Prefeitura recorre de sentença que pode atingir praça na Mooca


Conforme a Folha destacou em matéria anterior, por muito tempo, os moradores do Parque da Mooca conviveram com um terreno baldio que servia como depósito de lixo, entulho e outras ações criminosas. Depois de muitas reivindicações junto à Prefeitura, conseguiram há cerca de 30 anos, transformar o problema na agradável praça Dr. Eulógio Emilio Martinez. Porém, a bem cuidada área verde de quatro mil metros quadrados pode ser parcialmente destruída pelo prolongamento da rua Lítio, atualmente uma via sem saída que começa na rua Vitoantonio Del Vecchio e termina justamente na praça. A Prefeitura informou inicialmente que cumpre determinação judicial e contratou, por meio de processo licitatório, empresa para elaborar o projeto de extensão da rua. Apesar do questionamento da reportagem, não havia sido informado se o governo municipal tentou recorrer da decisão.

Após nova indagação da Folha, na tarde de ontem, por meio de nota da Secretaria de Comunicação, foi esclarecido que a municipalidade recorreu da sentença e aguarda a decisão final, do Superior Tribunal de Justiça. Foi destacado que “serão tomadas todas as providências judiciais possíveis para a preservação da praça”.

A Procuradoria Geral do Município explicou que os proprietários do terreno particular, que formalmente teria frente para a rua Lítio, em trecho no qual a rua não chegou a ser implantada e foi transformado em praça, ajuizaram ação contra a Prefeitura, pedindo que o prolongamento da rua fosse efetivado, para que este lote deixasse de ser um imóvel encravado – sem acesso a logradouros públicos.

De acordo com a Procuradoria Geral, esse pedido foi rejeitado pela sentença de primeira instância, mas os autores apelaram da decisão e acabou acolhido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que determinou a “realização de obra de prolongamento do leito carroçável e desfazimento de parte da praça pública que avançou indevidamente área destinada à rua”. Na sentença consta prazo de 60 dias, sob pena de multa diária.

A Prefeitura ressaltou que como se trata de procedimento complexo, o caso foi encaminhado à Subprefeitura Mooca para realizar os estudos e providências preliminares ao cumprimento da decisão, caso seja realmente necessário.

A vizinhança está indignada com a possibilidade de perder parte da praça para uma via que vai atender um empreendimento residencial, conforme a Secretaria de Desenvolvimento Urbano informou. “A praça que tem largura de cerca de 30 metros será mutilada por uma rua, árvores serão arrancadas e tudo está sendo feito sem um adequado e abrangente estudo do impacto ambiental do entorno”, reclama Henrique Leandro, morador do Parque da Mooca há 40 anos e um dos batalhadores pela implantação da praça Dr. Eulógio Emilio Martinez.

 

Comerciantes pedem melhorias no Largo de Vila Prudente


Atendendo com presteza a solicitação desta Folha e dos comerciantes do bairro, o subprefeito de Vila Prudente, Caio Luz, esteve no Círculo de Trabalhadores ontem, dia 29, onde ouviu e discutiu as reivindicações propostas. No final do encontro foi entregue ao subprefeito uma lista contendo as principais solicitações.

Um dos pedidos é a renovação das calçadas da rua Ibitirama desde a praça Padre Damião até avenida Anhaia Mello. Também entrou na pauta a melhoria de iluminação na praça Padre Damião e de todo seu entorno, com aumento e troca de lâmpadas.

Para a Praça Padre Damião também foi reivindicado novo projeto de paisagismo, reforma do posto policial, retirada e assistência aos homens em situação de rua e renovação da calçada do ponto de táxi.

Visando a segurança de pedestres, também foi incluída na pauta de pedidos a instalação de semáforo e faixa de pedestres na rua Ibitirama, em frente a banca de jornal. Outros pontos abordados foram a melhoria da ronda policial no centro de Vila Prudente e regiões circunvizinhas e fiscalização mais rigorosa para que não haja descarte irregular de lixo no centro do bairro.

O subprefeito Caio Luz e a vereadora Edir Sales (PSD), também presente na reunião, anotaram as reivindicações com a promessa de envidar esforços para atendê-las. Será criado um grupo no aplicativo WhatsApp para troca de informações. Participaram do encontro 14 dos principais lojistas do centro de Vila Prudente, que estão chamando o movimento de RenovaVila 2020.

 

Parques municipais abertos aos finais de semana

O prefeito Bruno Covas (PSDB) anunciou hoje, dia 26, durante visita ao Ibirapuera, a reabertura dos parques municipais aos finais de semana. A medida vale a partir do próximo sábado, dia 31.

A autorização para reabertura será publicada no Diário Oficial desta terça-feira. “Eles funcionarão em seu horário normal, mas com 60% da capacidade total de público”, afirmou Covas.

De acordo com o prefeito, essa medida se tornou possível pela evolução positiva dos dados da Covid-19 na capital. “Até agora, não só verificamos a inexistência de um segundo pico, como os números continuam a melhorar, razão pela qual a Vigilância Sanitária se sentiu segura para autorizar essa reabertura”, destacou.

São Paulo possui atualmente 107 parques municipais. De acordo com a Prefeitura, o controle para que o número de visitantes não ultrapasse os 60% da capacidade de cada parque deve ser feito pelo sistema de acesso a cada um desses espaços. O uso de máscara durante todo o período de permanência na área verde continua obrigatório.

Vila Prudente terá área de manobra de trens
O Metrô iniciou no sábado, dia 24, na avenida Anhaia Mello, os trabalhos para a implantação de uma nova área de manobra de trens da Linha 15-Prata. De acordo com a Companhia, a medida vai permitir a redução do intervalo de circulação entre os trens.
A Anhaia Mello foi interditada parcialmente por um período estimado de 30 dias, entre as ruas Ibitirama e Dianópolis, para as atividades de implantação dos pilares que sustentarão as novas vigas.
Serão construídos mais 380 metros de via no lado oeste da estação Vila Prudente, onde será instalado um “track switch’, que é o aparelho que faz o monotrilho mudar de via. O Metrô afirma que, com isso, os trens que vêm de São Mateus vão poder desembarcar os passageiros e seguir mais adiante para manobrar, liberando a chegada mais rápida de outros trens. Atualmente essa manobra é feita no lado leste da Vila Prudente, pouco antes da chegada à estação.
A expectativa é que a nova via fique pronta em 2022 e vai compor o futuro trecho da Linha 15 até o Ipiranga, que está na fase de elaboração do projeto executivo.
Obras Linha 15: trecho da Anhaia Mello terá interdição parcial

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) avisou que a avenida Anhaia Mello, no trecho entre as ruas Ibitirama e Dianópolis, será parcialmente interditada a partir das 10h deste sábado, dia 24, para obras da Linha 15-Prata do monotrilho. A duração prevista dos trabalhos é de 30 dias. 

No sentido bairro/centro da Anhaia Mello, as interdições previstas são na faixa da esquerda, junto canteiro central, entre as ruas Ibitirama e Maria Daffré. No sentido centro/bairro, também será na faixa da esquerda junto ao canteiro central, entre a rua Dianópolis e 50 metros após a avenida Paes de Barros.

O fluxo de trânsito será canalizado para as faixas restantes da avenida, o que deve provocar maior lentidão nesse período.

O Metrô esclareceu à Folha que a interdição é para início das obras de implantação de uma futura área de manobras de trens à oeste da estação Vila Prudente.

 

Metrô reconfirma intenção de levar o monotrilho ao Ipiranga

Desde 2014, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos apresentou a proposta de prolongamento da Linha 15 – Prata até a estação Ipiranga da Linha 10-Turquesa da rede de trens. O objetivo dessa ligação é desafogar o embarque e o desembarque na estação Vila Prudente da Linha 2-Verde de metrô, a única que faz interligação com o monotrilho e passou a enfrentar aglomerações conforme o transporte foi avançando rumo ao extremo Leste. Após muito tempo sem retomar o assunto; em dezembro do ano passado, o Governo do Estado avisou que estava reiniciando os estudos.

Questionado pela Folha nesta semana, o Metrô informou que atualmente toca as obras da estação Jardim Colonial, prevista para ser inaugurada em 2021, e as próximas etapas envolvem os projetos executivos para que a Linha 15 chegue até Jacú Pêssego em uma ponta e ao Ipiranga em outra.

Conforme antigo projeto apresentado na região, o prolongamento rumo ao Ipiranga a partir da estação Vila Prudente, teria 1,8 quilômetro de extensão. Seguiria pelo canteiro central da Anhaia Mello, como acontece no restante da Linha 15, e continuaria margeando as rampas do Expresso Tiradentes e do viaduto Grande São Paulo, rumo à linha férrea. Na sequência ocuparia área constituída praticamente por galpões até chegar à estação Ipiranga que, conforme anunciado anos atrás, também será totalmente remodelada para receber o novo transporte. Um questionamento muito presente na região é sobre possíveis desapropriações na Favela de Vila Prudente, que fica no caminho da extensão.

O Metrô não forneceu qualquer tipo de previsão para o novo projeto executivo ser concluído e colocado em prática. A nota enviada pela assessoria de imprensa destacou ainda que a Companhia também elabora projeto para a ampliação da integração na estação Vila Prudente, melhorando o fluxo de circulação dos usuários.

Na noite de ontem, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que a avenida Anhaia Mello, no trecho entre as ruas Ibitirama e Dianópolis, sofrerá interdição parcial a partir de amanhã, justamente para obras da Linha 15.

Mooca: ampliação de rua deve destruir praça

Mais de 30 anos atrás, moradores do Parque da Mooca conviviam com o perigo acarretado por um terreno baldio que servia como depósito de lixo, entulho e outras ações criminosas. Depois de muitas reclamações junto à Prefeitura, conseguiram transformar o problema na agradável praça Dr. Eulógio Emilio Martinez. Porém, os tempos de paz podem estar com os dias contados. A bem cuidada área verde de quatro mil metros quadrados deve ser “atropelada” pelo prolongamento da rua Lítio, atualmente uma via sem saída que começa na rua Vitoantonio Del Vecchio e termina justamente na praça. A Prefeitura, por meio da Subprefeitura Mooca, se limita a informar que a rua será ampliada por determinação judicial e que o “projeto de extensão está em estudo”, embora já tenha contratado a empresa para realizar o serviço por meio de processo licitatório. Nessa semana, a vizinhança flagrou as ações de medição na rua Lítio.

Além de não dar mais detalhes do projeto e especificar os possíveis prejuízos que a área verde sofrerá, a Prefeitura sequer estuda uma possível compensação ambiental para a vegetação da praça. Conforme a Folha apurou, não existe processo aberto na Secretaria do Verde e Meio Ambiente. A reportagem também questionou se o governo municipal tentou recorrer da decisão judicial para garantir a preservação da praça e não obteve resposta até o fechamento desta matéria.

A vizinhança denuncia que o único beneficiado com o prolongamento da rua Lítio é um empreendimento que será erguido em terreno particular que margeia a praça. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano confirma que para o local constam os alvarás de Aprovação e de Execução de Edificação Nova, ambos emitidos em 2016. O uso do futuro empreendimento é residencial. De acordo com a ressalva do Alvará de Aprovação, “não é permitido nenhuma modalidade de acesso, seja de veículos ou de pedestres, pela rua Lítio”.

Morador do Parque da Mooca há 40 anos e um dos batalhadores pela implantação da praça Dr. Eulógio Emilio Martinez, Henrique Leandro está temeroso e descontente com a Prefeitura. “Penso que os direitos de cada indivíduo terminam onde começam os de outrem. Não sou contra a construção de novos edifícios, mas faço sérias restrições aos procedimentos predatórios daqueles que ignoram o impacto ambiental consequente de tais construções”, destaca.

Leandro reside na rua Vicente Romano que também termina na praça ameaçada pela obra em curso da Prefeitura. “Aqui na Vicente Romano, uma pequena via de apenas 200 metros de extensão, também foi autorizada a construção de um edifício de 20 andares e 120 vagas de garagem. Assim como está ocorrendo na rua Lítio, o interesse de um único proprietário irá provocar a descaracterização total do espaço residencial do entorno. Será um desastre na região”, destaca o morador. Ele comenta que, em media, o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) no trecho custa R$ 10 mil por ano. “E a Subprefeitura Mooca não teve a preocupação de nos informar, dialogar e apoiar o lado da comunidade. A praça que tem largura de cerca de 30 metros será mutilada por uma rua, árvores serão arrancadas e tudo está sendo feito sem um adequado e abrangente estudo do impacto ambiental do entorno”, reclama. “Os interesses dos moradores, fatores de risco ambiental e, até, de possível contaminação do solo, que fica a poucos metros da área da antiga Esso, estão sendo ignorados sob a pressão econômica dos interesses imobiliários”, completa.

O jornalista e residente do Parque da Mooca, Mauricio Rudner, também está indignado. “Se pensam que os moradores vão aceitar passivamente, estão enganados! Enquanto a gente briga por um parque no antigo terreno da Esso, justamente pela escassez de áreas verdes na região, o poder público nos dá mais uma rasteira e vai destruir a praça que foi uma conquista da comunidade, após décadas de luta para acabar com um lixão. Vamos recorrer a todos os órgãos ao nosso alcance para barrar essa situação absurda e inaceitável”, afirma.

Praça Dr. Eulógio Emilio Martinez foi construída com a participação da comunidade e da família do médico que deu nome à área verde, na ocasião foi constituída até uma associação de moradores para a sua manutenção
Museu da Imigração reabre ao público


Após sete meses fechado por causa da pandemia de Covid-19, o Museu da Imigração, na Mooca, volta a receber o público nesta quinta-feira, dia 22. Nesta retomada, o funcionamento é de quinta a domingo, das 11h às 17h. É liberada a entrada de 40 visitantes a cada meia hora.

Ocorre aferição de temperatura corporal antes da entrada e é obrigatório o uso de máscara de proteção facial durante todo o período de permanência na área do museu.

O Centro de Preservação, Pesquisa e Referência; a estação ferroviária e o espaço “Semear leitores” continuam fechados temporariamente. A cantina e a cafeteria reabrem na próxima quinta-feira, dia 29.

Respiro


Para a reabertura, o Museu montou a instalação “Respiro” que levanta questões que relacionam o isolamento social com os sentimentos de um migrante, que se encontra afastado de seus lugares, afetos e rotinas. Por meio de frases e questionamentos, a iniciativa visa fomentar uma reflexão sobre a situação mundial, a proximidade e a semelhança com o outro e valorizar a importância do contato com a natureza.

Museu da Imigração: rua Visconde de Parnaíba, 1316, Mooca. Ingresso: R$ 10 – a bilheteria fecha às 16h. Estudantes e pessoas acima de 60 anos pagam meia. Gratuito para crianças até 5 anos.

 

CERET tem o horário de funcionamento ampliado


De acordo com portaria publicada no Diário Oficial da Prefeitura ontem, o Centro Esportivo do Trabalhador, mais conhecido como CERET, voltou a funcionar a partir de hoje no horário normal: de segunda a sexta-feira das 6h às 22h e aos sábados, domingos e feriados das 6h às 20h
. O uso de máscaras de proteção continua obrigatório para todos os servidores e frequentadores.

Segundo a Secretaria Municipal de Esportes, estão liberadas apenas as atividades de caminhada ao ar livre, corrida e passeios, permanecendo proibidos os esportes em grupo. Quadras, ginásios, campos, piscinas, playgrounds e academias seguem interditados.

Foi informado que o número de portões de acesso continuará reduzido para facilitar o controle da entrada de pessoas. De acordo com a portaria, o espaço deve funcionar com até 60% da capacidade e os frequentadores precisam cumprir as orientações de distanciamento social. Haverá medição de temperatura na entrada e se o usuário acusar mais que 37,5°, será barrado.

O CERET tem área de 286.000 m². Não conta com estacionamento.

CERET: rua Canuto de Abreu, s/n°, Tatuapé.

Juventus estreia dia 4 na Copa Paulista

A Copa Paulista 2020 será disputada por 20 equipes, divididas em cinco grupos com quatro clubes em cada. A competição começa dia 4 de novembro e a grande decisão está prevista para 23 de dezembro.

O Juventus integra o Grupo 4, ao lado de Ponte Preta, Portuguesa Santista e São Bernardo. A partida de estreia do time da Mooca será no próximo dia 4, às 15h, no estádio Conde Rodolfo Crespi, diante do São Bernardo. Por causa da pandemia, os jogos acontecem sem torcidas.

Os próximos jogos do Juventus na primeira fase serão dias 11 contra Ponte Preta (fora de casa) e 14 contra a Portuguesa Santista (em casa). Depois acontecem as partidas de volta com os mesmos times do grupo: dia 18 Portuguesa, dia 22 Ponte Preta e dia 25 São Bernardo. Todos os confrontos estão marcados para às 15h.

Conforme as regras da competição, os três melhores times de cada chave, mais o quarto melhor colocado geral, estarão classificados para a disputa das oitavas de final. A partir da segunda fase, o torneio será decidido no mata-mata, sempre com jogos de ida e volta.

(Foto: Treino da equipe no estádio Conde Rodolfo Crespi – Ale Vianna/C.A. Juventus)