O Museu do Ipiranga foi interditado às pressas em 3 de agosto de 2013, um sábado, praticamente um mês antes do feriado de 7 de setembro – quando recebia mais público. Um comunicado da então diretoria anunciou que as instalações ofereciam riscos aos visitantes, funcionários e também para o rico acervo composto por mais de 150 mil peças. As obras de recuperação do prédio histórico, considerado Monumento Nacional, começaram apenas em outubro passado e devem se estender por mais dois anos.
Antes do fechamento repentino, visitantes do Museu se deparavam com enormes rachaduras e queda de reboco. Um dos salões já estava interditado porque o forro havia cedido dez centímetros. Segundo a nota divulgada na época, o restauro do prédio já estava previsto, com investimentos de R$ 21 milhões, mas, vistorias técnicas exigiram a aceleração no calendário de fechamento.
Um fator que pode ter acelerado os problemas estruturais na edificação foi o uso, desde 1940, do subsolo como área expositiva. Pelo projeto original, essa área do prédio estava destinada apenas para ventilação e saída de umidade.
O edifício, tombado pelo patrimônio histórico municipal, estadual e federal, foi construído entre 1885 e 1890 e está situado dentro do complexo do Parque Independência. Concebido originalmente como um monumento à Independência, tornou-se em 1895 a sede do Museu do Estado, criado dois anos antes, sendo o museu público mais antigo de São Paulo e um dos mais antigos do país. Desde 1963, está sob a administração da USP.
Futuro
A promessa do Governo do Estado é que o Museu seja reaberto em setembro de 2022, para a celebração do bicentenário da Independência do Brasil.
Além das obras de restauro, o projeto prevê uma nova ocupação do museu, com mais cinco mil metros quadrados de área nova para exposições e atividades culturais e de forma 100% acessível.