Dr. Francisco Mesquita, na Vila Prudente. “Há mais de um ano a fábrica foi demolida, e desde então o mato só cresceu, os entulhos estão largados no terreno gigantesco e tememos prováveis focos no local”, relata o morador de um edifício próximo, Edson Chieratti. “Não conseguimos descobrir quem comprou a propriedade para cobrarmos providencias”, completa.
Residentes da COHAB Cintra Godinho também estão apreensivos com a antiga área da Armco, que é vizinha do conjunto habitacional. “Está vazia há tempos e tem vários tanques cheios de águas paradas das chuvas. Já teve caso de dengue na COHAB”, comenta Alexandre Bonfim, que mora na região. “Registrei queixa pelo 156 e esperamos providencias da Prefeitura”.
Em resposta, a Secretaria Municipal da Saúde informou que uma equipe da Unidade de Vigilância em Saúde Vila Prudente/Sapopemba seria enviada para vistoria no local na última terça-feira, dia 6.
De acordo com Secretaria foi iniciou uma nova ação de combate à dengue: um drone utilizando aplicação de larvicida em terreno de difícil acesso para eliminar criadouros do Aedes aegypti.
Shopping interditado
Outro grande foco de preocupação é o enorme prédio do extinto Shopping Capital, na avenida Paes de Barros, 2761, Mooca. Lacrado pela Justiça há anos, o imóvel está com diversa janelas escancaradas ou quebradas. Com as últimas fortes chuvas, a vizinhança acredita que deve existir água parada nos andares e risco de criadouros.
Questionada, a Secretaria, por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde, informou que está agendada uma vistoria no endereço para 27 de fevereiro.
Na rua Madre Tereza de Andrade, na Vila Ema, o medo é por causa de uma casa vazia com duas caixas de água sem tampa. Denunciei na Prefeitura e me deram prazo de 30 dias para verificar. Enquanto isso, os mosquitos estão se proliferando. Eu, meus filhos e mais alguns vizinhos já contraímos dengue”, conta Milton de Lima, morador de uma rua próxima. A Secretaria de Saúde informou que está apurando o caso.