Usuários do Hospital Municipal Ignácio Proença de Gouveia (antigo João XXIII), na Mooca, e moradores do bairro ficaram apreensivos com a possibilidade de alteração no perfil de atendimento da unidade, que, conforme informações de funcionários, seria transformada em referência para idosos e gestantes. Muitos temem ficar desassistidos, pois não se enquadram nesses grupos.
Na semana passada, ocorreu ato de protesto em frente ao hospital organizado pelo Sindicato dos Servidores Municipais (Sindsep). A vereadora Juliana Cardoso (PT) esteve presente. A Sindsep ressaltou que não é contra a implantação de serviços especializados para idosos e gestantes, mas acredita que a Prefeitura pode escolher outro local. A entidade também denuncia que o hospital vem sofrendo há tempos com o sucateamento e tentativas de terceirização.
Questionada pela Folha, a Secretaria Municipal de Saúde informou “que em nenhum momento foi discutido pela Pasta o referenciamento do hospital para atendimento específico para idosos e gestantes”. Reforçou que a caracterização da unidade é para o acolhimento geral da população pós-pandemia, seguindo a sua estrutura inicial.
A Secretaria esclareceu ainda que “existe um movimento de profissionais do hospital divulgando essas informações sem o conhecimento e anuência da Pasta”.
De acordo com a Secretaria, nessa fase da pandemia, o hospital na Mooca segue exclusivo para o atendimento aos pacientes diagnosticados com Covid-19. Antes de ser adaptado para os casos de coronavírus, atendia, em média, 12 mil pacientes por mês.
UPA
Ainda neste ano está prevista a entrega da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Mooca que terá capacidade para realizar cerca de 22 mil atendimentos por mês. Segundo a Secretaria, o novo equipamento garantirá mais agilidade, principalmente, para os casos de baixa e média complexidade.